A jovem atriz espanhola Astrid
Bergès-Frisbey esteve no Brasil na última semana para apresentar seu novo
trabalho, “A Filha do Pai”. O filme,
dirigido pelo talentoso Daniel Auteuil, é
um dos destaques do excelente Festival Varilux de Cinema Francês que ocorre em
algumas cidades do nosso país. No
Rio de Janeiro, o público teve a oportunidade de conversar com alguns atores e
diretores convidados sempre ao fim de determinadas sessões. Assim, ao término
do maravilhoso “A Filha do Pai”, o
jornalista Raphael Camacho teve a sorte de conferir um bate-papo bem rápido
entre a atriz e o público. Confira abaixo algumas das questões abordadas por
esse jovem talento do cinema europeu:
Astrid iniciou a conversa com o público falando do diretor Daniel Auteuil
“Estou muito
emocionada de estar aqui. O Daniel Auteuil
gostaria muito de estar aqui também mas depois contarei tudo a ele. Eu
queria contar a vocês que eu e Daniel gostamos de entrar nas salas onde o filme
tem passado nos festivais e perceber a reação do público. A história é muito
bem recebida aqui no Brasil e onde o filme está passando.”
Após esse breve contato com o público, respondeu
simpaticamente algumas perguntas feitas pela plateia:
1)
O
bebê do filme é seu?
Astrid Bergès-Frisbey: Não. O bebê é do
Daniel (diretor do filme).
2)
Porque
o Daniel escolheu fazer esse filme?
Astrid Bergès-Frisbey:
Ele gosta da obra de Pagnol (Marcel), ele queria fazer um outro filme mas a família do Marcel sugeriu
ele fazer esse já que havia alguns problemas para conseguir os direitos para
fazer o outro que ele queria.
3)
Quanto
tempo duraram as filmagens?
Astrid Bergès-Frisbey:
Cerca de 8 semanas, mas o filme como um todo (montagens, edições) quase 1 ano.
4)
Em
qual região foi rodado o filme?
Astrid Bergès-Frisbey:
Na região de Provença, no sul. O Daniel conhecia bem a região, ele frequentava
durante a adolescência.
5)
Quantos
filmes você já fez na carreira?
Astrid Bergès-Frisbey:
Em torno de 5 ou 6, a minha carreira começou em 2006.
6)
Qual
a cena foi a mais importante para você?
Astrid Bergès-Frisbey:
Todas as cenas foram importantes, todas exigiram muito na hora de serem
filmadas. Eu tive um pouco de receio em uma cena já na segunda metade do filme
quando a minha personagem já é mãe. É aquela cena quando ela está colocando a
gravata no pai. Aquela cena foi a primeira que filmei mas ela só aparece na
segunda metade do filme.
7)
Aonde
sua personagem colocou a raiva que havia dentro dela? Comente um pouco a
questão de abandono e a relação dela com o pai.
Astrid Bergès-Frisbey: A Patricia (sua personagem) tem essa dupla
relação de abandono, mas ela teve a experiência de ser levada por uma senhora
mais jovem para paris. Na verdade, ela tem essa dualidade quando ela volta para
assumir o papel da mãe, ela ao mesmo tempo tem maturidade e inocência. Ela
aceita a questão de ser pobre, no fundo ela sabe que o destino dela realmente
será viver com alguém de condições iguais. Ela toma as decisões, de pular da
motocicleta, de atravessar o rio e de ir ao show aéreo, tudo para fica em evidência
ao grande amor. No final do filme ela quer que seja por amor o grande pedido, o
que é muito moderno para a época da história.