06/07/2012

Filme “Menos que Nada” abre discussão sobre sistema manicomial brasileiro e tem estreia transmídia


Filme abre discussão sobre sistema manicomial brasileiro e tem estreia transmídia



No dia 20 de julho estreia o filme “Menos que Nada”, do diretor e roteirista Carlos Gerbase, responsável também por “3 Efes” e “Tolerância”. A novidade dessa produção é que o lançamento será realizado ao mesmo tempo nos cinemas, em DVD e na internet via streaming.  A proposta da produção é facilitar o acesso do público ao cinema nacional e ampliar a discussão sobre o sistema manicomial e a saúde pública no Brasil, abordados no longa-metragem.

O enredo de “Menos que Nada” conta a história de Dante (Felipe Kannenberg) um homem solitário, que sofre de esquizofrenia e vive num hospital psiquiátrico esquecido pelos amigos e a família. O estado de saúde de Dante começa a mudar quando a nova médica residente Paula (Branca Messina) se interessa pelos seus sintomas e decide investigar sua vida, buscando pessoas do seu passado. Completam o elenco: Rosane Mulholland (René), Maria Manoella (Berenice) e Carla Cassapo (Laura).

A relação médico e paciente é explorada nesse suspense, que tem como pano de fundo os sintomas da esquizofrenia e o desencadeamento dessas reações. Para movimentar essa discussão e fazer as pessoas refletirem sobre o filme e o assunto, “Menos que Nada” promoverá uma forte interação com o público na internet por meio das suas redes sociais, no Facebook e no Twitter.  

Serão publicadas informações sobre produção, elenco, curiosidades, estudos sobre o tema, análises de psiquiatras e psicanalistas, com a proposta de gerar discussões sobre esses temas e trazer pessoas para socializar dentro desse universo. Também serão realizadas promoções e desafios sobre o filme com os usuários.

Descubra mais sobre o filme:

Facebook Menos que Nada: https://www.facebook.com/menosquenada
Twitter Menos que Nada: https://twitter.com/menos_que_nada


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04/07/2012

Crítica do filme: "Lockout" / "MS One: Maximum Security"


Dirigido pela dupla James Mather e Stephen St. Leger, “Lockout”, é uma mistura tosca de “O Quinto Elemento” e “Fuga de Absolom” conseguindo pegar todos os elementos ruins contidos nesses longas e fazer uma produção completamente sem originalidade. Resumo da obra? Mais do mesmo: explosões, cenas impossíveis, a física sendo quebrada no espaço e muitos outros exemplos de clichês que vemos na maioria dos filmes de ação hoje em dia.

Na trama, conhecemos Snow, um homem de caráter duvidoso que foi injustamente condenado por um crime que não cometeu. Assim, acusado de espionagem contra os EUA é mandado a temida prisão intergaláctica onde todos os presos passam os anos dormindo e onde muito não sobrevivem. A sorte do protagonista começa a aparecer quando ele descobre estar em meio a uma conspiração e acaba entrando em acordo com o governo, que oferece a sua liberdade, se ele conseguir resgatar a filha do presidente que ficou presa em um ambiente hostil durante uma rebelião.

Se pra fazer todo rei no mundo do cinema/seriados chamam o Sean Bean, para todo cara dupla face/mafioso chamam o Peter Stormare (que ficou famoso pelo seu personagem no seriado “Prison Break”). Mas dessa vez Stormare passou longa de uma boa atuação, caricato em todos os momentos. Quem também está horrível é a ex-lost Maggie Grace, uma das piores atuações femininas desse ano até o momento.A corrida para o Framboesa de Ouro vai ser disputada esse ano.

Mas quem rouba a cena, no ponto de vista negativo é um rosto conhecidos dos cinéfilos. Realmente Guy Pearce se superou. Está conseguindo aos poucos guiar sua carreira no mesmo vento que a daquele conhecido Nicolas, sobrinho do famoso diretor. Muitas escolhas estranhas desse bom ator que chegou ao clímax de sua carreira em “Amnésia” (dirigido pelo mestre Nolan) e quase colocou tudo a perder no tenebroso “A Máquina do Tempo”.  Torcemos para que os deuses cinéfilos abençoe a cabeça desse artista inglês e ele volte a participar com destaque de muitas produções daqui pra frente.

Como podem perceber, nem citei muita coisa sobre o filme, não quero fazer vocês perderem o tempo de vocês como eu perdi o meu.
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25/06/2012

Crítica do filme 'Sombras da Noite'

Tem vampiros, paixões mela cuecas, lobos, mas passa longe (ainda bem)  daquela saga chatinha que conhecemos. 

Uma das dobradinhas mais famosas do mundo do cinema (Depp/Burton) está de volta apostando na escuridão, no mundo dos vampiros e na comédia, junção que se encaixou muito bem na composição da história e dos personagens. Tem vampiros, paixões mela cuecas, lobos mas passa longe (ainda bem)  daquela saga chatinha que conhecemos. “Sombras da Noite” é um ótimo trabalho do elenco e do diretor, diverte e leva o público a risadas inesperadas, mesmo com alguns absurdos (exageros que já conhecemos de Tim Burton) é uma fita acima da média.

A trama começa no século XVIII e mostra uma família que sai da Inglaterra e vai para os Estados Unidos levando com eles uma terrível maldição. Barnabas Collins é um pequeno jovem, rico e que vive confortavelmente com sua família em uma cidade americana. Já na fase adulta, o jovem playboy derrete os corações das jovens com eu charme. Só que ele não sabia que uma delas era uma poderosa bruxa (Angelique), e após despedaçar o coração da jovem bruxa é amaldiçoado, transformando em um vampiro e enterrando vivo. Alguns séculos mais tarde, Barnabas é libertado de sua ‘prisão’ e assim, surge nos dias modernos, no começo meio perdido, depois firme e forte para buscar vingança.

A grande sacada de Burton e companhia é inserir a comédia num contexto de dramalhão antigo. Aproveitaram a ótima deixa, que consiste em trazer um indivíduo do passado para o presente, e rechearam a fita com personagens intrigantes que no meio do filme viram uma espécie de super-heróis, tornando fácil a empatia do espectador (de qualquer idade) com a história e automaticamente com cada detalhe que é usado para chegar ao clímax da trama. O elenco é excelente e tem ótimos nomes como:  Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Helena Bonham Carter, Eva Green, Jackie Earle Haley, Jonny Lee Miller, Chloë Moretz e Christopher Lee.

Dizem que Burton e Depp se repetem. Aos que pensam assim, por favor, revejam os filmes da dupla , cada qual com sua história, cada qual com seu sentido. Impossível, revendo, dizer que eles se repetem. Pode ser questão de ponto de vista, mas muitos pegam no pé da dupla. Seus bobões, deixem os créditos para os que tentam fazer algo original num mundo tão superficial em que vivemos.  Assim se faz filmes de vampiros, não precisa ter amanheceres nem crepúsculos para o filme ser bom.
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24/06/2012

Crítica do filme: 'Febre do Rato'


A Febre do Che Guevara Pernambucano





"E quem foi que disse que poesia não embala? Quem foi que disse que poesia não embriaga?" O novo trabalho do diretor pernambucano Cláudio Assis, "Febre do Rato", fala sobre poesia, anarquismo e as transformações que uma mente intensa pode sofrer por amor.  Tudo isso acoplado magistralmente à uma fotografia perfeita oriunda das lentes maravilhosas de Walter Carvalho (diretor documentário “Raul: O Início, o Fim e o Meio”).  Com esses pontos levantados, mais um elenco que veste a camisa da produção, "Febre do Rato" promete ser um dos mais originais e elogiados filmes nacionais do ano.

A história gira em torno de um poeta chamado Zizo, que vive em um mundo particular (cheio de revolta) e publica seus pensamentos em um pequeno tablóide (que dá nome à trama). Por conta de sua ausência contra o que é ‘normal’ e em aceitar a construção das relação às práticas do cotidiano, se vê muitas vezes sozinho em sua luta. A situação muda de cara quando se depara com uma jovem que começa a gerar uma interessante transformação na vida e principalmente no modo de pensar do sonhador.

Cláudio Assis consegue criar sua própria Recife (não que o que vemos em cena não seja o que é verdadeiro), com alguns elementos mostrados nu e cruamente, o que pode chocar alguns mas a maioria entenderá que as verdades de uma história, às vezes, precisam ser contadas de maneira escancarada, se encaixando com o contexto que a trama gira. Fica claro, mesmo para os que não gostam do filme, que uma coisa é certa: é um longa tecnicamente bonito e que beira a perfeição na sua estética e no seu modo de pensar o ‘cinema’.

Com frases marcantes, o poeta Zizo (uma espécie de Che Guevara Pernambucano), é interpretado pelo fantástico Irandhir Santos. Em cenas difíceis, em cenas marcantes, mas uma vez Irandhir consegue pegar um complexo personagem e dar uma bela contribuição para que a história não fuja, nem perca o interesse, aos olhos cinéfilos que acompanham essa história que tem o roteiro de Hilton Lacerda.

Com uma direção inteligente e elenco extremamente competente, Irandhir Santos, Nanda Costa, Matheus Nachtergael e Juliano Cazarré, entre outros, "Febre do Rato", promete ser um dos melhores filmes nacionais do ano. Não deixem de conferir! Em cartaz nos cinemas!
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21/06/2012

Crítica do filme: 'A Fada'


Usando a mesma dinâmica de “Rumba” os diretores Dominique Abel, Fiona Gordon, Bruno Romy tentam se encaixar no mercado cinematográfico de vez com o inusitado “A Fada”. Com carismáticos e performáticos personagens essa fita francesa tem um roteiro cheio de surpresas mas incomoda com a extensão da não-realidade nas sequencias, por mais que seja a base da proposta da produção.  

Na trama, um atrapalhado e azarado funcionário de um pequeno hotel, após inúmeras tentativas de mudar sua rotina (a impressão é essa) acaba encontrando em seu caminho uma fada que promete realizar três desejos sejam eles quais forem. Após completar 2/3 do prometido, desaparece fazendo com que o ex-azarado ronde a região do hotel em busca de sua fada.

Os personagens parecem que conseguem levar o público para dentro da trama. Cada movimento, cada ação peculiar, cada frase possui um certo impacto aos olhos cinéfilos. Por ter esse jeitão diferentão é que a fita se torna extremamente atraente, menos, quando exagera nos sentidos das ações e no seu complemento das lacunas por meio da ‘não-realidade’. É um filme que se você conseguir se conectar nos dez minutos iniciais achará o filme bom, senão, vai querer sair correndo de dentro do cinema. A história, longe de ser superficial, é deveras original elevando o grau de atenção do espectador de maneira leve e descontraída com um toque de alma e essência de cinema francês.

Se você gosta de filmes leves que possuem uma proposta diferente, não deixe de conferir esse filme. Caso contrário, mesmo sendo cinéfilo, pode não curtir. 
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17/06/2012

Crítica do filme: 'Amor Impossível'


Nada como uma boa história de pescador. Se o filme fosse bom brincaríamos com essa frase, mas infelizmente o longa dirigido pelo sueco Lasse Hallström (diretor do excelente “Regras da Vida (1999)”) é abaixo da média. Tinha tudo para ser um grande filme, com um ar agradável, leve e com um elenco muito competente “Amor Impossível” pecou quando tentou se estender nos detalhes .  O filme é um grande sonífero e foca nos assuntos mais chatinhos e desinteressantes que poderiam existir.

Na trama, uma autoridade no assunto ‘pesca’ é convidado por um sheik para ajudá-lo a tornar o exercício de ‘catar’ os peixes um esporte, isso, em pleno deserto. Assim, uma consultora (contratada pelo poderoso asiático) acaba sendo o elo entre esse dois homens e o público embarca em uma viagem inusitada de amor com pitadas de fé.

O personagem principal (interpretado pelo sempre excelente Ewan McGregor) é excêntrico até demais o quê desvia muito, em certos momentos, o foco da trama. Muitas vezes insensível, o desastrado Dr. Jones vive muitos problemas no casamento (difícil até dizer qual o mais grave deles) o que já deixa a lacuna para o seu desfecho totalmente óbvia do meio pra frente.  Emily Blunt vive Harriet, a consultora que acaba tendo forte influencia no destino de cada personagem, na trama.  Por mais que isso doa o coração de qualquer cinéfilo, a Srta. Blunt passa a impressão de não ter entendido seu personagem, fato que praticamente deixa o filme sem solução.  A única que realmente briga para que a fita não se torne um sonífero é a maravilhosa Kristin Scott Thomas. A veterana inglesa está nojentamente magnífica na pele de Patricia Maxwell, assessoria do governo.  Quem consegue se conectar quando Kristin entra em cena consegue não dormir até o fim do filme.

No longa, vemos sendo abordados a política, a pesca, o amor, a fé, o desdém, a tristeza mas isso tudo jogado no liquidificador não resultou em um pingo de emoção e isso é uma constatação que muitos chegarão ao final dessa cansativa jornada.  

Mesmo com simpáticos personagens e belas paisagens a produção não consegue decolar. A analogia que se presta é a de um avião tentando correr na pista de decolagem para poder conseguir voar. No fim, acaba o combustível e não decola. Isso resume bem esse longa.
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13/06/2012

Mini-Crítica do filme: 'Madagascar'


Os simpáticos bichinhos dos outros filmes da franquia estão de volta. “Madagascar 3” chega aos nossos cinemas com força total para embalar nas bilheterias nacionais. Dessa vez mais agitados do que nunca, o quê de fato atrapalha a animação com tanto efeito para simples ações, os animaizinhos que todos amamos voltam a se meter em confusão em um longo caminho para casa, no Zoológico do Central Park em Nova Iorque.

Na trama, os queridos bichinhos que já conhecemos resolvem voltar para o lar doce lar deles. Deixando a África para trás eles fazem um ‘tour’ pela Europa, dando até uma voltinha na esplendorosa Monte Carlo.  Mas nem tudo são flores nessa aventura, quando começam a se meter em confusão são perseguidos por uma agente de controle de animais, madame DuBois, uma mulher autoritária que persegue a ideia louca de caçar seu primeiro leão e colocar como troféu em sua parede. Quando tudo parece perdido os nossos amiguinhos buscam ajuda de outros animais em um circo que percorre o mundo.

Com um elenco de famosos dando vida aos personagens (Ben Stiller, Chris Rock, Jada Pinkett Smith e David Schwimmer) o longa infantil promete animar a garotada sendo um prato cheio para os papais e mamães  que adoram um bom desenho. É um filme para todas as idades, parece que cada parte foi feita para determinada idade. Óbvio que a maioria das partes é feita para os pequenos jovens mas aposto que você adulto também irá se divertir bastante na poltrona do cinema.

Diverte mas tudo é exagerado. É indicado mas não é, nem de longe, a melhor animação da franquia. 
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