Quando acreditamos em segundas chances. Longe de ser um dos mais elogiados filmes da carreira de Sylvester Stallone, inclusive indicado ao Framboesa de Ouro em algumas categorias, Falcão – O Campeão dos Campeões se tornou um dos mais emblemáticos filmes com o ator que foram exibidos na saudosa Sessão da Tarde. Trazendo para o público uma história girando em torno de uma turbulenta relação entre um pai e seu único filho, o projeto dirigido pelo israelense Menahem Golan busca trazer reflexões sobre erros e segundas chances.
Na trama, conhecemos Lincoln (Sylvester Stallone), um solitário caminhoneiro que após a ex-esposa
Christina (Susan Blakely) adoecer de
uma grave doença vai de encontro ao único filho do casal, Michael (David Mendenhall), um garoto mimado
pelo avô Jason (Robert Loggia), com
quem deverá passar alguns dias. Buscando recuperar mais de uma década em apenas
alguns dias, Lincoln embarca em uma jornada tumultuada onde precisa assumir
seus erros em troca de uma segunda chance. Ao mesmo tempo em que busca ter uma
melhor relação com o filho, percorrendo quilômetros pelas estradas
norte-americanas, o protagonista tem o sonho de vencer o principal torneio de
queda de braço do país.
Sem pretensão de ser um filme com inúmeras lições sobre a
relação entre pais e filhos, mas com a necessidade de impor grandiosidade
demasiada em um duelo entre o herói e o vilão, o longa-metragem até consegue
ser profundo em seu refletir. O drama se torna um elemento de importância que
circula o desenvolvimento dos personagens. Assim chegamos até alguns dos
conflitos: uma doença terminal que acaba tendo que unir dois parentes com um
enorme hiato no convívio, as desilusões de um homem que abandonou a esposa e o
filho pequeno por não se sentir apto a dar uma vida confortável a eles, um
egoísmo de um avô influente pelo poder que tem mas sem sensibilidade para
entender o momento. A narrativa se desenvolve em bom ritmo por essas estradas
da vida.
Exageradamente indicado ao Framboesa de Ouro, Falcão - O Campeão dos Campeões não é
nem de longe um filme ruim. Tem muitos paralelos com a realidade de muitos,
seja nas relações conflituosas que são apresentadas, seja na questão dos sonhos
que precisam ser regados com a força de vontade e muitas vezes sozinho. Pra
quem se interessar, o filme está disponível no catálogo do Telecine e da Prime
Video.