Quem não gosta de um bom show de ilusionismo? Criss Angel,
David Blaine, Harry Houdini, Mister M. são alguns dos mais famosos nomes que acompanham
o imaginário de muitas pessoas ao redor do mundo com suas habilidades de mágica
e ilusão. Se aproveitando dessa necessidade humana pela curiosidade, os
roteiristas Boaz Yakin e Edward Ricourt criaram uma história muito inteligente onde
o espectador não consegue desgrudar os olhos da telona. Truque de Mestre tem cenas de ação misturadas com diálogos
interessantes, transformando a trama em um filme dinâmico e que deve agradar a
maior parte do público.
Na trama, acompanhamos um recrutamento, feito por uma pessoa
misteriosa, onde habilidosos artistas se unem para um grande golpe envolvendo
bancos, chantagens e muito dinheiro o que acaba chamando a atenção da polícia e
da mídia mundial. O cineasta francês Louis Leterrier, de trabalhos terríveis
como Fúria
De Titãs e Carga Explosiva 2, encontra uma fórmula de sucesso,
unindo ótimas cenas de ação e momentos de emoção, para dirigir essa empolgante história.
Um dos trunfos são os personagens muito bem definidos. Cada
um tem seu objetivo apresentado desde o início, clareando o entendimento ao
espectador. Óbvio que algumas surpresas precisavam ser guardadas - o que pode
confundir um pouco o público no final - a graça de um filme inteligente como
esse é exatamente essa.
É o tipo de filme que empolga do início ao fim. Um outro
fator que contribue para tal, são as atuações convincentes do cast principal. Todo o elenco comprou a
ideia de fazer um trabalho marcante, inesquecível! Jesse Eisenberg (Para
Roma, com Amor), Mark Ruffalo (Os Vingadores), Woody Harrelson (Jogos
Vorazes), Isla Fisher (O Grande Gatsby), Dave Franco (Meu
Namorado é um Zumbi), Mélanie Laurent (Toda Forma de Amor),
Morgan Freeman (Oblivion), Michael Caine (Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge)
merecem todo o crédito na execução quase perfeita de cada respectivo
personagem.
O engraçado é pensar nesse filme com outros atores. Antes da
produção resolver optar por um grupo de jovens protagonistas (tirando o
experiente Woody Harrelson), Philip Seymour Hoffman, Jim Carrey, Hugh Grant,
Sacha Baron Cohen e Colin Firth foram considerados para os papéis principais. Com
certeza seria um outro tipo de filme e, talvez, nem tão interessante.
Parece em alguns aspectos com Onze Homens e um Segredo.
Recrutamentos, planos mirabolantes, uso da tecnologia, golpes em bancos. Uma
outra analogia é com o filme de Christopher Nolan, A Origem. Atenção aos detalhes, a busca de respostas
pelo o público e a sensação angustiante e eminente que vai ser surpreendido no
desfecho.
Todos os núcleos da trama são bem amarrados, não deixam o
espectador confuso. Temos a parte da ação, do drama, do romance, do suspense,
todos muito bem envolvidos, deixando o público ansioso em saber o misterioso
desfecho. Claro que alguns vão implicar com alguns exageros e peças mal
encaixadas ao longo do filme. Para esses, segue a dica: uma pitada de licença
poética é saudável em qualquer história passada na telona!
O grande truque não é mostrado! É sentido pelos espectadores
que confortavelmente sentados em suas poltronas no cinema acompanham uma
historia empolgante, repleta de reviravoltas. É um trabalho que até o grande David
Copperfield aplaudiria de pé!