Encontrar você ou
nunca mais ver você. Falando sobre o amor quântico e todas as
possibilidades que podem haver em uma atração amorosa, a diretora
francesa Lisa Azuelos utiliza de uma trilha sonora contemporânea
para contar um quase poema sobre o amor. Uma das qualidades do filme
é que a apresentação dos personagens é direita, simples e
objetiva. Um Reencontro fala sobre a essência do amor, com
uma visão e interpretação sobre o sentimento puro que vem
espontaneamente quando um outro alguém desperta o diferente em você.
O projeto deve incomodar a alguns, muito pelo fato dos eternos
clichês do gênero que realmente são incorporados na trama mas de
nada atrapalham a emoção que nasce das escolhas dos personagens.
Na trama, somos
rapidamente apresentados ao advogado criminalista Pierre (François
Cluzet) e a sensual escritora Elsa (Sophie Marceau). Os dois
pombinhos se conhecem em uma festa e logo de início cativam a
atenção mútua. O problema é que Pierre é casado e Elsa não
gosta de senvolver com que já tem uma dona. Assim, entre idas e
vindas que o destino sempre reserva, tanto nos filmes como na nossa
própria realidade, os dois precisarão ter forças para combater
esse forte e crescente sentimento.
Cluze e Marceau formam
um dupla harmônica que navegam no rio da atração, deixando o
espectador se identificar com a história que é contada com uma
verdade escancarada (as vezes cutuca os clichês dos filmes
românticos) sobre as nuncias e consequências da relação criada.
Marceau usa e abusa de sua sensualidade. A simpatia e o astral de sua
personagem, deixam o público grudados na telona.
Somos desafiados a
encontrar as peças de um quebra-cabeça de acordo com o que pensamos
ou sentimos sobre o amor. A diretora Lisa Azuelos, que também faz
uma ponta no filme, coloca em prática um exercício arriscado mas
sempre deixando claro o seu ponto de vista sobre as possibilidades
dessa história de amor. Sem dúvidas, Um Reencontro é
um filme para almas sensíveis que adoram o livre arbítrio do
sonhar.