As eternas dificuldades de se entender como ser humano. Caminhando nas linhas do humor non-sense, um dos grandes sucessos recentes da HBO é sem dúvidas a curiosa série Barry. Com episódios que giram em torno de 30 minutos, vamos acompanhando a saga de um ex-militar, hoje assassino profissional, que após ter o contato com o mundo da atuação vê sua vida mudar radicalmente. No papel principal o ator, e também um dos criadores da série, Bill Hader, que volta e meia é indicado aos maiores prêmios da televisão norte-americana.
Na trama, acompanhamos um depressivo assassino profissional
chamado Barry (Bill Hader) que mora no meio-oeste norte-americano. Quando é
chamado para um serviço em Los Angeles, de forma inusitada, acaba parando em
uma aula de teatro, fato que o faz repensar muito sobre seu momento e sua vida
como um todo. Agora, buscando o equilíbrio entre sua profissão arriscada e o
novo mundo que aparece em sua frente, Barry passará por enormes conflitos
emocionais em busca de dias melhores.
O absurdo aqui é força motriz, dentro de profundos dramas
não só de seu protagonista mas também dos ótimos coadjuvantes. Barry é uma alma
introspectiva, repleta de maus exemplos por toda uma vida que se vê na
interpretação de outros uma maneira para ter mais tranquilidade no seu pensar.
Frio e calculista, acaba embarcando nas linhas sempre complicadas da atuação,
onde é testado a todo instante longe de uma perfeição que sempre buscou atingir
na sua conflituosa profissão. Dentro das linhas do humor non-sense o seriado
busca explicações para uma auto análise.
O interessante em
Barry é que não há uma grande história de background por onde caminham os
personagens, tudo gira em torno das novas descobertas do problemático
protagonista um homem que não consegue respirar sem que a violência chegue na
sua frente. Esse conflito compõe boa parte dos curtos e objetivos episódios.