As consequências dos seus atos. Em White Boy Rick voltamos aos anos 80 na cidade de Detroit para acompanhar uma história, baseada em fatos reais, repleta de violência, inconsequência, questões familiares e ações duvidosas da polícia norte-americana. Com um roteiro profundo que gira em torno de um arquétipo familiar disfuncional, vamos acompanhando como um jovem ainda adolescente se tornou informante do FBI e depois fora condenado à prisão perpétua. White Boy Rick prende a atenção do início ao fim.
Na trama, conhecemos o jovem Richard Wershe Jr. (Richie Merritt), ou Rick, que mora com
o pai, o negociante de armas Richard (Matthew
McConaughey) e sua irmã Dawn (Bel
Powley). A família é longe de ser unida, os fracassos constantes do pai e o
abandono da mãe tornaram cada integrante da família um ponto solta dentro de
qualquer normalidade. Após Rick conhecer uma gangue barra pesada que controla
negócios ilegais na região é monitorado pelo FBI, mais precisamente na figura
da Agente Snyder (Jennifer Jason Leigh)
que o faz ser informante para eles.
Há muitos pontos para análise e obviamente o espectador pode
se prender em algum desses. Tem a parte da estrutura familiar que vive Rick, um
rapaz sem muitas referências que vê no pai um aliado em alguns momentos mas
descontrolado em tantos outros. A relação com a irmã é complexa por conta das
brigas constante dela com o pai. Busca suas referências na criminalidade, no
dinheiro fácil, na ostentação de uma vida com prazo de validade. As escolhas pelas
quais passa, muitas dessas não tendo muitas opções, é muito mal orientado
virando praticamente um fantoche nas mãos de uma polícia inconsequente em busca
de seus objetivos, custe o que custar. Mesmo já sabendo que o final não é nada
feliz, a construção que o filme navega é suficiente para tirarmos muitas
conclusões sobre essa história baseada em fatos reais.