O risco de uma decisão errada é preferível ao terror da
indecisão. Dirigido pelo cineasta espanhol Jaume Collet-Serra (diretor do
conhecido A Orfã), o
suspense/thriller/terror Águas Rasas é um trabalho muito interessante que
explorar com eficácia e objetividade uma situação inusitada vivida por uma
turista surfista em uma praia paradisíaca completamente longe de casa. O clima
de tensão que o filme consegue passar é o grande fator X para que a produção
abra um belo sorriso nos cinéfilos.
Na trama, conhecemos a carismática Nancy (Blake Lively), uma
jovem estudante de medicina que resolve visitar uma praia paradisíaca que foi
importante na trajetória de sua mãe já falecida. Chegando no lindo lugar
resolve ir surfar e acaba sendo atacada por um terrível tubarão. Sua sorte é
que conseguiu ficar presa em algumas pedras e usando muita criatividade e
ativando toda sua essência corajosa, a jovem terá que ultrapassar todos os seus
medos e bolar um plano para sair dessa difícil situação.
Quando o tubarão não rouba a cena, sabemos que o filme tem
boas possibilidades de dar certo. A história é muito simples e nada muito além
do possível é explorado pelas inteligentes lentes de Collet-Serra. O roteiro
brinca com nosso imaginário conseguindo com que pensemos como seria nossas
atitudes se tivéssemos dentro de uma situação similar. Blake Lively cresce em
sua atuação a cada minuto, explorando as emoções mais conflitantes que a
situação acaba gerando. O único pesar é
que a fita é curta, não se consegue detalhar com mais precisão a relação da
jovem com sua família, talvez um ponto importante que não deram muita
importância mas nada também que atrapalhe o desenvolvimento da interação do
público com o filme.
Águas Rasas estreou
no Brasil e fez sucesso entre os cinéfilos mundo a fora. Se ainda não viu, vale
a pena conferir.