23/12/2021

22/12/2021

Crítica do filme: 'Nove Dias'


As filosofias do refletir sobre a existência. Filme de estreia do cineasta brasileiro radicado em Los Angeles, Edson Oda, Nove Dias é um longa-metragem com várias interpretações mas que se pensarmos mais basicamente mostra as aventuras da redescoberta existencial de um protagonista bastante curioso que nos apresenta um universo cheio de alternativas. Podemos definir como um criativo mergulho no universo espiritual que aborda questões sobre a vida a todos os instantes. Interessantíssimo trabalho de Oda.

Na trama, conhecemos Will (Winston Duke), um homem que vive em uma casa longe de tudo e todos que passa seus dias acompanhando por meio de algumas televisões a vida de algumas pessoas que vamos saber já estiveram perto dele. Até que uma dessas pessoas morre em um acidente, deixando uma vaga para uma nova vida na Terra. Assim, ao longo dos nove dias seguintes, almas não nascidas começam a bater em sua porta para uma espécie de um processo de seleção e por essa mesma seleção é onde chega Emma (Zazie Beetz), um alguém que o fará refletir sobre a própria vida. O filme teve estreia mundial no Festival de Cinema de Sundance e passou pela Mostra de SP em 2020.


Quem nunca pensou no antes de tudo? Como se deram os primeiros passos da escolha, se sim ou se não estar em um mundo, viver nessa terra...há predisposições? A jornada de Nove Dias busca nas suas criativas linhas de roteiro nos fazer refletir sobre a existência. Na figura d eum protagonista muitas vezes confuso que tem a árdua tarefa de enviar, ou até mesmo reenviar, almas que vagam em outra superfície de volta para Terra. Se partirmos do princípio que a figura do protagonista representa um Deus, seja ele qual for, os objetivos de seu método de escolha ficam confusos mas bem na linha do interpretativo. Na verdade há uma reviravolta bem sutil na história desse grande personagem, uma auto análise é embutida nas sequência que compõem os arcos do meio até o desfecho.


Recriações da dor, do andar de bicicleta, de como lidar nos conflitos, um vestibular para enfrentar algumas questões que com certeza cairão na prova da vida. Tudo é colocado como se fosse parte de um processo imaginativo mas que tem muito sentido se pensarmos sobre a questão social, da importância do diálogo e do dividir suas histórias com alguém. Nove Dias busca sua originalidade nas regras da vida nas perguntas que respondemos e fazemos quando entendemos nosso sentido para tudo que é nos apresentado ao longo de duas horas de projeção.

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Crítica do filme: 'Eurotrip - Passaporte para a Confusão'


Feito para se divertir sem nenhuma pretensão de caminhar em questões existenciais profundas, em 2004, chegou às telonas um filme que ficaria na memória de gerações e gerações: Eurotrip - Passaporte para a Confusão. Dirigido pelo cineasta Jeff Schaffer, seu primeiro e único trabalho assinando como diretor de um longa-metragem, o projeto é um curioso acoplado de cenas muito engraçadas, longe de um politicamente correto, que diverte do início ao fim. Para ser a cereja do bolo, uma música chiclete composta para um dos personagens se tornou um ponto de encontro para risos e gargalhadas para toda uma geração de cinéfilos.


Na trama, conhecemos Scott (Scott Mechlowicz), um jovem que acabou de concluir o ensino médio norte-americano e ao mesmo tempo acaba terminando de maneira abrupta seu relacionamento com a namorada Fiona (Kristin Kreuk) com quem achou que ficaria pra sempre. Ingênuo é sempre zoado pelos amigos e por seu irmão menor. Ele pratica alemão com uma pessoa que mora em Berlim e que ele acredita ser um homem, só que ele está enganado e a pessoa com quem ele fala todo dia pelo computador na verdade é uma linda garota chamada Mieke (Jessica Boehrs). Desesperado em fazer acontecer esse relacionamento, ele se junta a Jenny (Michelle Trachtenberg), Jamie (Travis Wester) e seu grande amigo Cooper (Jacob Pitts) para uma volta pela Europa à procura de Mieke.


Surfando na década da onda onde filmes com adolescentes se tornam protagonistas com suas situações engraçadas e situações que todos de alguma forma já enfrentaram ou ficaram sabendo, como o precursor American Pie, Eurotrip - Passaporte para a Confusão buscou seu caminho através do imaginário inusitado do universo das viagens em grupo. Os exageros chegam em forma de contexto social para à época: como o valor do dólar em parte da Europa, as famas da liberdade nas cidades holandesas, o controle rígido do Vaticano em torno da figura do Papa, à procura sempre intensa aos museus e passeios culturais, o recorte sobre o hooliganismo que nada mais é que um comportamento destrutivo e desregrado ligados à algumas torcidas britânicas de futebol, até mesmo os primórdios da internet.


A trilha sonora acaba ganhando um papel importante nesse trabalho. Uma banda formada em Boston em meados da década de 90 chamada Lustra, sem grandes sucessos até então, ganhou na loteria em 2004 ao compor a canção Scotty Doesn't Know que virou a grande referência desse projeto que diverte do início ao fim. Quem não viu, tem a chance de assistir na Amazon Prime Video....e mais uma coisa... não conte pro Scott!

 

 

 

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21/12/2021

Crítica do filme: 'American Rust'


O encontro das razões e emoções, do certo, do errado, das escolhas que fazemos. Mostrando o desenrolar de um assassinato aos olhos de uma autoridade local buscando redenção depois de um passado sombrio, American Rust busca definir suas peças nesse tabuleiro que tem um plano de fundo as problemáticas de uma cidade do interior e suas limitações quando pensamos na lei. Alguns arcos são profundos como a crítica social em forma de batalha entre empregado e empregador que busca seus direitos, outros bem rasos como a saga de um jovem que foge de casa mas explicações são deixadas apenas como migalhas pelo caminho. O grande destaque chega para a atuação de Jeff Daniels que impressiona mais uma vez. Que grande ator! Baseado no livro homônimo, o primeiro do escritor nova iorquino Philipp Meyer, o projeto tem ao todo nove episódios que estão disponíveis na Paramount+ .

Na trama, ambientada em uma das 13 colônias originais dos Estados Unidos, o Estado da Pensilvânia, mais precisamente em Buell, no condado de Fayette, conhecemos Del Harris (Jeff Daniels) um comissário de polícia, que atravessa uma fase de sua vida com muitas reflexões e com um foco no início de romance com Grace (Maura Tierney) uma esforçada mãe solteira que luta pelos direitos dela e de suas colegas de trabalho. Quando um assassinato acontece em uma área isolada da cidade, Del percebe que o filho de Grace, Billy (Alex Neustaedter) tem algo haver com a história e a partir daí embarca em uma jornada de investigação para tentar proteger o jovem mesmo sem saber ao certo qual a verdade do que o ocorreu.


Enxergar a história pela ótica do protagonista é algo básico e certeiro só que nesse projeto pode acabar distanciando de outras problemáticas subtramas. No centro das ações está o protagonista, Del, um homem muito amargurado por algum sofrimento em suas ações quando ainda morava no maior dos estados da região. Em idas e vindas no seu relacionamento complicado com Grace, que o parece manipular quase sempre, vai atrás de redenção através das descobertas que faz do assassinato. Esquecendo os limites da lei, o certo ou errado, o protagonista navega no descontrole e impulso em busca de respostas que agradem a todos.


Dentro de uma narrativa lenta, o roteiro busca seu caminho. Paralelo a tudo mencionado no parágrafo anterior, temos a própria Grace, uma mulher que sofreu na mãe do ex-marido e que hoje luta pelos seus direitos não só o de ser feliz mas também no seu trabalho querendo implementar a questão sindicalista e assim ter mais direitos. Temos também Lee (Julia Mayorga) uma jovem que volta para a cidade depois que o irmão Isaac (David Alvarez) foge de casa para cuidar do pai ranzinza Henry (Bill Camp), ela possui um amor das antigas por Billy e de alguma forma influencia muitas decisões nos desfecho dessa história. Outras subtramas são pouco aproveitadas e as explicações acabam se tornando preenchimento de lacunas pelo que entendemos entre ações e consequências, talvez com mais episódios esse seriado conseguiria um encaixe maior de suas peças.




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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #554 - Priscila Urpia


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa convidada de hoje é cinéfila, de Recife (Pernambuco). Priscila Urpia tem 39 anos. Jornalista, fotógrafa, produtora, curadora, cineclubista e especialista em cinema.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Cinema São Luiz, por ser um cinema de rua.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Querida, encolhi as crianças de Joe Johnston.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Pedro Almodóvar, Fale com Ela. 

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

A Hora da Estrela de Suzana Amaral.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É fazer do cinema, rotina. 

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Sim, são cinemas de cinema de rua com programadores que entendem e conhecem sobre cinema.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não, esta questão é antiga. Espero que mais salas de cinema de rua possam abrir futuramente. 

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Cafarnaum, da diretora libanesa Nadine Labaki.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não, o mínimo de segurança é a vacina contra a Covid-19. 

 

10) Como voce enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

 Excelente, porém falta incentivo público. 

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Irandir santos.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é a maior diversão.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema

São muitas...

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Não conheço.

 

15) Muitos diretores de cinema  não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

 A questão da cinefilia funciona também para referências, acredito que é importante. 

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

É difícil eleger um.     

 

17) Qual seu documentário preferido?

Edifício Master (2002), Eduardo Coutinho.  

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Já, quando a sessão é comemorativa. 

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Não vejo muitos filmes com ele. 

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Cinema Escrito.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

MUBI.

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''Encontros' - Análise Curta em Vídeo


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa de forma curta e objetiva o filme 'Encontros'.

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20/12/2021

Crítica do filme: 'King Richard: Criando Campeãs'


As inúmeras formas de entender a vida. Chegou ao ainda morno circuito de exibição brasileiro nesse final de 2021, o drama King Richard: Criando Campeãs que conta basicamente a história de sucesso das irmãs Venus Williams e Serena Williams, que ao lado de seu pai, Richard, conseguiram os holofotes do mundo com inícios de carreiras impressionantes. O foco aqui nesse longa-metragem dirigido pelo nova iorquino Reinaldo Marcus Green é o pai e sua maneira de educar e sua obsessão pelo sucesso das filhas. Indicado a quatro categorias no Globo de Ouro 2021, com roteiro assinado por Zach Baylin, o projeto busca seus pontos reflexivos sobre educação e família muito além do esporte.


Na trama, conhecemos Richard Williams (Will Smith), um homem obcecado em fazer suas filhas Venus (Saniyya Sidney) e Serena (Demi Singleton) terem sucesso como jogadoras de tênis. Dono de uma enorme teimosia, ele as treina de dia e trabalha como segurança à noite. Como o desenvolvimento das garotas no esporte, as portas começam a se abrir e Richard toma à frente de negociações, contratação de treinadores e escolhas que em muitos casos não são divididas com sua família, o que acaba gerando conflitos principalmente com a esposa e mãe de suas cinco filhas, Oracene (Aunjanue Ellis). Vale o destaque para a atuação de Aunjanue Ellis, muito segura em um papel secundário, difícil, impressiona no domínio de sua forte personagem.


O roteiro acerta quando encontra os paralelos com o esporte praticado pelos personagens. Dois oponentes ou duas duplas de oponentes em uma quadra dividida por uma rede, um jogo de tênis ou as leis da sobrevivência em uma realidade muito distante de uma felicidade plena? Por mais que tenha massivas menções à chatice de Richard, fato que incomoda demais ao longo das mais de duas horas de filmes, a mensagem por trás de algumas atitudes refletem o paradigma clássico do medo, dos obstáculos da vida. Há vários pontos de reflexão nesse contexto. E falando em Richard, há um conflito nesse personagem que é quase indecifrável, por meio de exageros e provavelmente, licenças poéticas, vamos buscando soluções para decifrar os arranhados traços emocionais de um homem e um eterno conflito com o futuro.


King Richards é uma biografia com mensagem motivacional ligado a um esporte muito praticado mas pouco acessível. As mensagens contra o preconceito, os valores familiares, as causas e razões dos conflitos de seus personagens, são fatores que contribuem para um bom andamento da narrativa que muitas vezes superam uma essência de sessão da tarde embutida em algumas sequências. Como observação, para os amantes desse esporte, vale a menção a famosa partida entre Vênus Williams e a campeã espanhola Arantxa Sánchez Vicario, jogo marcado por uma polêmica bem detalhada no projeto.

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''Homem-Aranha - Sem Volta pra Casa' - Análise Curta em Vídeo


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa de forma curta e objetiva o filme 'Homem-Aranha - Sem Volta pra Casa'.

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19/12/2021

'14 Montanhas, 8 Mil Metros e 7 Meses' - Análise Curta em Vídeo


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa de forma curta e objetiva o filme '14 Montanhas, 8 Mil Metros e 7 Meses'.

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18/12/2021

Crítica do filme: 'A Mão de Deus'


A linha tênue entre o sentimentalismo e a maturidade. Escrito e dirigido pelo ótimo cineasta italiano Paolo Sorrentino, A Mão de Deus, produção da Netflix, aborda o luto, a perda, as escolhas, aqueles momentos onde nossas vidas dão uma virada e algumas coisas esquecidas em nosso imaginário acabam se tornando peças chaves em um mundo voltado à realidade, onde a felicidade não existe, o que existe de fato são momentos felizes. Cotado para uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor filme Estrangeiro (categoria muito disputada com presenças quase certa da última obra-prima de Hamaguchi, por exemplo, Drive my Car), o projeto nos leva a uma jornada existencialista, da liberdade incondicional, da escolha e principalmente da responsabilidade pessoal.


Na trama, conhecemos Fabietto (Filippo Scotti), um jovem ainda saindo da adolescência e partindo para em breve uma vida adulta que ainda precisa passar pelos grandes momentos da adolescência. Ele vive em uma casa de muito amor e harmonia, de classe média, em Nápoles, com seu irmão Marchinno (Marlon Joubert), sua mãe Maria (Teresa Saponangelo) e seu pai Severio (Toni Servillo). Eles adoram futebol e estão entusiasmados com a possibilidade de Maradona sair do Barcelona e ir jogar pelo Napoli. As reuniões familiares tomam conta de boa parte da trama, ali conhecemos curiosos personagens, fruto talvez de uma visão única que Sorrentino observa pois a história parece bastante próxima do diretor. Os conflitos entre a mãe e o pai, o segundo a trai faz anos mas a mãe ainda acredita no amor dele são constantes, dentro dessa ótica arte mesmo os conflito amorosos dos outros parentes também ganham ares análogos para a mesma reflexão. Certo dia, uma tragédia acontece e o protagonista precisará entender o mundo de algumas outras formas.


Brincando dentro do processo criativo de um filme, não só pelas menções a grandes cineastas do cinema italiano como Zeffirelli e Fellini, o roteiro navega nos pontos de virada de uma vida, os rumos que são tomados chegam através de ações e consequências, mesmo que na linha superficial e até certo ponto fantasiosa pela excentricidade de alguns personagens. Na linha de frente o protagonista e seus conflitos bem definidos que se juntam a subtramas de próximos, algumas que se desenvolvem, outras que são esquecidas, fato que pode incomodar o cinéfilo mais detalhista e observador.


A Mão de Deus possui praticamente duas partes: uma é uma construção dentro de uma imaturidade aos olhos de Fabietto, na outra as descobertas que o moldam para toda sua recente trajetória de vida. A grande sacada do filme, e até mesmo um elo construtor de arcos, é a opção de um plano de fundo sobre o futebol, um dos laços da grande família de Fabietto. Mencionado muitas vezes, é verdade, e com o título em sua total homenagem, aqui Maradona é apenas um coadjuvante de luxo. Era impossível falar de Nápoles sem citar um dos deuses da história do futebol.

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'Braddock - O Super Comando' - Análise Curta em Vídeo


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'Bonequinha de Luxo' - Análise Curta em Vídeo


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17/12/2021

Crítica do filme: 'Homem-Aranha: Sem Volta para Casa'


Quando o aproveitamento da criatividade é certeiro. Em mais um novo filme da franquia de um dos super heróis mais famosos do universo dos quadrinhos, dessa vez vemos um tremendo amadurecimento de um personagem que sempre precisava de um mentor para poder se desenvolver. Depois de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, não mais. Absorvendo tudo de criativo que uma franquia gloriosa, e ligada diretamente ao universo cinematográfico da Marvel, pode conseguir em cerca de duas horas de projeção, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa além de salvar a pele dos cinemas que estavam sofrendo em busca de novos tempos nesse quase pós pandemia nos apresenta uma história sólida e bastante profunda com inúmeras surpresas.


Na trama, voltamos a encontrar o grande herói da vizinhança que dessa vez, após tudo que passou em Guerra Infinita e End Game, tem sua identidade revelada para todo mundo o que acaba causando um verdadeiro caos em sua vida e na de todos ao seu redor. Assim, pensando em meios de consertar (essa palavra bastante usada no universo marveliano) a situação vai á procura do maior dos magos na Terra, o Doutor Estranho, para tentar com que todos esqueçam quem ele é de verdade. Só que o feitiço que o ex-médico faz acaba gerando uma onda multiversal e acaba libertando para esse universo todas as pessoas que sabiam quem ele era em outros, como vilões implacáveis vistos em filmes passados. Assim, uma série de batalhas e escolhas serão travadas para que tudo volte, de alguma forma, ao normal novamente. Mas será que é possível?


Nesse recorte de franquia com o ótimo Tom Holland no papel principal vemos os conflitos do personagem em algumas esferas. Muito legal ver sua preocupação com a entrada na faculdade de seus sonhos e como ele divide isso com os amigos, família e com seu grande amor. A inconsequência de ser um jovem brilhante mas muito imaturo, que sempre precisou de um mentor para brilhar, acaba dando luz a uma série de atitudes que colocam novamente em risco o planeta. Isso tudo é trabalho muito bem pelo roteiro, principalmente as ações e consequências. Mas como todo super herói tem um pitadinho de sorte, acaba sendo ajudado por pessoas inimagináveis e que só o cinema com sua magia pode proporcionar.


Antes do Homem de Ferro, o Thor, o Hulk, o Capitão América, serem populares nos cinemas,  já existia um brilhante personagem que já teve outras franquias mas que precisava de um filme como esse para de vez marcar seu espaço numa tela enorme. Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é empolgante do início ao fim, não é difícil de acreditar que muitos dirão ser um dos melhores filmes feitos pela Marvel em toda sua história. Bravo!

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #553 - Erika Miyasilo


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa convidada de hoje é cinéfila, de Santo André (São Paulo). Erika Miyasilo tem 51 anos. Cinéfila, que ama pets e rock dos anos 80. Segue o lema: A vida é muito curta, então, seja feliz!

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Por aqui, só tem cinemas de shoppings, não tem outra opção.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

ET o extraterrestre.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Charles Chaplin, Luzes da Cidade.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Bacurau, um filme super atual que dialoga com o Brasil de hoje.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Assistir muitos filmes, assistir o filme favorito dezenas de vezes, não ter preconceitos, adorar filmes tipo sessão da tarde, conversar com os amigos sobre o que assistiu.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acho que tem mais uma questão mercadológica.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Espero que não. A experiência da sala de cinema é única!

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Clube dos Canibais, brasileiro.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não.

 

10) Como voce enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Muito bom! Tem qualidade técnica muito boa. E tem variedade de temas: terror, fantasia. Não é só Globofilmes.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Ricardo Darin

 

12) Defina cinema com uma frase:

It ́s a kind of magic!

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Não lembro.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

What???

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Eu acho que sim, porque você tem mais referências, é bom ter interesse pelo o que se está produzindo no mundo.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

 Já esqueci.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Cabra Marcado pra Morrer.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Sim, Vingadores Ultimato.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Cidade dos Anjos.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Omelete.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Amazon Prime Video.

 

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Programa #72 Guia do Cinéfilo - Marcelo Miranda


Episódio #72 do meu programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio entrevisto o jornalista e crítico de cinema Marcelo Miranda. O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube. #cinema​ #entrevistas​ #programaguiadocinefilo


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