28/02/2012

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Top 5 – Melhores e Piores: Glenn Close, da Broadway para o mundo do cinema!

Seis vezes indicada ao Oscar, Glenn Close nasceu e foi criada em Greenwich, Connecticut. Porém, quando tinha 13 anos, seu pai abriu uma clínica no Congo-Belga (hoje Zaire), por conta disso, durante a maior parte do tempo em sua fase criança, viveu alternadamente na África e em colégios internos na Suíça. Mais tarde se formou pela Faculdade de William & Mary, com bacharelado em drama e antropologia. Glenn Close teve uma extensa carreira atuando em musicais da Broadway. Um de seus papéis mais notáveis ​​no palco foi o de Norma Desmond na produção de Andrew Lloyd Webber de Sunset Boulevard ("Crepúsculo dos Deuses"), para o qual, Close ganhou um prêmio Tony. Em 1984, tornou-se o terceiro artista a receber uma indicação ao Oscar, Emmy e Tony no mesmo ano civil (por “The Big Chill”, “Something About Amelia”, e “The Real Thing”, respectivamente).

Entre suas grandes interpretações no mundo da sétima arte pensamos logo no filme "Ligações Perigosas", onde interpretou um dos papéis mais clássicos de todos os tempos, a Marquesa Isabelle de Merteuil, estrelando o longa ao lado de John Malkovich e Michelle Pfeiffer. Para este papel ganhou uma de suas indicações ao grande prêmio do cinema, na categoria Melhor Atriz. Close era a favorita para ganhar a cobiçada estatueta, mas perdeu para Jodie Foster por "Acusados", uma daquelas injustiças que sempre acontecem ano após ano na famosa cerimônia.

Aproveitando a indicação de Glenn Close ao Oscar 2012, resolvemos fazer um Top 5 dessa grande atriz. Serei muito breve nos comentários dos filmes, senão o artigo fica muito grande e a galera fica com preguiça de ler, por isso já peço desculpas.


Vamos conferir as listas?



Os cinco melhores de Glenn Close:

Ligações Perigosas, O Reverso da Fortuna, Atração Fatal, O Jornal, Um Homem Fora de Série


Ligações Perigosas (Stephen Frears)
O grande trabalho de Glenn Close nos cinemas. Merecia muito mais prêmios do que ganhou por essa interpretação impecável da Marquesa Isabelle de Merteuil. Em meio a jogos e paixões contracena com os excelentes John Malkovich e Michelle Pfeiffer, além de ser dirigida pelo inglês Stephen Frears. Se você não viu, corra para ver! Filmaço!


Reverso da Fortuna (Barbet Schroeder)
Nesse bom filme de Barbet Shroeder, quem brilha mesmo é o veterano Jeremy Irons. Close interpreta Sunny von Bulow uma milionária que narra a história de seu relacionamento com seu marido muito suspeito, que é acusado de matá-la. O filme foi baseado em fatos reais e deu a Irons seu primeiro Oscar.


Atração Fatal (Adrian Lyne)
Glenn Close foi a quarta escolha para desempenhar o papel de Alex Forrest em “Atração Fatal”, no ano de 1987. As primeiras escolhas eram as atrizes: Debra Winger, Barbara Hershey, e Miranda Richardson. Vocês imaginam essas três sendo melhor em cena que Close? Eu não! Sharon Stone também fez o teste para esse papel, mas não foi escolhida. A sintonia com Michael Douglas nas cenas é o ponto alto desse bom longa, dirigido por Adrian Lyne. Na pele de uma personagem desequilibrada que se envolve loucamente com um advogado casado Close tem uma de suas melhores atuações na carreira.


O Jornal (Ron Howard)
Filme muito simpático, lançado no ano em que o Brasil venceu a copa do mundo de futebol na terra do Tio Sam, conta a história de um tablóide americano e seus personagens (os jornalistas que trabalham no mesmo) complicados envoltos em uma investigação sobre um crime. Com um elenco de tirar o chapéu (Michael Keaton, Robert Duvall, Marisa Tomei, Randy Quaid, Jason Alexander) “O Jornal” é um dos melhores filmes da carreira de Glenn Close.


Um Homem Fora de Série (Barry Levinson)
Com quatro indicações ao Oscar e sendo considerado um dos bons filmes que envolvem esportes, “Um Homem Fora de Série” foi um dos primeiros trabalhos de Glenn Close no mundo do cinema. O longa dirigido pelo ótimo Barry Levinson (“Rain Man”), conta a história de um jogador de baseball que tem sua carreira encerrada por uma onda de acontecimentos. Anos mais tarde resolve tentar de novo, superando todos os obstáculos. É para muitos o melhor filme de Glenn Close nesses anos de carreira na sétima arte.



Os cinco piores de Glenn Close:

Mulheres Perfeitas, À Francesa, O Segredo de Mary Reilly, 102 Dálmatas, Marte Ataca!


Mulheres Perfeitas (Frank Oz)
O cartaz já diz tudo, leia-se: “Shiu! Não conte que o filme é ruim!”. O diretor Franz Oz, do genial “Morte no Funeral” (versão inglesa) não mantém o nível de seus outros trabalhos. Ele provavelmente entrou em depressão porque só voltou a dirigir quatro anos após esse longa e mesmo assim no mundo das séries (Frank dirigiu “The Carnival Job”, episódio do seriado “Leverage”).


À Francesa (James Ivory)
Filme com a Kate Hudson já podemos desconfiar. Esse não foge à regra. Mesmo com uma participação nem tão influente assim, Glenn Close, não deveria ter aceito esse trabalho que ocupa uma posição bem baixa na sua filmografia. 


O Segredo de Mary Reilly (Stephen Frears)
Sabe aqueles filmes que você dorme até roncar após 15 minutos de diálogos chatos e mal feitos? Com uma história densa e atuações abaixo do esperado, Glenn não repete a boa parceria que teve com Stephen Frears (o diretor) em “Ligações Perigosas”.


102 Dálmatas (Kevin Lima)
Se 101 já não bastasse, Glenn Close volta ao papel de Cruela Cruel nesse filme feito para crianças que acaba se tornando uma trama incrivelmente sonolenta. Sua personagem exagera na excentricidade e vamos dizer: não é nem de longe a Glenn Close que conhecemos.   


Marte Ataca! (Tim Burton)
O pior de todos na filmografia dessa grande atriz. É uma história louca de um bando de marcianos que invadem nosso planeta Terra, matando e destruindo tudo no caminho. É o famoso caso onde vemos que elenco sozinho não faz verão. Annette Bening, Jack Nicholson, Danny DeVito, Michael J. Fox e Natalie Portman também estão com Glenn nessa roubada dirigida por Tim Burton.

Abaixo, uma entrevista (sem legendas) de Glenn Close falando de seu mais recente trabalho, “Albert Nobbs” que lhe rendeu uma indicação ao Oscar desse ano.




Atualmente, Glenn Close alterna o cinema e o mundo da televisão, nesse último interpreta a venenosa Patty Hewes, na aclamada série "Damages". Seu próximo trabalho nas telonas será "Therese Raquin" (que deve ser lançado em meados de 2013), um thriller baseado na peça de Neal Bell. Vamos aguardar e conferir!

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27/02/2012

Oscar 2012 - Os vencedores e breves comentários

Acabou a ansiedade! Na noite desse domingo, dia 26 de fevereiro, foram anunciados os grandes vencedores do maior prêmio do cinema. Com algumas surpresas nos prêmios técnicos e muitos aplausos de pé, a noite de cerimônia foi uma coroação de grandes nomes da indústria cinematográfica.



Sem perder muito tempo vamos à lista com os vencedores nas principais categorias, seguido de um breve comentário.

Melhor Filme

*Cavalo de Guerra *O Artista *Moneyball – O Homem Que Mudou o Jogo *Os Descendentes *A Árvore da Vida *Meia-Noite em Paris *Histórias Cruzadas *A Invenção de Hugo Cabret *Tão Forte e Tão Perto

Era uma disputa em aberto. “O Artista” vinha ganhando muitos prêmios em outras premiações importantes e despontava como favorito ao maior prêmio do ano. Por fora, corriam por fora o filme de Alexander Payne (“Os Descendentes”), o queridinho americano “Histórias Cruzadas” e o maravilhoso filme de Martin Scorsese (“A Invenção de Hugo Cabret”). O melhor do ano, não venceria mas em nossos corações sabemos que “A Árvore da Vida” não tem concorrentes. No final das contas venceu “O Artista ”, merecidamente.

Melhor Direção

Michel Hazanavicius *Alexander Payne *Martin Scorsese *Woody Allen *Terrence Malick

Categoria vencida por Michel Hazanavicius pelo seu ótimo trabalho em “O Artista”.  Martin Scorsese também vinha forte após vencer o Globo de Ouro, corria por fora. Malick fez um trabalho fenomenal em “A Árvore da Vida” mas dificilmente subiria ao palco para receber o prêmio.


Melhor Ator

Demián Bichir (‘A Better Life’)
George Clooney (‘Os Descendentes’)
Jean Dujardin em (‘O Artista’)
Gary Oldman em (‘O Espião Que Sabia Demais’)
Brad Pitt em (‘Moneyball – O Homem Que Mudou o Jogo’)

Categoria que mostrou cinco ótimos trabalhos, uma surpresa e quase uma certeza de vitória. Com o SAG ganho nas últimas semanas, Jean Dujardin dificilmente perderia o Oscar de Melhor ator esse ano. George Clooney parecia ser o único a ter alguma condição de tirar o prêmio das mãos do francês. A indicação de Demián Bichir foi uma grata surpresa, porém, Leonardo DiCaprio, Michael Fassbender ou Ryan Gosling deveriam ficar com essa vaga. Esse último não figurou entre os cinco indicados pelo fato de ter feito duas ótimas atuações (nos filmes “Amor a Toda Prova”, “Tudo pelo Poder” e “Drive”) isso com certeza dividiu seus votos e assim prejudicou sua eminente indicação. Mesmo com algumas observações, não podemos dizer que o vencedor não mereceu ser premiado.


Melhor Atriz

Glenn Close (‘Albert Nobbs’)
Viola Davis (‘Histórias Cruzadas’)
Rooney Mara (‘Millenium – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres’)
Meryl Streep (‘A Dama de Ferro’)
Michelle Williams (‘My Week With Marilyn’)

A categoria mais disputada nesse ano. 5 ótimos trabalhos. A veterana Glenn Close tem uma boa participação em “Albert Nobbs”, perde muita força por ter sido, muitas vezes, ofuscada pela excelente atuação de Janet McteerViola Davis era uma das favoritas, um papel muito intenso e muito bem executado pela maravilhosa atriz. Rooney Mara está fabulosa na pele de Lisbeth Salander, “Millenium” já é um dos melhores filmes do ano, viva Fincher! Michelle Williams personifica genialmente Marilyn Monroe. Mas, sem dúvidas, a favorita dos cinéfilos venceu novamente, Meryl Streep. Sua atuação como Margaret Thatcher é excepcional.


Melhor Ator Coadjuvante

Kenneth Branagh (‘My Week With Marilyn’)
Jonah Hill em (‘Moneyball – O Homem que Mudou o Jogo’)
Nick Nolte (‘Warrior’)
Christopher Plummer (‘Beginners’)
Max Von Sydow (‘Tão Forte e Tão Perto’)

Acho que foi unânime: Christopher Plummer venceu com sobras! Um trabalho maravilhoso desse talentoso artista.  Essa era a categoria mais fácil de acertar o vencedor. Quem ainda não viu o filme “Beginners”, corra para sua locadora e alugue.


Melhor Atriz Coadjuvante

Bérénice Bejo (‘O Artista’)
Jessica Chastain (‘Histórias Cruzadas’)
Melissa Mccarthy (‘Missão Madrinha de Casamento’)
Janet McTeer (‘Albert Nobbs’)
Octavia Spencer (‘Histórias Cruzadas’)

 Janet McTeer e Octavia Spencer foram as melhores nessa categoria. A primeira ofusca Glenn Close em quase todas as cenas de “Albert Nobbs” e a segunda tem um ótimo trabalho em “Histórias Cruzadas”.  Merecido o Oscar se caísse em qualquer dessas mãos. Venceu Octavia pelo bom filme “Histórias Cruzadas”.


Melhor Roteiro Original

*O Artista *Missão Madrinha de Casamento *Margin Call  *Meia Noite em Paris  *A Separação

Woody Allen levou esse prêmio, merece! “A Separação” tem um ótimo roteiro também e podia ter saído vitorioso também. “Missão Madrinha de Casamento” estar entre os indicados dessa categoria é muito esquisito.


Melhor Roteiro Adaptado

Os Descendentes *A Invenção de Hugo Cabret *Tudo Pelo Poder *Moneyball – O Homem que Mudou o Jogo *O Espião Que Sabia Demais

Categoria equilibrada. Ótimos trabalhos. Steven Zaillian e Aaron Sorkin fizeram um excelente trabalho com o “Moneyball”, porém, quem levou foi Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash por “Os Descendentes”.


Melhor Animação

A Cat In Paris *Chico & Rita *Kung Fu Panda 2 *Gato de Botas *Rango

Acho que é unânime: “Rango” venceu com sobras.

Melhor Filme Estrangeiro

*Bullhead *Footnote *In Darkness *Monsieur Lazhar *A Separação

Acho que é unânime: “A Separação” venceu com sobras. Merecido prêmio.


Melhor Trilha Sonora

*As Aventuras de Tintin *O Artista *A Invenção de Hugo Cabret *O Espião Que Sabia Demais *Cavalo de Guerra

Categoria bem equilibrada. Acredito que “O Artista” venceu por ser o favorito, por conta do sucesso de crítica lá fora. 
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25/02/2012

Crítica do filme - 'A Música Segundo Tom Jobim'

Dirigido por Nelson Pereira dos Santos e Dora Jobim (neta de Tom Jobim) “A Música Segundo Tom Jobim” mostra a trajetória, por meio de canções, de um gênio da música brasileira, o maestro Antônio Carlos Jobim. O público se entusiasma e canta junto em muitos momentos. Casais apaixonados, de todas as fileiras, tascam beijos apaixonados sendo guiados pelas belíssimas músicas que pairam na mente dos brasileiros ha décadas.

Ao longo de um pouco menos de uma hora e meia de projeção caminhamos por meios de fotos e arquivos gravados (não existe diálogos, só há música) entre as inúmeras adaptações de músicas famosas do maestro, como: Garota de Ipanema, Águas de Março, Ela é Carioca, Eu Sei que Vou Te Amar, entre outras... Nas vozes de artistas consagrados, nacionais e internacionais.

Em relação a esses artistas que cantam Jobim, uma pausa para comentários.

Diana Krall cantando em português é um dos momentos mais marcantes do documentário. É uma pronuncia hilária com muita simpatia de uma das maiores vozes do jazz atualmente.

Sinatra e Tom, já se tornara um clássico. Espero que Leonardo Dicaprio (que deve ser o escolhido para interpretá-lo nos cinemas, em breve) faça bem o papel do eterno ‘blue eyes’ e que Jobim apareça de alguma forma no novo filme de Scorsese. Munido de um cigarro na mão direita o cantor americano interpreta como ninguém uma das mais belas canções da nossa música. Não seria maravilhoso ver esse dueto no novo filme do homem que possui as sobrancelhas mais famosas da sétima arte?

Tom e seu piano revolucionaram a historia da musica brasileira e colocaram de vez o Brasil nas paradas de sucesso mundiais. Esse grande trabalho coroa uma carreira marcada de muitas realizações maravilhosas mundo à fora.

Ao longo da fita notamos como era impressionante o número de artistas que cantaram as canções do gênio, todo mundo queria regravar Tom Jobim. Escutamos ao longo do documentário suas canções em inglês, italiano, até em língua oriental. O Brasil em minutos, estando presente em todas as partes do mundo por meio das músicas desse genial músico da nossa terra.

Não percam! Emocionante, isso sim é música para nossos ouvidos!
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24/02/2012

Crítica do filme - 'Sete Dias com Marilyn '

Por trás da beleza de um corpo a uma mulher complexa e insegura. Dirigido pelo pouco conhecido Simon Curtis, o filme que muitos fãs aguardavam com ansiedade chega à tela dos cinemas em breve, “Sete Dias com Marilyn”. Baseado no livro de Colin Clark (um dos personagens do filme) entendemos melhor um pouco da vida pessoal da atriz sensação de uma época, Marilyn Monroe.

A história gira em torno de Colin Clark (interpretado por Eddie Redmayne) e somos guiados pela narrativa dele. Simpático personagem, aspirante à diretor, que vem de uma família de pessoas bem sucedidas em outras áreas. Após lutar para entrar na indústria cinematográfica, consegue sua grande chance na carreira ao participar da produção do novo filme de Lawrence Oliver que tem, nada mais nada menos, Marilyn Monroe (a grande musa da época) como protagonista. Com o passar dos dias, nas gravações, se aproxima da atriz e começa a desenvolver uma paixão gigante pela loira dos olhos azuis, que aos 30 anos passa por uma fase conturbada em sua vida pessoal.

Logo nas primeiras cenas desembarcando de um avião e chegando em Londres, com uma câmera bem projetada e na lentidão característica do diretor somos apresentados, e muito bem, a mulher que tem a tarefa de interpretar um dos rostos mais famosos do mundo, Michelle Williams. Por trás daqueles olhos azuis penetrantes vemos uma presença e sensualidade de uma mulher com a vida bastante embaralhada e complicada longe das câmeras. Michelle merece sua indicação ao Oscar desse ano, uma grande interpretação dessa jovem atriz.

Lawrence Oliver quase perde o cabelo de tamanha impaciência com as atitudes de Miss Monroe. O famoso diretor é interpretado pelo excelente Kenneth Branagh (o homem por trás da melhor adaptação de “Hamlet” feita para o cinema) que entre um cigarro e outro tem que lidar com o ciúmes de sua esposa por conta da presença da bela loira.

O filme nem de longe é uma comédia, está mais para um drama com espírito carismático. Marilyn aparece à beira da ingenuidade, mostrando um lado mimado, sendo cortejada por todos. Assim, bajulada por muitos e complicada para outros, Marilyn Monroe sem dúvidas deixou sua marca no mundo do cinema e a fita em questão apresenta (de maneira bem inteligente) um lado da artista nunca visto.

E você cinéfilo, não está louco para conferir esse filme? Não deixe de ser uma das pessoas que lotarão os cinemas de todo o Brasil assim que esse longa estrear.
  

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Critica do filme - ' Cada um tem a gêmea que merece '

Cada um tem a gêmea que merece – Rumo ao Oscar dos piores! Alô framboesa de ouro!


Dirigido por Dennis Dugan (“O Paizão”), o novo longa estrelado por Adam Sandler é uma comédia recheada de exageros que vem nas altas posições dos rankings das bilheterias brasileira, porém, é apenas uma tentativa de ser um filme engraçado. Reunindo muitos amigos de profissão e com uma trama sem pé nem cabeça, acaba não agradando aos cinéfilos.

Queridinho de alguns, detonado por outros, o artista americano Adam Sandler volta às telonas com o gênero que o marca a mais de uma década, a comédia. Mesmo tendo feito seu melhor trabalho no cinema em um filme de drama (“Embriagado de Amor”), o ator nova iorquino raramente foge da sua zona de conforto. 
Com um grande carisma do público sempre consegue lotar salas de cinema mundo à fora mesmo com filmes pra lá de bregas e com roteiros esquisitos.

Na história, a família Sadelstein (liderada por Jack) se prepara para o evento anual: a visita da irmã gêmea (Jill) do comandante da família, no feriado de Ação de Graças. Muito geniosa a irmãzinha querida de Jack aprontará muito, em vários cenários, que vão de uma quadra de basquete até um navio cinco estrelas.

Pode ser que muitas pessoas saiam dos cinemas gostando do filme. Afinal, ele tenta divertir mas caminha em uma linha próxima do ‘engraçado’ e muitas vezes perde a graça. Não existe coisa pior que um filme de comédia não ter capacidade de fazer as pessoas rirem. É muita bobagem sem nenhum oásis no caminho.

Um coadjuvante em especial chamou a atenção interpretando ele mesmo. O grande ator Al Pacino dá o ar de sua graça (mas porque Meu Deus?) nessa trama cabeluda.  Ver o eterno Michael Corleone (referência ao célebre personagem da trilogia “O Poderoso Chefão”) representando um personagem tão esquisito é de deixar qualquer cinéfilo que curte o clássico de Coppola perplexo.

Rumo ao Oscar dos piores! Alô framboesa de ouro,tem aqui seu candidato mais forte para vencer a disputa!
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23/02/2012

Crítica do filme - 'O Motoqueiro Fantasma 2 - Espírito de Vingança'

“O Motoqueiro Fantasma 2  -> O irmão perdido da Cinderela Baiana”


Eu gostaria de vir aqui, na minha humilde coluna nessa querida editoria e escrever milhões de elogios à atuação de Nicholas Kim Coppola. Porém, como já esperávamos e que diz no ditado popular: ‘Hoje é o amanhã que tanto nos preocupava ontem’, Cage consegue realizar em 1:35 de fita seu pior filme da carreira. Sim cinéfilos, ele conseguiu essa proeza.

O longa dirigido por Mark Neveldine e Brian Taylor (bem dirigido por sinal, a melhor coisa da fita talvez seja a direção) é aquele tipo de filme que os homens levam a mulher para o cinema e ao final da sessão levam bufetadas das mesmas, junto com frases do tipo: “Nunca mais você escolhe o filme, viu?!”

Na trama, Johnny Blaze (o Motoqueiro Fantasma), está escondido em algum lugar na Europa Oriental. Quando tem a possibilidade de se livrar da maldição que toma conta de seu corpo, ele é chamado a interromper seu eterno inimigo, que sequestrou um jovem. Junto com seu amigo e a mãe do menino partem em busca de vingança.

O roteiro do filme é um jogo de encaixe que nem a mente mais japonesa de todas conseguiria decifrar. Digo isso por conhecer duas mãos de japoneses brilhantes que resolvem qualquer problema, porém, nesse caso é difícil ter uma solução que agrade. O público fica confuso com o trabalho esquisito de Seth Hoffman e Scott M. Gimple.

O elenco desempenha da maneira como pode seus excêntricos personagens.

O vencedor do Oscar (sim, ele já venceu o grande prêmio) Nicolas Cage, novamente, dá vida ao célebre 
personagem dos quadrinhos. Volta a ter sua atuação contestada pelo público. Até quando teremos que suportar os filmes ruins de Cage? Porque ele não vai para o retiro dos artistas, tira uma folga de 2 anos e volta interpretando bem, como em seus papéis em: “Adaptação”, “Despedida em Las Vegas”, entre outros... O público merece mais qualidade.

O ótimo ator inglês Ciarán Hinds parece tentar ser o ponto alto do filme, porém, as caras e bocas de seu personagem não o deixam brilhar como devia. Tem falas muito esquisitas.

A bela atriz italiana Violante Placido (que contracenou com George Clooney em “Um Homem Misterioso”) faz a mocinha da produção. Não compromete no papel.

O competente artista Idris Elba (do sensacional seriado “Luther”) interpreta Moreau, um viciado em vinhos que ajuda Blaze a resgatar o jovem sequestrado. Nas cenas de ação, movido à muita bebida, ajuda o motoqueiro a detonar os figurantes.

A caracterização dos elementos do personagem principal deixam a desejar, juntamente, com desfechos horríveis para os coadjuvantes da trama.  

As correntes (parte mais legal do poder de Johnny Blaze) não causam o efeito que poderiam. Ficam parecendo o Shun de Andrômeda (menção: “Cavalheiros do Zodíaco”) com miras variadas e sem nenhuma objetividade!

Após um dos bandidos vacilar com o chefão da história, acaba sendo transformado em uma espécie de Hulk Hogan que tem o poder de transformar tudo em pedra. Bizarro é pouco para esse personagem.

“Motoqueiro Fantasma 2” segue como líder nas nossas bilheterias. Acho que todos nós sempre daremos uma chance para Nicolas Cage e seus personagens, mesmo que infelizmente, já deixaram de nos agradar a muito tempo. Mas que ele saiba de uma coisa: Paciência tem limite! Dá vontade de perguntar se o motoqueiro em questão é o irmão perdido da Cinderela Baiana.
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20/02/2012

Crítica do filme - 'Bullhead'

O indicado ao Oscar pela Bélgica esse ano é um drama que fala sobre traumas que, de tão impactantes, modificam uma trajetória para sempre. Com grande atuação do protagonista Matthias Schoenaerts, “Bullhead” é uma grata surpresa.

Na trama, um homem que trabalha no ramo de carnes é atormentado por um trauma do passado. Sua vida não é comum, por conta de seqüelas daquele tempo. Quando uma série de eventos, o jogam de volta a refletir sobre esses anos anteriores, segredos e angústias ficam à flor da pele gerando um conflito emocional de vingança. Seu jeito reservado afeta sua relação com a família, com um biotipo avantajado, Jacky Vanmarsenille (personagem principal), faz uso de muitos medicamentos injetáveis para controlar um problema. Isso acaba consumindo o personagem de maneira descontrolada levando o longa para um desfecho trágico.

Aos poucos vamos vendo que o acaso modifica uma vida. O valor da amizade é colocada em xeque quando chega Diederik Maes (interpretado pelo ótimo Jeroen Perceval) na história. Por conta de decisões no passado, esses dois conhecidos (Diederik e Jacky) precisarão colocar todos os pingos nos ‘is’ para que o rumo de suas vidas sigam de forma correta. Mas será que o estrago já não foi feito?

O longa, que tem o roteiro assinado pelo diretor, fala também de manobras proibidas entre comerciantes de gado e fazendeiros juntamente com um veterinário. O uso de substâncias proibidas para com os animais é uma questão que o filme aborda e acaba virando um trampolim para o descontrole emocional de um homem perturbado pela infância difícil que teve.

Filme belga, escrito e dirigido por Michael R. Roskam (em seu primeiro longa metragem na carreira), “Bullhead” não vencerá o Oscar (sabemos que “A Separação” é imbatível) mas merece uma conferida pelo público cinéfilo.
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19/02/2012

Crítica do filme - 'A Invenção de Hugo Cabret'

Onde moram nossos sonhos? Nem motoristas de táxis que surtam, nem policiais e bandidos infiltrados, nem lendários diretores aviadores... o homem das sobrancelhas mais famosas do cinema volta à direção de um filme feito para divertir e emocionar toda a família. A maravilhosa condução de Martin Scorsese só nos mostra, novamente, o quão genial é esse Nova-Iorquino, idolatrado pelos cinéfilos (merece o Oscar de direção do ano). Baseado no livro de Brian Selznick, “A Invenção de Hugo Cabret” é uma obra-prima que mostra muito o valor de todo tipo de filme que é feito.

Um garoto (recentemente órfão), vive nas paredes de uma estação de trem após a morte do pai e o desaparecimento do tio, que cuidava dele. Sempre fugindo do inspetor que controla a estação, acaba sendo envolvido em um mistério que abarca seu falecido pai e um comerciante dono de uma loja de brinquedos. Com a ajuda de sua nova amiga Isabelle, irá tentar desvendar esse grande enigma que passa e muito pela história da sétima arte.

O roteiro de John Logan ("Gladiador") passa uma mensagem bonita sobre as produções de antigamente, que cada um desses tem sua história e será interpretado pelo espectador cada qual à sua maneira.  É mais uma declaração de amor ao cinema que vemos nas telonas esse ano. O grande paralelo que fazemos com “O Artista” é exatamente toda a felicidade de falar sobre o que todos amam, a sétima arte. Cada filme a sua maneira envolve o público falando de épocas e sonhos que fizeram dessa arte a mais adorada de todas.

Asa Butterfield tem a responsabilidade de ser o sonhador Hugo Cabret. O pequeno artista inglês, que já havia emocionado o mundo sendo “O Menino do Pijama Listrado”, atende às expectativas e emociona o público mais uma vez.

Ben Kingsley (nosso eterno Gandhi) como Georges Méliès, muito pouco comentado (em posts lidos sobre o filme na web), está excelente no grande papel do filme. É uma espécie de protagonista às avessas. O dono de uma lojinha de brinquedos é onde se esconde um grande revolucionário quando falamos de cinema.  

Chloë Moretz ( a ex- Hit-Girl) é Isabelle, divide com Hugo todas as descobertas desse grande mistério. Já provara em outros trabalhos que será uma excelente atriz em breve. Sacha Baron Cohen, Christopher Lee, Emily Mortimer e  Jude Law também são parte do elenco e contribuem, cada um a sua maneira, para a riqueza da história.

Indicado a 11 Oscars, “A Invenção de Hugo Cabret” é um filme que facilmente levará você à emoção. Não deixe de conferir, afinal, todos nós temos o direito de sonhar!
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18/02/2012

Crítica do filme - 'Shame'

O que fazer para se curar de um vício que está deteriorando gradativamente a sua vida? O novo trabalho do diretor inglês Steve McQueen (“Hunger”) nos conta o drama de um homem e sua compulsão. A ótima trilha sonora assinada por Harry Escott (que fez também a trilha de “Meninama.com”) ajuda a narrar esse que é um dos grandes filmes desse primeiro semestre.

Na trama, um compulsivo sexual ao extremo (com uma promissora carreira profissional) vive dias de desespero após a chegada de sua irmã ao apartamento onde mora. Seus dias eram preenchidos com visitas a sites pornográficos, coleção de revistas com tema adulto, masturbações nas pausas do trabalho (no banheiro da empresa) e vários encontros com desconhecidas, sempre terminando em sexo ou ações desse tipo. Quando sua irmã entra na história, sua rotina é abruptamente afetada e isso gera um descontrole intenso.

Na apresentação do personagem principal já temos uma idéia do vício que ele possui, com cenas muito verdadeiras (nua e crua em alguns momentos), vamos conhecendo melhor o protagonista.

Impressiona a atuação de Michael Fassbender, passa muita tristeza nos olhos por conta desse vício que sofre. Seu personagem Brandon Sullivan é um ninfomaníaco bastante consumido por seus impulsos. O ator alemão comove e se entrega em cenas bem complexas. Infelizmente foi esquecido pela Academia (Oscar) nesse ano, merecia uma vaguinha entre os melhores atores do ano.

Carey Mulligan está fabulosa no papel de Sissy Sullivan, tem um carisma único e contagia o espectador. Quando aparece cantando um clássico do Sinatra e com uma roupa bem ao estilo Marylin Monroe, vira um dos melhores momentos da história, simplesmente espetacular. A jovem artista inglesa de 26 anos teve no ano de 2011 seu melhor ano, com duas ótimas atuações, uma nesse filme e outra em “Drive”.

Os irmãos possuem ao longo da trama diálogos intensos (às vezes violento). Um tenta ajudar o outro mas as barreiras colocadas por cada um deles são muito difíceis de serem superadas. Há muito carinho nessa relação, muitas cenas mostram isso, porém, por conta da tentativa de ajuda de ambos os lados não serem feitas com êxito a eminência de uma tragédia para uma das partes se torna concreto.

Esse longa deve chegar no Brasil com uma classificação altíssima por conta de cenas muito picantes de sexo e alguns nus frontais dos artistas. Em relação a isso, não achei vulgar nem desnecessário, foi filmado do jeito que tinha que ser. O final é bem aberto, deixando o público tirar suas próprias conclusões.

Não deixem de conferir esse grande trabalho! Será um dos 10 melhores filmes do ano!
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Crítica do filme - 'A Beira do Abismo'

Com uma tentativa de história interessante, “A Beira do Abismo”, agradará alguns e levará a rejeição de muitos, por conta da péssima execução das idéias contidas no roteiro. O universo cinéfilo não perdoa, não adianta ter uma boa história se a execução dela não mantém o nível, vai gerar insatisfação. É exatamente o que acontece nesse filme dirigido por Asger Leth.

No elenco: Sam Worthington (“Avatar”), Elizabeth Banks (que sempre confundo com a Elisabeth Shue), Anthony Mackie, Jamie Bell ("Tintim") e as formas esculturais da atriz americana Genesis Rodriguez, além da experiência de Ed Harris. O problema do filme não é o elenco que em grande parte executa seu papel como deveria ser, o roteiro é que se torna o grande vilão da história.

Na trama, um homem se hospeda em um hotel (estrategicamente posicionado) abre a janela e ameaça se suicidar. Criada a confusão, a polícia é chamada. Assim começa um jogo de descobertas (de ambas as partes) que nos levam ao passado desse homem para enfim tentarmos acertar as respostas das lacunas em aberto. Porque será que aquele homem está nessa situação?

Algo que também não deu certo durante a história foram as piadinhas bobas do personagem Joey Cassidy (irmão do protagonista). Sem graça nenhuma, desenvolve uma certa antipatia de parte do público, tem diálogos chatos e insignificantes com a namorada.

A lógica da história, lembra muito um filme que será lançado no Brasil em breve chamado “A Tentação” (“The Ledge”). Esse sim, muito interessante. Já em seu final, o longa começa a ter cenas de ação intensas ao melhor estilo James Bond (aquelas mentiradas todas). A fita não precisava disso para se aproximar do espectador.

O nome do filme em português equivale ao sentimento cinéfilo pós-exibição.  O filme é ruim? Tá na Beira do Abismo de ser!
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