Tentando recriar todo o clima de suspense e terror que
aterrorizou espectadores na década de 80 com a versão do craque Tobe Hooper,
chegou aos cinemas de todo o Brasil na última quinta-feira, Poltergeist - O Fenômeno, a nova versão
hollywoodiana do clássico do gênero. Repleto de diálogos recheados por um humor
que não combina em nada com a essência da história e repleto de efeitos que não
adicionam em nada a tensão que a trama de outrora criara. Ao final da projeção,
uma indignação toma conta do coração cinéfilo.
Na trama, acompanhamos o azarado Eric Bowen (Sam Rockwell) que
mesmo sem emprego tenta dar uma vida nova para sua família. Assim, a família
Bowen se muda para uma cidade onde não conhecem nada nem ninguém e aceitam
comprar uma nova casa, que mais tarde eles viriam saber ser construída embaixo
de um antigo cemitério. As crianças da casa são as primeiras a perceber que a
casa está amaldiçoada por fantasmas, sendo assim os pais precisarão reunir
força para combater essas inacreditáveis aparições assombrosas.
Toda a alma da história foi sugada por uma direção menos que
regular do britânico Gil Kenan e por atuações heteróclitas, principalmente de
Sam Rockwell. É muito triste para nós que amamos cinema assistir a um remake/homenagem
a um dos filmes mais legais das últimas décadas, do gênero terror, sem nenhuma
inspiração. Para se fazer uma regravação de um filme que marcou uma geração, o
filme precisa ser muito bom, fato que não ocorre com esse trabalho nem com o
chatíssimo Oldboy (2015) de Spike
Lee que fora lançado nos cinemas recentemente.
Não há muitos sustos imprevisíveis, há apenas sustos
calculáveis oriundos de idéias vistas em outros filmes hollywoodianos. O filme
parece ser mais um enlatado norte-americano que peca pela falta de criatividade
e pela falta de competência em encontrar um diretor certo para o trabalho. Os
atores, em sua maioria, foram mal escalados, parecem não entender ao certo seus
personagens. Resumindo: uma grande decepção.