Pelo dever do correto uma vida pode virar duas.
Protagonizado pelo eterno protagonista de um dos maiores seriados de todos os
tempos, Breaking Bad, Bryan Cranston, Conexão
Escobar tinha tudo para ser um baita filme mas acaba se perdendo por
absorver vícios cinematográficos hollywoodianos em uma história que deveria ter
sido contada de maneira simples e objetiva. Dirigido pelo cineasta norte
americano, Brad Furman (O Poder e a Lei),
o filme estreou no circuito brasileiro e sumiu das salas de cinema rapidamente.
Na trama, baseado em fatos reais, ambientado em meados da
década de 80 na flórida, conhecemos o experiente policial , Robert Mazur,
(Bryan Cranston), um especialista em trabalhos disfarçados que resolve não
aceitar a aposentadoria e fechar seu currículo com o maior desafio de sua vida,
prender uma rede de banqueiros e investidores ligados ao narcotráfico
colombiano que age nos Estados Unidos. Mas a missão não será fácil e para tal,
precisará da ajuda da novata agente Kathy Ertz (Diane Kruger) e do extravagante
agente Emir Abreu (John Leguizano).
Filmes sobre policiais que marcaram época em seus
departamentos por atuarem disfarçados contra o crime organizado não é algo raro
no mundo do cinema, fazendo com que uma certa originalidade/personalidade em
algo assim tão visado seja necessária para o título não se tornar apenas mais
um filme do gênero. Conexão Escobar tem
uma estrutura excelente que é muito mal aproveitada e impressionantemente mal
aproveitada. A cereja do bolo (O protagonista não consegue passar aquela
empatia necessária para o espectador comprar a história.
Falta clímax, explorar os momentos de virada na trama, focar
no núcleo familiar de Mazur e sua relação complicada com sua esposa Evelyn (
interpretada pela ótima Juliet Aubrey). O longa deixa muito a desejar. O
roteiro é baseado no livro O Infiltrado, do agente federal Robert Mazur
(protagonista da trama). Podemos apostar ‘All in’ que o livro é melhor que o
filme.