25/09/2023

Crítica do filme: 'O Homem Ideal'


O artificial pode realmente consolidar a felicidade em algo concreto? Um flerte pode ser programado? Caminhando pelas estradas da inteligência artificial com um ar filosófico ligado ao existencialismo, o longa-metragem alemão O Homem Ideal bate na tecla de uma questão que chega em forma de pergunta: Um algoritmo projetado pode realmente fazer o outro feliz? Dirigido por Maria Schrader e indicado da Alemanha para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2022, o projeto promete gera vários linhas de reflexões através de seu rico desenrolar.


Na trama, conhecemos Alma (Maren Eggert) uma cientista e professora, em fase final de uma pesquisa de anos, que aceita ser cobaia de uma experiência inusitada: ficar por três semanas com um robô criado a partir do que seria seu homem ideal. Assim, entra em sua vida Tom (Dan Stevens), um alguém que vai revirar suas formas de pensar sobre sentimentos. Na balança, os prós e contras nos guiam por questões mundanas chegando até mesmo se o sofrer pode fazer falta.


Nessa profunda análise sobre a existência e as relações entre os humanos, vamos acompanhando sob a visão de uma protagonista que parece se sentir acomodada numa bolha repleta de limites (principalmente no campo emocional), os dilemas, conflitos, que contornam a questão sobre se o artificial pode realmente consolidar a felicidade em algo concreto. Os campos abstratos por aqui ganham interpretações das mais variadas, como se a leitura dos sentimentos traçados fossem peças chave para uma melhor reflexão. Tudo isso reunido em uma narrativa que flui de forma harmoniosa com pontos marcantes no desenvolvimento.


O Homem Ideal é aquele tipo de filme para ser debatido várias vezes numa reunião de amigos, aposto que cada um terá sua interpretação para todos os conflitos aqui encontrados. Pra quem interessar, o filme está disponível no catálogo da HBO Max.