A ganância insaciável é um dos tristes fenômenos que
apressam a autodestruição do homem. Dirigido pelo cineasta nova iorquino Peter
Berg (O Grande Herói (2013)), o
ótimo filme Horizonte Profundo: Desastre
no Golfo fala sobre, entre vários pontos, a ganância do ser humano. Baseado
em fatos reais, o filme consegue deixar o espectador com os olhos atentos ao
longo dos 107 minutos, muito porque consegue fugir de vários clichês retratando
com muita verdade os acontecimentos traumáticos desse dia que foi o maior
desastre em uma plataforma de petróleo da história dos Estados Unidos.
Na trama, ambientada no ano de 2010, conhecemos o chefe de
manutenção da plataforma Deepwater Horizon Mike Williams (Mark Wahlberg), um
mecânico que mora com sua esposa Felicia (Kate Hudson) e sua única filha. Em
abril de 2010, Mike irá enfrentar o maior desafio de sua experiente carreira
quando a plataforma em que está começa a pegar fogo por conta de descaso nas
políticas de prevenções. Lutando contra a vida e tentando ajudar a todos se
salvarem, Mike e Jimmy Harrell (Kurt Russell), um dos chefes da Deepwater
Horizon, precisarão reunir forças para enfrentar o caos em alto mar.
O filme bate profundamente nas políticas de proteção das
plataformas petrolíferas norte americanas, mostrando de todos os ângulos os
verdadeiros culpados por esse trágico acidente. Por conta disso podemos dizer
que é um filme muito corajoso, além disso, o roteiro (escrito por Matthew
Michael Carnahan e Matthew Sand, baseados no artigo de David Rohde e Stephanie
Saul) é muito bem definido tentando também fugir de eventuais clichês. O
projeto consegue unir as críticas contundentes aos responsáveis pelo acidente a
um enredo envolvente com cenas de tirar o fôlego.
Lançado nos cinemas brasileiros no início de novembro
passado, Horizonte Profundo: Desastre no
Golfo passou rapidamente pelo circuito mas é um filme que se você tiver a
oportunidade de assistir não deixe de conferir. Grata surpresa.