As ingenuidades de um roteiro que caminha sem pretensões e na superficialidade. Chegou aos cinemas brasileiros nesse início de ano o longa-metragem Case Comigo que marca a volta de Jennifer Lopez às telonas contando a fantasiosa história de amor de uma popstar e um introspectivo professor. Dirigido pela cineasta nova iorquina Kat Coiro, o projeto é um recheado trajeto cheio de clichês, com uma força musical do pop, mas que por não almejar ser profundo no relacionamento vira uma mesmice entediante.
Na trama, conhecemos a estrela da música Kat (Jennifer Lopez), uma mulher muito bem
sucedida e atarefada, com seus shows, propagandas e eventos, que está em um
momento da vida prestes a se casar com outro popstar, o também cantor Bastian
(interpretado pelo cantor colombiano Maluma).
Durante uma apresentação lotada em uma grande arena, fica sabendo que Bastian à
traiu com sua assistente, o que gera nela uma enorme raiva. Ainda nesse show,
ela acaba aceitando se casar com Charlie (Owen
Wilson), um pacato professor que estava na apresentação com sua filha. A
partir do encontro entre esses dois, uma química acontece e eles começam a se
conhecerem melhor.
Parece que há uma tentativa de paralelo com Um Lugar Chamado Notting Hill, ou
qualquer filme desses que gera o encontro entre dois mundos, dois universos que
precisam se adaptar para poder dar certo. Como se fosse o choque entre a fama e
o anonimato. O desenvolvimento aqui é raso, fantasioso que busca nos clichês um
apoio para que seus atos de alguma forma passem uma mensagem de otimismo, mesmo
que distante da realidade. O problema é que com quase duas horas de filme, a
trama não desenvolve deixando muito simplistas suas conclusões.