Na trama, conhecemos Adrien (Pierre Niney), um ex-bailarino, agora gigolô profissional que mora com a ex-atriz Martha (Isabelle Adjani). Certo dia ele encontra um novo sentido na sua limitada vida no amor por uma linda trambiqueira Margot (Marine Vacth). Juntos, o casal planeja os detalhes e execução de um golpe no corretor de imóveis e ex-alcoólatra Simon (François Cluzet) que assumiu o controle total da empresa da família. Mas muitas surpresas vão chegar nesse caminho que traçaram.
O ritmo pulsante e os longos diálogos vão buscando decifrar
as personalidades que são expostos em situações de conflitos seja por uma
carência no lado amoroso, seja numa inconsequência desenfreada. Os relacionamentos
passam por um enorme raio-x, o desejo e a falsidade viram fatores artificiais,
as vezes com as mesmas leituras de ambas as partes envolvidas. Elogiando ambições,
realizando desejos, as subtramas se embaralham de forma equilibrada levando a
narrativa para uma série de plot twists que acabam sendo o grande alicerce do
roteiro escrito também por Bedos.
A grande reflexão que o filme consegue gira em torno do encontro cheio de dilemas entre o ócio e a manipulação, uma junção de sentimentos que explora as vaidades, as contra verdades, em cenas profundas onde precisamos deduzir se as mentiras estão em todos os lugares ou não. Para dar vida a tudo isso, um elenco primoroso é a cereja no bolo dessa fita francesa que passou voando pelo circuito exibidor brasileiro e hoje está estacionado no catálogo da prime vídeo.