O naufrágio na busca pela originalidade. Um filme sem diálogos que aposta na tensão máxima de uma luta pela sobrevivência. Vamos falar agora sobre o terror indonésio Monster. Remake de um longa-metragem norte-americano chamado O Menino Atrás da Porta, esse projeto caminha na receita de bolo de outras produções que buscam no susto elevar os momentos de aflição. Pena que o roteiro cai na armadilha da previsibilidade, nos levando para uma série de clichês.
Na trama, conhecemos dois jovens amigos que são raptados por
um homem misterioso e levados até uma casa em uma região afastada da cidade.
Lá, vivendo um verdadeiro pesadelo, um deles consegue se libertar e resolve
voltar para ajuda o amigo embarcando em uma série de situações aterrorizantes
com surpresas pelo caminho.
A amizade é um elemento importante por aqui. Num dos dilemas
no epicentro da ações da protagonista, uma escolha é feita. A ida ao confronto
com o ‘Monstro’ em questão nos leva para as reflexões sobre o lidar com o medo
e as reações num momento de luta pela sobrevivência. É quase uma parábola sobre
um dos sentimentos mais intensos da humanidade. Pena que a narrativa foca em
conseguir ritmo através da tensão esquecendo de desenvolver o roteiro.
Monster até cumpre seu papel de chegar na tensão e
fazer refletir sobre alguns temas ligados a psicopatia e os absurdos de mentes
perturbadas. Mas como obra cinematográfica adota algo parecido com um Ctrl C –
Ctrl V que já vimos por aí.