Quando o objetivo é apenas fazer rir, e tudo bem! Depois do sucesso do primeiro filme lançado em meados de 2016 (e disponível hoje na Netflix) a história de Selminha e seus amigos voltam para a continuação dessa vez enfrentando o reverso dos conflitos da primeira parte. Novamente dirigido pelo cineasta Pedro Antônio e protagonizado pela atriz Samantha Schmütz, Tô Ryca 2 se aproxima muito da trajetória de outro sucesso da comédia nacional Até que a Sorte nos Separe. Superficial em seus conflitos, os diálogos mostram força na comédia buscando paralelos em situações através de reflexões sobre o sofrimento da maioria dos trabalhadores brasileiros.
Na trama, voltamos a encontrar Selminha (Samantha Schmütz) que no primeiro filme
ficou milionária do dia para noite e agora se vê numa situação complicada pois
toda sua herança de centenas de milhões de reais está sendo contestada na
justiça por uma homônima da protagonista. Sem ter o que fazer, acaba se vendo
forçada a volta ao seu passado principalmente quando a Justiça estipula que até
a resolução do caso um salário mínimo de R$ 30 por dia será o que ela terá
para viver.
As comédias nacionais são um grande trunfo dos números das
bilheterias nos cinemas quando pensamos nos filmes feitos por aqui. Um dos
motivos é exatamente a busca por paralelos com a realidade da maioria dos
brasileiros, aqueles perrengues que só quem anda de ônibus lotados todos os
dias sabe. Tô Ryca 2 segue essa
fórmula, esse caminho, sem muita originalidade (inclusive caminha muito próximo
de Até que a Sorte nos Separe) mas
tendo a força do carisma da intérprete de sua protagonista, a humorista Samantha Schmütz. Algumas cenas são
forçadas, partes do roteiro parecem estarem em loop mas o objetivo desse
trabalho é trazer entretenimento para esses tempos tão difíceis que
enfrentamos, sendo assim toda tentativa é válida.