As dores das oportunidades perdidas. Abordando os dilemas profissionais e pessoais de um esportista em busca de qualquer tipo de redenção em uma carreira com muitos baixos mais que altos, O Quinto Set se estrutura também como um forte drama familiar. Escrito e dirigido por Quentin Reynaud, o longa-metragem francês constrói um impactante retrato de um homem e um momento de desequilíbrio nas suas dores existenciais.
Na trama, conhecemos Thomas Edison (Alex Lutz), um tenista perto dos 40 anos em fim de carreira,
decadente na profissão, que sofre pelas oportunidades perdidas, de não ter
conseguido o sucesso esperado na carreira. Com 18 anos como profissional,
completa a renda mensal de sua família dando aulas particulares no clube de sua
mãe Judith (Kristin Scott Thomas).
Certo dia consegue a última oportunidade da carreira, disputar as classificatórias
para o único Grand Slam jogado no saibro, o torneio francês Roland Garros. Ao
mesmo tempo que vai avançando nesse pré-torneio, chegam em sua frente conflitos
com a mãe e a esposa, a ex-tenista Eve (Ana
Girardot).
Disponível no catálogo da Netflix, esse interessante drama
nos apresenta um olhar para outras possibilidades na vida de um homem em
conflito, que não consegue se desprender de traumas em momentos chaves da sua
trajetória profissional. Com dores constantes no joelho e críticas públicas da
própria mãe, pra completar uma trinca de problemas a história se estende para
os dramas com a esposa, que abandonou o esporte para cuidar do filho do casal e
que se vê em segundo plano. A maneira como ele reage a esse turbilhão de
situações se entrelaçam na chama acesa de seus sonhos. Ele se nega a desistir,
mas qual o limite? Vale a pena colocar muita coisa a perder?
Lançado em 2021 nos cinemas franceses e desembarcando
recentemente no catálogo da Netflix aqui no Brasil, O Quinto Set se consolida como um interessante retrato de uma vida
dedicada ao esporte e todas as dores e conflitos provocados pelas
insatisfações, de não conseguir dar aquele passo rumo ao sucesso.