Com um orçamento que beirou aos 100 milhões de dólares, Ford
Vs. Ferrari conta a história real de um ex-piloto de carros de velocidade,
Carroll Shelby (Matt Damon) que
recebe a incrível missão de assumir um projeto na Ford para derrotar os carros
até então imbatíveis da Ferrari na famosa 24 Horas de Le Mans na década de 60.
Sem poder dirigir por um problema no coração, resolve chamar o incrível
mecânico e piloto Ken Miles (Christian
Bale) para assumir o cockpit e juntos vão lutar contra todos seus gênios e
contra a física para tentar criar o carro mais rápido.
O roteiro é bastante interessante, abre margem profunda para
entendermos melhor os personagens, mesmo recheado de clichês, não incomoda e
nos faz parar para pensar sobre ganância e amor pelo esporte sobre diferentes
óticas. O que mais chama a atenção é a interseção que o personagem de Damon
caminha, tendo que conviver com executivos que não entendem nada de corrida de
carro e o lado mágico de sua equipe que ama o que faz, assim abre portas sobre
heróis e vilões deixando o público definir suas lacunas. Há muita crítica as
ações da época e a fita ganha pontos pela sua coragem de encostar na margem da
apuração dos fatos que realmente aconteceram, a famosa verdade atrás de uma
vitória.
O filme ainda está nos cinemas até essa data mas com cada
vez menos sessões. É um projeto para ouvir o ronco do motor dentro das ótimas
salas de cinema que temos, os efeitos são ótimos. Para quem se interessar, há
um documentário na Netflix também sobre esse tema e praticamente homônimo a
essa fita.