Quando a dor na consciência encontra as falhas na justiça. Protagonizado por um dos artistas mais pós graduados em filmes de ação dos últimos tempos, o irlandês Liam Neeson, Legado Explosivo, dirigido por Mark Williams (em seu segundo projeto como diretor), é um filme de ação com apenas pitadas quase invisíveis de drama onde acompanhamos a saga de um ladrão honesto rumo aos obstáculos do outro lado da lei. É muito mais do mesmo, por mais que Neeson exale carisma na tela, o projeto é um grande universo de clichês com poucas cenas de ação realmente de tirar o fôlego. Um dos mais fracos filmes da saga no universo da ação do lendário ator indicado ao Oscar pelo inesquecível A Lista de Schindler.
Na trama, conhecemos Tom Dolan (Liam Neeson) um arrombador de cofres que rouba dinheiro durante
quase uma década sem que a polícia se quer tenha uma mínima pista sobre quem
ele é. Certo dia, ao se mudar novamente de cidade, ele encontra Annie (Kate Walsh) e logo se apaixona. Se
passa um ano e Tom, entendendo que para ser feliz com Annie precisa cumprir
pena pelos seus pecados, resolve se entregar para o FBI. Só que aí começa a
maior complicação da vida dele, ao tentar se entregar, acaba sendo vítima de extorsão
de uma dupla de agentes corruptos do FBI. Tentando provar sua inocência dentro
de uma situação que envolve até assassinato, ele precisará ser mais violento do
que foi toda sua vida como ladrão honesto.
O projeto apresenta um começo, meio e fim nada muito
original apenas a hipocrisia escancarada de que um criminoso para se entregar
encontra mais dificuldades para se entregar do que praticar seus próprios
crimes. Há um simbolismo de Robin Hood embutido nos atos do protagonista e
ficamos sabendo quando ele abre o jogo com Annie sobre quem ele realmente é.
Não há muitas surpresas ao longo dos arcos, que são bem dirigidos mesmo que
sendo um filme de ação falte bastante cenas envolventes, uma explosão ou outra
não convencem mesmo. Liam Neeson tem muitos outros trabalhos mais impactantes
dentro desse gênero.