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As verdades que camuflam os fatos. Baseado na obra The Big Clock de Kenneth Fearing, No Way Out,
no original, é um filme repleto de suspense onde temos que esperar até a última
cena para descobrir os verdadeiros mistérios de uma trama com alta carga de
ação onde subtramas escondidas acabam ditando o ritmo dos conflitos dos
personagens. Dirigido pelo cineasta Roger
Donaldson, lançado em janeiro de 1988 nos cinemas de todo o mundo, o filme
é um do ótimos, e poucos falados, filmes de suspense dos anos 80. Protagonizado
por Kevin Costner e Gene Hackman.
Na trama, conhecemos Tom (Kevin Costner), um comandante da Marinha norte-americana, boa praça,
que em uma festa acaba conhecendo Susan (Sean
Young) por quem se apaixona perdidamente. Só que ela é amante do Secretário
de Defesa David Brice (Gene Hackman)
pra quem Tom irá trabalhar, por intermédio de um colega dos tempos de estudos
navais Scott (Will Patton), após se
destacar em um resgate num navio em alto mar. Esse triângulo amoros acaba
virando tragédia quando David mata Susan o que resulta em uma caçada a um
assassino que já existe mas que insiste em ser intocável levando Tom até uma
investigação com o relógio contra ele.
O roteiro se destaca pelas mudanças nas perspectivas, o que trazem
ao espectador a possibilidade de um entendimento de 360 graus sobre as ações e
os conflitos que os personagens atravessam nesse filme de suspense. Dependendo
de qual perspectiva acompanhar vai percebendo que o filme se caminha para uma
longa partida de xadrez, onde assassinato, política e amor se entrelaçam dentro
de paralelos.
Os personagens se veem em diferentes conflitos que convergem
no mesmo ponto intercessor. Após a apresentação das peças desse grande
labirinto instaurado, dentro de um ambiente, uma central de inteligência num
dos prédios mais seguros dos Estados Unidos um arco eletrizante nos deixa sem
conseguirmos piscar para não perder nenhuma informação. A cereja do bolo, o uso
do plot twist, deixa pasmo o público com as revelações surpreendentes e muito bem
escondidas no ótimo roteiro.
As consequências após a tragédia. Buscando retratar o
período pós traumático de uma jovem de 16 anos após acontecimentos terríveis
que presenciou em sua escola, A Vida Depois
é um profundo drama sobre escolhas, descobertas e as inúmeras maneiras de
passar por um trauma. A relação com os amigos, com a família, o medo, a
ansiedade, as verdades do sentir ficam escondidas, presas dentro de uma jovem
que enxergava tudo de forma diferente até o ocorrido. Escrito e dirigido pela
cineasta canadense Megan Park,
estreando em longas-metragens, protagonizado pela atriz Jenna Ortega.
Na trama conhecemos Vada (Jenna Ortega), uma jovem que possui alguns amigos e tem uma forte
relação de carinho e amizade com a irmã mais nova. Certo dia, quando estava na
escola, um atirador entra no local levado o terror para os corredores do
colégio. Vada consegue se esconder no banheiro, onde acaba encontrando Niles (Niles Fitch) e Mia (Maddie Ziegler). Os três passam por
esse trauma tremendo e após o ocorrido buscam um no outro forças para seguir em
frente. Com o foco em Vada, vamos vendo todas as consequências desse pós
trauma, suas escolhas, descobertas e novas formas de tentar entender o mundo
que acaba se tornando bem diferente do que ela achava que era.
Com grande êxito, o roteiro busca a todo instante mostrar,
ou pelo menos fazer refletir sobre as diferentes formas de processar as
emoções. Assim, vemos Vada descobrir uma nova forte amizade com Mia, se
aproximar de Niles e buscar neles algum tipo de auxílio emocional já que eles
entendem tudo o que ela passou naqueles minutos intermináveis de desespero. A
forma como cada um reage ao ocorrido, a reação da família não sabendo direito
como lidar com a situação, tudo isso se transforma em uma bomba emocional que
Vada não estava preparada para interpretar, para receber, o que a leva para
dentro de caminhos conflituosos para buscar antes de mais nada si entender. A
figura da psicóloga Anna (participação especial da atriz Shailene Woodley) acaba sendo uma força na ajuda desse interpretar
o ocorrido.
Disponível no catálogo da HBO Max, A Vida Depois é um forte drama que busca nos seus recortes
reflexões sobre os conflituosos caminhos que enfrentamos a partir de momentos
que mudam nossas vidas para sempre.
Quando o poder e o lucro se tornam ferramentas egoístas sem
pensar no próximo. Chegou recentemente ao catálogo da Netflix o documentário produzido por Ron Howard,Queda Livre: A
Tragédia do Caso Boeing. Ao longo de uma hora e meia de projeção vamos descobrindo
variáveis importantes deixadas de lado por uma das principais empresas da
aviação comercial que visando sua reestruturação, ações, dinheiro, lucro
abandonou princípios básicos de segurança ocasionando perdas humanas em dois
polêmicos acidentes aéreos em um curto intervalo. No documentário, muito bem
conduzido pela cineasta Rory Kennedy,
indicada ao Oscar 2015 na categoria de Melhor Documentário em Longa-Metragem
por Last Days in Vietnam, vemos as
dores das famílias, as investigações de um jornalista de um jornal norte-americano,
depoimentos de especialistas em aviação que buscam entender como a omissão fora
ator importante para essas tragédias.
Voltamos aos desenrolares de alerta do ano de 2019 e início
de 2020, quando duas aeronaves fabricadas pela empresa Boeing caíram de maneira
misteriosa em dois lugares diferente do mundo matando todos à bordo. Buscando
explicações para o ocorrido, um jornalista começa a receber informações de que
as aeronaves, de mesmo modelo (737 MAX) possuíam um dispositivo que não fora
mencionado nem treinado por pilotos que comandam esse modelo de avião. Assim,
buscando respostas para cada vez mais perguntas que se amontoam, vamos vendo
recortes de tempo de como a Boeing fora mudando seu modo de operar visando cada
vez mais o lucro e passando batido por situações de segurança.
Esse avassalador documentário consegue nos apresentar diversos
pontos de vista sobre essas tragédias em paralelo à busca por respostas e
responsabilidades dos reais responsáveis. Partindo do princípio que para uma avião
cair é preciso que uma série de problemas aconteçam quase ao mesmo tempo, o
documentário busca seus argumentos através de ex-funcionários da companhia norte-americana
e em pesquisas feitas por parentes das vítimas. O lado dos pilotos também é
muito bem representado por influentes organizações deixando bem claro que houve
erros durante todo o processo de modificações de uma espécie de software que
fora acoplado no modelo de aeronave mencionado acima. A agência reguladora
norte-americana também é colocada sob holofote, principalmente com as ações de
governantes mundiais logo após a queda da segunda aeronave.
O resumo óbvio de tudo que é apresentado fica na razão de
que os acidentes poderiam ter sido evitados e que centenas de famílias não
precisariam se despedir dos seus parentes queridos de forma tão trágica. Queda
Livre: A Tragédia do Caso Boeing é um pulsante projeto que mete o dedo nas
feridas de uma das maiores empresas norte-americanas das últimas décadas.
O total egoísmo inescrupuloso. Desde que o crescimento do universo
dos aplicativos de paquera se tornaram febre em todo o planeta, pessoas de
todos os lugares se jogaram na poderosa atração de conseguir encontrar o
príncipe (ou a princesa) encantado em questão de um clique. Tem gente que usa
de forma honesta e até consegue encontrar alguém legal mas em alguns casos nada
é conforme o divulgado. A nova produção da Netflix,
O Golpista do Tinder mostra o caso
real de diversas mulheres que foram atraídas e caíram no golpe de homem que só
queria o dinheiro delas, bem parecido com o conhecido Esquema Ponzi. As dores
das vítimas, o abalo emocional, tudo isso é exposto nesse ótimo documentário.
No filme, conhecemos algumas mulheres que foram enganadas
pelo mesmo homem, o israelense Simon Leviev. Ele oferecia passeio de avião,
luxuosos jantares, eventos muito chiques, Joias, sumia por algum tempo e
voltava pedindo dinheiro que nunca pagaria de volta. Um esquema repetido
inúmeras vezes, em vários lugares do mundo. O projeto mostra todo o abalo
emocional sofrido por algumas das vítimas que de alguma forma reuniram forças
para denunciar e acabaram descobrindo outras mulheres na mesma situação. Há um
curioso olhar sobre as autoridades que nunca conseguiam capturar ou provar os
crimes mais graves contra esse criminoso que inclusive continua solto até hoje.
Dentro de sua megalomania Simon era obcecado no seu esquema,
na sua mentira. Sem sabermos direito quantas pessoas estão envolvidas no golpe
minucioso que ele aplicava, a maneira como ele ia de um lugar ao outro
aplicando falcatruas em paralelos era impressionante. O uso teatral das suas
histórias que contava via aplicativo de mensagens, fazia as vítimas acreditarem
nele, algumas pegando altas quantias de empréstimos e transferindo tudo para o
criminoso. Quando o golpe era descoberto, uma ducha de água fria e uma dívida
enorme se chocavam com todo o abalo emocional sofrido pelas vítimas.
O Golpista do Tinder na
verdade é um grande drama, profundo em suas reflexões, que possui uma narrativa
simples com um ritmo que captura nossa atenção do início ao fim.
As descobertas empolgantes de uma vida maravilhosa. Em 2017,
a Amazon Prime Video lançou em seu
catálogo um seriado maravilhoso com altas doses de humor abordando as mudanças
abruptas da vida de uma dona de casa que se descobre uma tremenda humorista. Maravilhosa Sra. Maisel tem um texto
impecável, atuações carismáticas que nos levam a uma Nova Iorque no final dos
anos 50 onde acompanhamos os backstages do cenário artístico pela cidade, além
de tabus conservadores sob o ponto de vista de uma mulher sempre à frente do
seu tempo. Um dos grandes seriados dos últimos anos, levanta questões importantes
sobre a sociedade.
Criada por Amy
Sherman-Palladino, Maravilhosa Sra.
Maisel conta as aventuras de Midge (Rachel
Brosnahan) uma dona de casa, altamente dedicada ao marido Joel (Michael Zegen) que aos poucos acaba
descobrindo um talento para fazer comédia, nos primórdios dos Stand Up Comedy. Ela
vem de uma tradicional família judia, filha do professor de matemática Abe (Tony
Shalhoub) e de Rose (Marin Hinkle).
Quando Midge se separa de Joel, sua vida se transforma e assim acaba embarcando
no mundo artístico com a ajuda de Susie (Alex
Borstein), sua nova amiga.
Mesclando o drama com comédia, o seriado conquista logo nos
primeiros episódios, sendo difícil não maratonar a temporada em sequência. Toda
a construção da protagonista é feita de maneira muito divertida. Assim vamos acompanhando
Midge, uma mulher formada, com faculdade mas que acaba se casando e tendo
filhos muito cedo o que a faz se colocar como dona de casa completamente dedicada
a fazer seu marido feliz. Quando há o despertar para a vida longe de Joel, ela
se descobre como uma mulher independente, batalhadora, que usa do seu carisma
para conquistar e trilhar seu caminho de sucesso em uma profissão dominada pelo
machismo em uma época extremamente conservadora. Ao longo da primeira temporada
vamos entendendo a relação dela com os que a cercam, os diálogos difíceis com
os pais, o julgamento de amigos e próximos sobre sua separação e a descoberta
do seu talento.
As subtramas são excelentes, preenchem muito bem os
episódios, sempre adicionando à trama. O complicado Joel e suas inseguranças
passa também por uma situação de transformação e uma ainda tímida ação em busca
de consertar erros do seu passado recente. Os pais de Midge, sempre em torno de
tradições e regras começam a entender melhor o mundo através das ações da filha
numa mescla de apoio e preocupação com a situação da mesma. Susie, o braço
direito de Midge, mostra para a protagonista um universo completamente novo, a
pessoa que mais acredita nela topando o desafio de nascer uma nova estrela da
comédia.
Maravilhosa Sra.
Maisel é brilhante, fantástica! Rachel
Brosnahan domina sua personagem de maneira empolgante, carismática até a
última palavra de um roteiro impecável! Bravo! Imperdível!
O tal do Plot Twist. Chegou nesse começo de março no
streaming da Star+ um filme de suspense que busca nas surpresas sua força.
Baseado no livro No Exit do escritor
Taylor Adams, Sem Saída é um ping pong de informações conflituosas que levam as
conclusões para diversos lados conforme vamos entendendo quem são as pessoas
que ficam presas num lugar com a protagonista. O projeto acaba sendo um bom
exemplo de que usar o recurso do plot twist, na forma como a história é apresentada
em linhas não profundas sobre os conflitos de seus personagens, pode tornar a
narrativa muito confusa. A direção é do cineasta Damien Power.
Na trama, conhecemos Darby (Havana Rose Liu) uma jovem lutando contra seu vício, inclusive está
internada em um centro de reabilitação quando recebe uma ligação onde fica
sabendo que a mãe está em estado grave internada em um hospital em Salt Lake
City. Ela resolve fugir do lugar mas durante essa fuga, por conta de uma
nevasca que fecha todas as estradas próximas, acaba ficando presa em um lugar,
uma espécie de abrigo da prefeitura local onde encontra outras pessoas na mesma
situação: Ash (Danny Ramirez), Lars
(David Rysdahl), Ed (Dennis Haysbert) e Sandi (Dale Dickey). O que Darby não esperava
era que uma van parada na frente do local era um cativeiro de uma jovem que
fora sequestrada por algum desses que dividem o abrigo da prefeitura com ela. Tentando
ajudar, Darby precisará reunir forças pra descobrir que está por trás do
sequestro.
Na busca da objetividade, o roteiro passa seu dinamismo
através das reviravoltas, portas que se abrem sempre sob o ponto de vista da
protagonista. As subtramas buscam ser a cola para as explicações que acabam
deixando longas margens em forma de lacunas onde precisamos preencher. Os lados
do conflito, a trama por trás da trama, as decepções com a confiança, tudo isso
acaba sendo uma experiência muito rasa para compreendermos os motivos pois na
superfície acabam se tornando contraditórios além do esquecimento da profundidade
do arco principal da protagonista.
A busca pela essência do lado sombrio dentro de reflexivas
expressões emocionais. Chegou aos cinemas, finalmente, mais um filme de um dos
mais conhecidos e queridos super-heróis dos quadrinhos, The Batman. No filme, dirigido pelo cineasta nova iorquino Matt Reeves, vemos o protagonista nos
seus primeiros anos de luta, descobrindo como proteger a poderosa cidade de
Gotham do total caos do cotidiano passando por uma auto descoberta de
personalidade muito profunda impulsionada por traumas de um passado que não
consegue esquecer. Trabalhando esse psicológico complicado do personagem,
tantas vezes trazido para o cinema, o roteiro corre o risco de perder o fôlego
em alguns momentos, sendo até mesmo redundante em detalhes, crescendo quando
outros fortes personagens se juntam ao suspense investigativo que se molda. The Batman é um filme para fãs do personagem,
que conhecem passagens dos quadrinhos, e uma apresentação de um recorte sombrio
do mesmo para a nova geração.
Na trama, conhecemos o pacato e introspectivo Bruce Wayne (Robert Pattinson), um herdeiro
bilionário que durante a noite é um justiceiro que mapeia Gotham City atrás de
justiça. Quando uma série de assassinatos misteriosos começam a acontecer,
sempre com um bilhete de charada direcionado para conclusões do Homem-Morcego,
o protagonista se une ao fiel escudeiro Alfred (Andy Serkis) inspetor da Polícia James Gordon (Jeffrey Wright) em busca da solução de quem está por trás dos
crimes. Paralelo a isso, somos apresentados a uma trama dos bastidores do crime
na cidade, onde conhecemos o temido chefão Carmine Falcone (John Turturro), a justiceira Selina (Zoë Kravitz), Oswald Cobblepot (o Pinguim,
Interpretado por Colin Farrell),
entre outros. Assim, esses paralelos irão se juntar para nos mostrar segredos
dos que cercam o passado do super-herói.
Pavimentando a nova saga, o novo recorte, da história de Batman, Matt Reeves e companhia adaptaram a essência de histórias em
quadrinho protagonizadas por ele, como: Year
One (1987) e The Long Halloween
(1996-1997). Assim, somos levados para uma Gotham City como sempre conhecemos,
repleta de problemas políticos, submundo do crime dominando ações e vilões de
todos os tipos espalhando o caos por onde passam. Batman está ainda em fase
inicial de sua jornada como justiceiro, com vingança no nome, tomado por um
psicológico conturbado, longe mesmo de cenário mais narcísico como visto nos
disfarces de Bruce Wayne em adaptações anteriores.
Nesse super lançamento de 2022, Batman é mais um
investigador. Esse filme se molda em torno mais de mistérios do que de uma ação
preponderante incisiva. Aqui peças se encaixam com dificuldade, para muitos é
um novo retrato de um emblemático personagem, como é o primeiro de prováveis
outras produções reúne-se em detalhes a todo instante para buscar explicações
dentro de um passado e conflitos que não estava preparado, como os pecados do
pai. O despertar dos verdadeiros vilões é uma construção muito bem feita,
destaque para os ótimos Charada (Paul
Dano) e o início da jornada de um dos mais famosos vilões, o Pinguim (com Colin Farrell irreconhecível pela
maquiagem e em atuação destacada).
Com sua narrativa surpreendente, complexa estruturalmente na
forma como é contada esse recorte, esse ponto de partida de descobertas em
muitos sentidos do personagem, The
Batman é um filme que reflete sobre a dor, sobre a indignação, um furacão
de emoções em conflitos dentro de um herói que precisa escolher em ter que
fazer o bem ou querer fazer o bem.
O amor na sua simples escala de emoções. Buscando o resgate
aos primórdios dos primeiros encontros, das paixões avassaladoras que a vida
coloca em nossos caminhos, o genial Paul
Thomas Anderson volta aos cinemas para declarar sua visão, seus recortes,
sobre o amar na sua simples escala de emoções. Indicado a três Oscars em 2022,
o longa-metragem nos coloca em retorno ao início da década de 70, numa terra de
oportunidades, onde os sonhos e os desejos se misturam mas não deixam de seguir
em paralelos para duas almas que riem, choram e amam.
Na trama, conhecemos o jovem Gary (Cooper Hoffman) um aspirante ator que com pouco tempo de carreira
já conseguiu trabalhos em algumas apresentações. Muito maduro para sua idade,
um dia se encanta por Alana (Alana Haim em atuação fantástica)
uma jovem (porém mais velha que Gary) que está desiludida na vida que não se
entende com sua família, completamente sem rumo vendo os outros indo atrás dos
sonhos e ela parada em um estado de solidão constante. Essas duas almas vão se
unir de diversas formas, nos pensares do amor, no carinho da amizade, nas
batalhas dos empreendimentos, tudo isso de mãos dadas mesmo que com
desencontros.
Navegando nas batalhas do primeiro amor, vemos uma parábola,
uma mensagem indireta, uma analogia, dos princípios do real sentimento. A
escala em questão chega nas reflexões a partir da relação em si e tudo que isso
pode representar navegando pelas águas tumultuadas dos desencontros, da dissensão,
das inúmeras altercações. Em meio ao desenrolar das ações e consequências dos
protagonistas, o projeto também fala sobre a fama, a corrida de muitos pelo
mundo artístico, do status e sempre com uma referência na excentricidade, aqui
na figura Jack Holden (Sean Penn) e
Jon Peters (Bradley Cooper). Esse
último personagem, uma figuraça, fora baseado em um produtor de Hollywood que foi
casado com Pamela Anderson por menos
de duas semanas e tinha um salão de cabelereiro onde iam estrelas do cinema como Jack Nicholson.
Em outros filmes de sua carreira, talvez até mesmo na
maioria deles, PTA (como carinhosamente chamamos o diretor) busca na
complexidade, fatos, ações, movimentos para contar ao mundo o que pensa sobre
recortes diversos. Aqui, tudo é muito simples, fácil de sentir, fácil de
entender. E que trilha sonora fantástica! Licorace Pizza atinge não
só nossos corações mas também mostra as trajetórias envolvidas dentro de um
sonho de muitos.