A força do amor entre irmãos e as superações da vida que precisam enfrentar. A vida não é fácil, é uma estrada complicada, repleta de obstáculos. Indicado da Suíça ao Oscar 2021, Minha Irmã é um impacto recorte na vida de uma forte mulher que aos poucos vê a solidez de alguns de seus pilares desmoronarem incontrolavelmente, desde o estado complicado de saúde de seu irmão gêmeo até uma crise intensa e amargurada em seu casamento. Escrito e dirigido pela dupla de cineastas Stéphanie Chuat e Véronique Reymond. Destaque para a atuação emocionante da atriz alemã Nina Hoss.
Na trama, conhecemos os irmãos gêmeos Sven (Lars Eidinger) e Lisa (Nina Hoss). O primeiro está com um
sério problema de saúde e passa por uma não bem sucedida transplante de medula
óssea. A segunda é uma escritora de peças de teatro que está com um vendaval de
situações importantes acontecendo ao mesmo tempo em sua vida e precisa ainda
ser a principal cuidadora do irmão o que gera nela terríveis dramas e uma
iminente decadência em seu casamento com o marido Martin.
O foco é na irmã, uma mulher que precisa se virar para poder
conciliar a terrível doença do irmão, a educação de suas filhas, idas e vindas
do seu país de origem até onde seu marido trabalha, as complicadas decisões do
futuro de sua família com a oportunidade que chega ao seu marido. Os
desenrolares das escolhas dessa forte protagonista acabam sendo uma jornada bem
bonita de encarar os obstáculos mesmo que para isso precisem ser tomadas
decisões solitárias.
Minha Irmã é um longa-metragem
repleto de amor e de solidão do afeto. Há contrapontos que se unem em momentos
de reflexão, como o fato de uma certa distância da mãe sobre tudo que acontece
com o filho. Nem sempre na vida teremos finais felizes mas precisamos converter
nossas escolhas em soluções vindas de escolhas que vem do coração. Schwesterlein, no original, nos faz
refletir bastante sobre a vida. Belo filme.