25/02/2022

Crítica do filme: 'Case Comigo'


As ingenuidades de um roteiro que caminha sem pretensões e na superficialidade. Chegou aos cinemas brasileiros nesse início de ano o longa-metragem Case Comigo que marca a volta de Jennifer Lopez às telonas contando a fantasiosa história de amor de uma popstar e um introspectivo professor. Dirigido pela cineasta nova iorquina Kat Coiro, o projeto é um recheado trajeto cheio de clichês, com uma força musical do pop, mas que por não almejar ser profundo no relacionamento vira uma mesmice entediante.


Na trama, conhecemos a estrela da música Kat (Jennifer Lopez), uma mulher muito bem sucedida e atarefada, com seus shows, propagandas e eventos, que está em um momento da vida prestes a se casar com outro popstar, o também cantor Bastian (interpretado pelo cantor colombiano Maluma). Durante uma apresentação lotada em uma grande arena, fica sabendo que Bastian à traiu com sua assistente, o que gera nela uma enorme raiva. Ainda nesse show, ela acaba aceitando se casar com Charlie (Owen Wilson), um pacato professor que estava na apresentação com sua filha. A partir do encontro entre esses dois, uma química acontece e eles começam a se conhecerem melhor.


Parece que há uma tentativa de paralelo com Um Lugar Chamado Notting Hill, ou qualquer filme desses que gera o encontro entre dois mundos, dois universos que precisam se adaptar para poder dar certo. Como se fosse o choque entre a fama e o anonimato. O desenvolvimento aqui é raso, fantasioso que busca nos clichês um apoio para que seus atos de alguma forma passem uma mensagem de otimismo, mesmo que distante da realidade. O problema é que com quase duas horas de filme, a trama não desenvolve deixando muito simplistas suas conclusões.

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Crítica do filme: 'Mães Paralelas'


As escolhas, a maternidade e o passado. Chegou ao catálogo da Netflix, depois de uma passagem relâmpago por algumas salas de cinema de todo o Brasil, o novo filme do aclamado diretor espanhol Pedro Almodóvar, Mães Paralelas. Indicado a dois Oscars em 2022, o projeto mostra recortes na vida de duas mulheres unidas pela maternidade e uma situação que une ainda mais essas duas almas. Mas engana-se quem pensa que o filme só aborda isso, com uma profunda crítica aos tempos do ditador Franco, em uma história que corre em paralelo, além de aprofundar a questão sobre a maternidade, Almodóvar enche a tela de saudade, amor, conflitos e toda a força que um ser humano precisa ter para enfrentar os obstáculos da vida.


Na trama, conhecemos Janis (Penélope Cruz, indicada ao Oscar por essa atuação), uma renomada fotógrafa que acaba se envolvendo com Arturo (Israel Elejalde), o responsável de uma operação para encontrar os corpos de pessoas que lutaram contra a ditadura de Franco anos atrás e nunca foram achados. Janis engravida mas de comum acordo com Arturo resolve ser mãe solteira. Chegando perto do nascimento da criança, a protagonista fica no mesmo quarto que a jovem Ana (Milena Smit) e ambas tem suas respectivas filhas no mesmo dia. O tempo passa e Janis começa a perceber que talvez algo estranho possa ter acontecido na maternidade, em paralelo a isso se aproxima ainda mais de Ana que precisa amadurecer muito rápido por conta de alguns acontecimentos.


O paralelo entre mães que Almodóvar traça é muito profundo e nem precisa ser lido pelas entrelinhas. Com um roteiro muito objetivo, com pitadas marcantes de sensualidade, na admiração pelas força feminina, o filme nos leva a reflexões. Há a questão existencial que se encontra Janis, que resolve ter a filha sozinha, embarca na jornada de precisar trabalhar pra se sustentar, ainda pensando em um amor não correspondido (Arturo) e ao mesmo tempo recebe uma notícia que muda seu rumo.  O outro arco paralelo é Ana, uma jovem que fica grávida a partir de um abuso e toda a transformação que sua filha faz na sua vida que era muito ligada a da mãe Teresa (Aitana Sánchez-Gijón), essa última que também se vê nos conflitos entre a carreira no teatro e a dedicação em uma fase importante da vida da filha.


O longa-metragem, que abriu o Festival do RJ no ano passado, é um filme sobre fortes figuras femininas que podemos identificar na questão da maternidade e também da saudade nas figuras das mulheres que perderam seus parentes de forma covarde durante uma ditadura que nunca será esquecida por todos que sofreram na Espanha. Em relação a esse último ponto, Almodóvar faz refletir sobre política dentro de todos os dramas pessoais.


Ao longo de pouco mais de duas horas de projeção a emoção toma conta, fruto da escolhas que precisam ser tomadas, das verdades que aparecem. Afinal, o paralelo que existe no mundo é que todos nós, da nossa forma, no nosso tempo, para buscar algo próximo da felicidade, precisamos enfrentar os obstáculos da vida.

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Programa #87 Guia do Cinéfilo - Adriano Garrett

 


Episódio #87 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista o jornalista e crítico de cinema Adriano Garrett. O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube. #cinema​ #filmes​ #guiadocinefilo


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Crítica do filme: 'TQM'


As linhas complicadas de uma história familiar. Buscando apresentar o caos dos experimentos de uma médica dentro de sua família, mexendo com a loucura e as características de pessoas presas a uma situação muito específica, TQM, escrito e dirigido pelo cineasta Oren Stambouli, em seu primeiro longa-metragem do currículo é um filme que busca a tensão a todo instante. Os caminhos que o mesmo navega para buscar um ar de originalidade dentro de uma mistura de gêneros cinematográficos acabam naufragando em um roteiro crendeiro.


Na trama, conhecemos três irmãos extremamente mimados a vida toda que estão reunidos em uma casa em Miami para discutir com advogados sobre o testamento de sua mãe (que ainda está viva). Chegando nesse lugar, se junta a eles um jovem com transtorno de personalidade e todos acabam logo percebendo que estão presos em uma armadilha feita pela própria mãe, uma das psiquiatras mais prestigiadas do México em uma equação que tem tudo para não terminar nada bem.


Buscando surpreender em um roteiro superficial dentro de linhas simplórias o filme não consegue encostar no drama que chega ao público por meio de memórias do passado de três irmãos completamente desconectados uns dos outros e lutando bravamente, talvez a única luta deles na vida, em não perder a bolada que a mãe pode vir a deixar de herança. Sobre isso, uma análise mais ampla seria necessária mas o foco aqui nesse projeto acaba sendo o suspense até mesmo um plot twist raso que não surpreende muito.


Se formos pensar na questão médica, do experimento contra a própria família, vemos aí um caso também grave ligado à inconsequência para se chegar a respostas dentro de análises rasas e com fortes iminências à tragédia. TQM está disponível na Amazon Prime Video.



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24/02/2022

Programa #86 Guia do Cinéfilo - Thiago Nolla

 


Episódio #86 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista o jornalista Thiago Nolla. O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube. #cinema​ #filmes​ #guiadocinefilo


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18/02/2022

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Crítica do filme: 'No Ritmo do Coração'


É possível remakes serem tão bons quanto os originais! Indicado a três Oscars em 2022, chegou à plataforma da Amazon Prime Video nesse primeiro semestre um emocionante filme que adapta toda a ternura e harmonia do seu original francês.  No Ritmo do Coração aborda temas importantes sobre família, inclusão social, desafios no trabalho, as escolhas da vida no choque entre sonhos e realidade. Dirigido pela cineasta Sian Heder, em seu segundo longa-metragem na carreira, o projeto promete emocionar com suas linhas mensagens nas entrelinhas. A britânica Emilia Jones brilha como a protagonista, assim como Troy Kotsur que interpreta seu pai.


Na trama, conhecemos a família Rossi. No centro das atenções e grande protagonista da trama está Ruby (Emilia Jones) uma jovem esforçada que alterna entre o trabalho em um barco pesqueiro com o pai e o irmão pelas manhãs e em seguida corre para ter aulas no colégio. Ela é a única não muda de sua família, condições que a faz ser super importante para a rotina de todos da casa, praticamente uma intérprete dos seus parentes com os que os cercam. Seu pai (Troy Kotsur) é um esforçado trabalhador que busca melhores condições no concorrido trabalho das pescas, seu irmão Leo (Daniel Durant) está naquela fase onde se dedica integralmente ao lado profissional mas sem deixar brechas para o amor, sua mãe Jackie (Marlee Matlin) é o ponto de apoio a todos ajudando no dia a dia e em questões do trabalho que sustenta a família. Quando Ruby percebe que tem chances numa carreira musical, a partir das aulas com o professor Bernardo (Eugenio Derbez), tudo o que a família tinha de alicerce acaba tendo que se adaptar para que o destino de Ruby não se perca.


A narrativa pode ser interpretada como simples, se as mensagens por completo não te alcançam, ou até mesmo complexa quando o olhar cinéfilo congela e reflete sobre as entrelinhas. O conflitos da protagonista são inúmeros, vão desde a adaptação da dependência que sua família tem na questão do comunicar que ela possui, até mesmo rasos conflitos sobre o primeiro amor, chegando na questão importante do estudo e do sonho. Engraçado em alguns momentos, como as ótimas tiradas do personagem Bernardo (interpretado pelo excelente ator mexicano Eugenio Derbez), o filme consegue ser profundo sem perder a leveza.


Concorrendo nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Filme e Melhor Ator Coadjuvante (Troy Kotsur, o primeiro ator mudo a ser indicado ao Oscar), Coda, no original, consegue algo muito raro em adaptações que é somar mais mensagens sem perder o brilho e força de uma história que é muito bem construída desde o original.

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Crítica do filme: 'Uncharted - Fora do Mapa'


Dos games para as telas! Buscando recriar na telona e assim apresentar as origens de um famoso jogo de ação e aventura lançado primeiramente no ano de 2007, Uncharted - Fora do mapa chega aos cinemas com grandes expectativas de quem já conhece o game mas também para todo o público que gosta de um filme nos moldes de Indiana Jones ou até mesmo A Lenda do Tesouro Perdido. Dirigido pelo cineasta Ruben Fleischer (da ótima franquia Zumbilândia) o projeto nos apresenta o primeiro de alguns capítulos na trajetória de seu simpático protagonista, um jovem muito inteligente que é movido pelas descoberta preciosas do passado de outros.


Na trama, conhecemos Nathan Drake (Tom Holland) um jovem órfão, que fora criado com seu irmão em um orfanato, e hoje vive uma vida simples como bartender de um muito frequentado restaurante. Certo dia, seu caminho cruza com o do misterioso e aventureiro Victor Sullivan (Mark Wahlberg), um homem que tem um passado com o sumido irmão do protagonista e o convida para embarcar em uma aventura para recuperar uma fortuna, hoje em dia bilionária, do navegador Fernão de Magalhães e perdida há 500 anos. Assim, a dupla de novos amigos se jogam em uma aventura alucinante onde precisarão enfrentar diversos obstáculos para concluir seus objetivos.


Buscando a aventura em coreografadas cenas desde o primeiro minuto, o roteiro acaba sendo superficial em muitos instantes mas com enormes possibilidades de acréscimos à história, já que por conta do final abre-se uma brecha enorme para novos filmes dessa nova franquia. Mas ser superficial acaba não sendo um grande problema, há muito carisma e harmonia entre Holland e Wahlberg. As pistas do tesouro fazem o espectador de alguma forma interagir o tempo todo com a dupla que também tem lá seus momentos cômicos principalmente na linha do conflito de idades entre eles.


Há muita honestidade do projeto em criar um novo mundo para esse universo já mapeado por gamers de todo o mundo. Aqui é o começo dessa história, como se conheceram, sua primeira aventura, o vilões, os amigos, e todo tipo de obstáculos que precisam enfrentar dentro de um ritmo alucinante que nos fazem grudar na tela. Sem pretensão de ser o melhor filme de aventura do mundo, o longa-metragem cumpre seu papel em fazer divertir.



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17/02/2022

Crítica do filme: 'O Beco do Pesadelo'


Sonhos e pesadelos sob pontos de vistas diferentes. Baseado no romance homônimo do escritor norte-americano William Lindsay Gresham, O Beco do Pesadelo, novo trabalho do ótimo cineasta mexicano Guillermo del Toro, indicado ao Oscar de Melhor filme em 2022, mostra como a ganância, o poder, e como tantos argumentos se tornam motivos para tudo que assistimos ao longo das duas horas e meia de projeção. A construção do personagem principal dentro da narrativa é muito bem construída deixando lacunas muito bem preenchidas por outros personagens e sem deixar de mostrar todo o ambiente caótico da manipulação por trás de alguns shows. Vamos vendo uma trajetória repleta de suspeitas sendo guiadas por um roteiro afiado que busca o confronto com a reflexão do espectador.


Na trama, conhecemos Stanton Carlisle (Bradley Cooper) um homem em fuga de um passado cheio de problemas que acaba chegando em uma cidade onde está montando um grande circo. Nesse lugar se apaixona por Molly (Rooney Mara), conhece todos os bastidores desse show e muitas personalidades suspeitas que acabariam moldando toda sua trajetória num futuro próximo onde ele é o centro das atenções. Nesse ponto futuro ele encontra a misteriosa psicóloga Lilith Ritter (Cate Blanchett), uma mulher que pode ser até mesmo mais perigosa que ele.


Tudo começa com o deslumbre na arte de enganar, nos bastidores de um espetáculo circense que tem o intuito de induzir o público a manobras manipuladoras executado por alguns vigaristas. Para Stan não é um conflito, é aprendizagem. Aprendendo todo que pode, o inteligente e ambicioso protagonista usa e abusa de seu início na ambição, fato que o coloca em conflito anos mais tarde na sua interação com as duas mulheres que o cercam. Molly, é a ingênua par romântica, parceira de ilusões e manipulações por mais que ela mesma tenha estabelecidos limites que frequentemente Stan ultrapassa. Quando conhece Lilith, um outro universo se abre ao personagem principal, na troca por informações pela verdade, algo que Stan nunca esteve preparado para dizer pra ninguém. Nada é muito simples por aqui. Há um jogo de personalidades, cada uma mais suspeita que a outra.


Um sonho ou um pesadelo camuflado? Quais os paralelos? Essa é uma das reflexões que o espectador pode chegar na conclusão sobre o destino traçado do protagonista que nunca soube viver de maneira honesta longe da ambição.



 

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Crítica do filme: 'Morte no Nilo'


Uma história contada de maneira belíssima sem perder a força da narrativa. Chegou aos cinemas brasileiro nesse primeiro semestre de 2022 o filme Morte no Nilo, uma adaptação cinematográfica do livro homônimo da escritora Agatha Christie que tem como protagonista, o seu mais ilustre personagem, o detetive belga Hercule Poirot. Sem perder a força que essa narrativa tem nas centenas de páginas do livro, o filme, dirigido e protagonizado pelo irlandês Kenneth Branagh nos transporta para todo o mistério e detalhes dessa história fantástica.

Na trama, voltamos a encontrar o detetive Hercule Poirot (Kenneth Branagh) que dessa vez queria descansar, de férias mas acaba sendo envolvido em uma trama de ódio e vingança quando um assassinato acontece em pleno rio Nilo. Utilizando toda sua esperteza e poder impressionante de observação, aos poucos vai caindo um a um os mistérios dessa história bastante profunda que mostra até onde um ser humano pode ir quando suas emoções estão descontroladas.


Em relação ao mistério dessa trama, mais uma vez muitos personagens com motivos que navegam entre as linhas tênues da emoção e razão mostrando de maneira bem lógica as forças sobre as ações da natureza humana. Linear nos acontecimentos, saímos de um abandono de relacionamento para um casamento e depois uma viagem que expõe a premeditação, a necessidade de impor de maneira violenta.


Depois de lançar O Assassinato No Expresso Oriente, no ano de 2017, Kenneth Branagh volta com mais uma história de um dos personagens mais famosos da literatura policial mundial. Em Morte no Nilo, os méritos continuam com relação a impressionante habilidade em mostrar os detalhes e as características que levam Poirot a ser tão fascinante. Suas loucuras por simetrias, suas obsessões pelos fatos que poucos enxergam, pelo equilíbrio. Talvez o maior exemplo do termo TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) da literatura (na televisão tem outro ótimo exemplo, o também detetive, Monk). Belo trabalho de Branagh e companhia!

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Morte no Nilo | Assistimos a estreia na sala VIP da Cinépolis


 🔴 Juliana e Raphael Camacho 🍿

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16/02/2022

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Programa #85 Guia do Cinéfilo - Sabina Colares

 


Episódio #85 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista a cineasta Sabina Colares. O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube. #cinema​ #filmes​ #guiadocinefilo
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Programa #84 Guia do Cinéfilo - Euller Felix


Episódio #84 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista o crítico de cinema Euller Felix. O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube. #cinema​ #filmes​ #guiadocinefilo
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Palmer | Filme com Justin Timberlake disponível na Apple Tv

 


🔴 Juliana e Raphael Camacho 🍿

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EXORCISMO SAGRADO | Lançamento de terror em 2022

 


🔴 Juliana e Raphael Camacho 🍿

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Crítica do filme: 'Cabeça de Nêgo'


As realidades de um Brasil. No final do ano passado, depois de uma carreira em festivais de cinema no Brasil e em outros países, chegou ao circuito exibidor um dos filmes mais impactantes do cinema brasileiro dos últimos anos, Cabeça de Nêgo. Discutindo e fazendo refletindo sobre o preconceito, o racismo e muito sobre o precário sistema de educação pública do nosso país, o longa-metragem dirigido por Déo Cardoso é um soco no estômago que escancara a realidade vivida por muitos em um país sem oportunidades e preso a interesses. Disponível no catálogo da Globoplay.


Na trama, conhecemos Saulo (Lucas Limeira), um jovem muito inteligente que após uma discussão em sala de aula e ser ofendido por um outro colega de classe, resolve protestar não saindo das dependências da escola. O assunto ganha as redes sociais e junto a outros colegas começa a divulgar as precárias condições do colégio onde estuda que acabam provocando um grande embate com a direção do colégio, políticos e poderosos da região.


Quando nada vai bem, é preciso reagir. Explorando a questão da importância do protestar, o projeto coloca o dedo na ferida do sistema educacional brasileiro que vem se deteriorando ao longo dos anos causando um descaso contra muitos jovens de nosso país que estão matriculados na educação pública. Por meio das ações do protagonista, vemos cenas muito parecidas que acompanhamos do lado de cá da telona.


A questão do racismo é outro foco. A partir do insulto, Saulo provoca reflexões, muitas dessas inspiradas por um livro dos Panteras Negras (organização urbana socialista revolucionária fundada por Bobby Seale e Huey Newton em outubro de 1966) a partir da sua ação em ficar no colégio.


As reflexões são inúmeras nesse belíssimo trabalho de Déo Cardoso. É um filme que precisa ser mostrado em sala de aula, ter muitos debates sobre os poderosos temas que aborda. É pra ver e rever! Filmaço brasileiro!



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