Em mais uma produção Netflix lançada nesse ano, Operação Fronteira aborda as questões
das escolhas vs essências com críticas ao pós intenso serviço militar. Dirigido
pelo ótimo cineasta J.C. Chandor (O Ano Mais Violento, Margin Call) o filme navega na
violência para encontrar algum sentido em almas paralisadas por só saberem
realizar um tipo de trabalho. O roteiro é interessante e com arcos bem
definidos, é um filme redondo que não alcança brilhantismo no clímax imposto
mas convence como filme de ação com leves pitadas de dramas profundos.
Na trama, conhecemos Santiago (interpretado pelo excelente
ator guatemalteco Oscar Isaac) que trabalha como consultor para a polícia de
uma região na América do Sul, acaba conseguindo saber o paradeiro de um bandido
de renome da região através de sua fonte. Assim, reunindo informações sobre a localização
desse bandido, que está escondido dentro da selva em uma verdadeira
casa/fortaleza, resolve chamar antigos companheiros de exército para uma
operação para lá de complicada que é ‘assaltar’ o bandido e dividirem toda a
fortuna que se encontra com ele. Nada será fácil e escolhas precisarão serem
feitas.
Operação Fronteira
é um filme que convence. Sem muito holofote para sua entrada na famosa rede de
streaming, acaba se tornando um dos bons filmes do gênero no atual catálogo da
mesma. Com bons atores no elenco e arcos bem definidos, vamos entrando aos
poucos na trama que peca somente por não mostrar com mais profundidade a pré
operação, focando apenas em dois personagens, talvez até compreensivo pelo
desfecho. As escolhas são parte importante da história, altamente envolvidas na
essência desses amigos militares, as consequências são colocadas no tabuleiro a
todo instante criando um bom clima para a ação envolver o público.