Seguindo fielmente a mesma fórmula de longas metragens como a
trilogia Até que a Sorte nos Separe,
o cineasta Roberto Santucci (do ótimo Alucinados)
volta às telonas para contar a história de um camelô que descobre ser filho de
um homem muito rico. Um Suburbano Sortudo
tem um roteiro um pouco mais sólido que a maioria das comédias que já
assistimos por aí e conta com a vantagem de ter, talvez, um dos melhores atores
entre todos os protagonistas dos últimos sucessos de bilheteria no gênero
comédia (talvez ao lado de Paulo Gustavo), Rodrigo Sant’anna.
Na trama, conhecemos o simpático Denílson (Rodrigo Sant’anna),
um camelô malandro que vive humildemente com sua excêntrica família no subúrbio
do Rio de Janeiro. Certo dia, acaba descobrindo que é herdeiro de um famoso
milionário, seu pai biológico, dono de uma grande rede de lojas e assim começa
a mudar de vida. Mas nem tudo são flores, Denílson enfrentará a ira da outra
parte da família de seu pai e ainda precisará enfrentar uma grande crise nas
empresas que agora é dono.
Um dos pontos positivos do filme é a humildade de Sant’anna
que mesmo sendo o protagonista e grande pilar da história, sabe ser coadjuvante
nos complementos que o roteiro deixa como lacunas para subtramas. A história é
bobinha, costurada de maneira bem simples, gera risos por conta da facilidade
do protagonista em convencer o público com sua simpatia. Nem de longe é a
melhor comédia já feita aqui no Brasil, nem de longe é um excelente trabalho
mas a história como um todo gera uma curiosa simpatia se você consegue se
prender a alguns detalhes, como por exemplo: nas pausas dramáticas (mesmo sendo
bem poucas, verdade) o filme não exagera nas piadas e consegue passar bem, com
boa criatividade. Não incomoda muito como nos filmes estrelados pelo comediante
Hassum, por exemplo.
Com locações em Madureira e em alguns lugares do subúrbio do
RJ, Um Suburbano Sortudo, deve ter
uma boa carreira no circuito. Para quem quer se divertir, com um rostos
familiares na telona , o filme pode agradar.