31/03/2012

Crítica do filme - 'Beleza Adormecida'

(Reprodução)

Dirigido e roteirizado pela estreante Julia Leigh, “Beleza Adormecida”, é um drama que tem uma atmosfera esquisita, e mostra uma jovem completamente inconsequente que arranja um novo emprego bem suspeito. A trama tenta ser detalhista mas acaba sendo insuportável, a vontade pegar no sono ou sair da sala do cinema baterá em sua cabeça a todo instante.

Na história, temos um retrato assustador da vida de uma jovem estudante universitária que é envolvida em um mundo misterioso do prazer e sexo escondido quando arranja um emprego freelancer para trabalhar como garçonete, que tem como ‘modelito’ uma lingerie insinuante. A jovem não sabe mas é drogada com soníferos fortíssimos e toda noite é acompanhada de velinhos que se aproveitam da situação, cada um a sua maneira.

O filme não tem propósito, não tem emoção. Aos olhos da protagonista tentamos entender uma trama que é um absurdo completo. Com direito a um nu frontal (totalmente desnecessário) de um senhorzinho de mais de 70 anos de idade, o filme se torna indigesto e bem cafona em quase todas as sequências da ‘bela adormecida’.

No papel principal temos a jovem Emily Browning (“Sucker Punch - Mundo Surreal”), que interpreta Lucy (ou Melissa, ou Sara), uma jovem que trabalha como garçonete, ajudante administrativa e servente sexy de festas de senhores com grana. Personagem um tanto quanto não regulada da cabeça, dorme no chão do escritório, queima cédulas de seu salário, vai para o bar quase toda noite se insinuar aos marmanjos de plantão, que chegam a apostar uma transa com ela no cara e coroa. O trabalho da atriz australiana é muito prejudicado por uma história completamente vazia onde sua personagem tem a difícil missão de preencher muitas lacunas, fato que não ocorre.

Muitos acharão a produção metafórica e encontrarão entendimento nesse audacioso trabalho. Mas a verdade é que as peças desse quebra-cabeça não fazem parte do mesmo jogo. Como nos últimos filmes de Nicolas Cage: Fujam para as montanhas!  


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30/03/2012

Crítica do filme - '12 Horas'

O que fazer para provar um fato que ocorreu com você e que ninguém acredita? Dirigido pelo pernambucano Heitor Dhalia, “12 Horas”, é um suspense que narra a saga de Jill (papel de Amanda Seyfried), personagem assustada (com um pé na paranóia) que luta Jiu-Jitsu e anda armada por conta de um passado traumático que envolve um serial killer que nunca foi descoberto.  O roteiro é bastante desarmônico e os diálogos muito esquisitos, em alguns momentos tensos você chega até a rir do que é dito por alguns personagens, é uma sensação estranha.

Na trama, conhecemos duas irmãs (Molly e Jill) que vivem em uma casa repleta de trancas. Uma delas é viciada em estudo (Molly), a outra é garçonete em um bar na cidade e no passado fora presa por um sequestrador num buraco (literalmente falando), sendo alimentada com comida de gato. Quando Molly desaparece, Jill está convencida de que o serial killer que a raptou há alguns anos voltou à cidade e assim ela se prepara para capturar seu sequestrador, contando mentiras e mais mentiras para conseguir informações que a coloquem na trilha do criminoso.

O início é caracterizado por um belo climão tenso, imposto pelas imagens, ações dos personagens e música características de um filme do gênero thriller, méritos para Dhalia. Mas, conforme a fita anda, somos levados para um jogo (que parece a princípio ser psicológico) de gato e rato onde as peças demoram para se encaixar. O papel dos coadjuvantes poderia ser um bom fio condutor dessa história, porém, são muito mal aproveitados. Peter Hood (Wes Bentley) e Sharon Ames (Jennifer Carpenter), por exemplo, pouco adicionam ao longa e poderiam facilmente contribuir muito mais. Amanda Seyfried tem atuação esforçada, tenta passar para a personagem toda a aflição de uma mente perturbada, não é um mal trabalho da artista de 26 anos que ficou conhecida no Brasil por seu trabalho em “Mamma Mia!”.

O que incomoda muito na fita é o fato de todo mundo que aparece na frente da personagem principal possuir memória de elefante, enchendo a jovem de informações certeiras. Se ela fosse malandra perguntava logo os números sorteados do próximo sorteio da mega sena.  

O filme tinha que estrear no dia primeiro de abril (dia da mentira), a protagonista solta uma mentira a cada sequencia. Mas a data de lançamento certa é 20 de abril. Mesmo com alguns pontos sem nó, muita gente pode gostar desse suspense que tem uma mão brasileira no comando. 
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Crítica do filme - 'O Babá(ca)'

Reunindo algumas crianças e a velha história da babá que se mete em muitas confusões quando está tomando conta dos pequenos, o diretor americano David Gordon Green (o mesmo que assinou a direção de “Segurando as Pontas”) apresenta seu novo trabalho “O Babá(ca)”.  Com alguns personagens irritantes e que tiram poucas risadas do espectador, o longa se torna uma grande decepção aos olhos dos amantes da sétima arte.

Na tentativa de comédia, um estudante universitário (que está suspenso) é indicado por sua mãe para ser babá de três crianças numa noite.  Ele só não contava estar totalmente despreparado para a noite maluca que vinha pela frente ao lado desses três jovens com personalidades completamente diferentes.
Para uma história batida dessas, a única solução é tentar ser criativo e tentar ao máximo driblar todos os futuros clichês que obviamente irão existir. Os roteiristas Brian Gatewood e Alessandro Tanaka não se preocuparam com isso e só acentuaram a quantidade de clichês possíveis por sequência. Daqui a alguns anos estará naqueles programas, na hora do chá, que conhecemos muito bem. É muita bobagem em pouco tempo o que influencia na qualidade do trabalho, com toda a certeza.

Impressionante como o nível de atuação de alguns artistas caíram drasticamente nesse filme, potenciais enormes sendo gastos num longa muito ruim.  Jonah Hill decepciona após concorrer ao Oscar de melhor ator coadjuvante (merecidamente, diga-se de passagem) pelo filme “Moneyball”, totalmente sem graça com piadas que não dão certo tem uma atuação lamentável. Sam Rockwell e seu personagem Karl, excêntricos por si só, esquecem o roteiro e improvisam muito, deixando as sequências em que aparecem completamente loucas e sem rumo.

Ainda bem que tem menos de 85 minutos de fita. E outra coisa...isso é nome para se dar pra filme? Com licença!

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29/03/2012

Crítica do filme - 'Americano'

Como superar a perda de uma pessoa que marcou a sua vida? Dirigido e escritor por Mathieu Demy (que também interpreta o papel principal na trama), “O Americano” fala sobre a dor de uma perda e as conturbações que ocorrem com a mente de um homem viajando atrás de respostas. O argumento era muito interessante mas a história é arrastada e se distancia do espectador a todo segundo.  O filme foi exibido no último Festival de Cinema do Rio, o diretor é filho dos grandes diretores franceses, Jacques Demy e Agnès Varda.

O filme tende ao depressivo. Na trama, um homem fica abalado ao saber da morte da mãe que mora nos EUA, quando voltas à sua antiga casa para resolver toda a burocracia dos bens de sua mãe, descobre que ela deixou um apartamento para uma outra mulher muito ligada a ela. Nesse retorno à América, flashbacks envolvem a mente do personagem, quando o mesmo chega na casa da mãe se depara com momentos de sua infância americana: roupas, desenhos, fotos... é um momento tenso na trama, o personagem tem um espécie de surto que leva dali pra frente até o desfecho da história.

É um longa que demora a envolver o público, muito por conta de não sabermos o porquê daquele grande sofrimento que o protagonista despeja na tela. A relação que Martin (protagonista) teve com sua mãe é contada apenas com lembranças. É tudo muito superficial, o que caracteriza uma tristeza que não dá para entender sua origem. O personagem, assim como o filme, andam sem rumo, viajando por Tijuana (México) sem dinheiro, sem carro e sem história. Quando a personagem Lola (Salma Hayek) entra na trama, o longa parece que pegará no tranco mas não é isso que acontece.

Alguns personagens coadjuvantes não são bem aproveitados e conseguiriam, talvez, dar o ritmo que a trama precisava para se tornar interessante. Linda (Geraldine Chaplin) e Claire (Chiara Mastroianni) deveriam ter papéis mais preponderantes na história, isso poderia enriquecer o espectador com informações necessárias para entendermos melhor o porquê daquela dor.

É difícil ficar acordado vendo esse filme, o olho parece querer sair correndo do cinema a todo instante. Hollyfield não pode ver esse filme, tem uma cena de orelha arrancada bem terrível (em todos os sentidos). É quase um alívio quando a fita acaba. Mathieu Demy tenta mas não consegue dirigir, roteirizar e atuar bem.
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28/03/2012

Crítica do filme: 'Protegendo o Inimigo'

Você protegeria um inimigo? No longa dirigido pelo sueco Daniel Espinosa, Ryan Reynolds dá vida ao assustado agente Matt Weston que tem a árdua missão de proteger um procurado por agências governamentais do mundo todo,  Tobin Frost, interpretado pelo ganhador do Oscar Denzel Washington. A trama é interessante, tenta prender a atenção dos espectadores com um suspense em torno de quem seria o verdadeiro traidor, porém, o longa se prolonga demais, quase se perdendo do meio para frente.

Um homem insatisfeito com seu trabalho. Assim conhecemos Matt Weston, um jovem formado em economia, por uma prestigiada faculdade, que mantém um romance caloroso com uma médica francesa. Escondendo de todos sua verdadeira profissão, vive num esconderijo da CIA atendendo telefones e jogando bolinha na parede. Toda essa monotonia muda da água pro vinho com a chegada do novo prisioneiro, Tobin Frost. Após o local ser invadido por bandidos que querem a qualquer preço a cabeça de Frost, Weston precisa fugir com o prisioneiro e aguardar ordens vindas de cima. Assim começa um jogo psicológico (o personagem principal fica perdido, sem saber em quem confiar) com um desfecho explosivo.

O personagem de Denzel é muito inteligente e tenta entrar a todo tempo na cabeça do personagem de Reynolds. Tobin Frost, ex-membro da CIA, considerado traidor por alguns, entra de repente no consulado americano, na África do Sul. Após uma sessão de torturas, com direito a agressões com toalhas molhadas começa a tentar tomar conta da situação. O veterano ator e seu brinco na orelha esquerda chamam a atenção ao mencionar o Rio de Janeiro em uma de suas falas.

O longo é altamente explosivo, muitas cenas de ação (tiros para todos os lados), destruição de barracos e carros amassados. Tem também o lado político bastante mencionado, os ótimos Vera Farmiga e Brendan Gleeson ficam nos bastidores das ações, fazem papéis coadjuvantes que tem certa importância no encerramento da história.

É um daqueles trabalhos que possui uma ótima idéia mas que poderia ter sido melhor executada. A história vai gerando expectativa mas não chega ao clímax nunca, deixando os cinéfilos decepcionados.

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27/03/2012

Crítica do filme - 'Fúria de Titãs 2'

Em tempos de guerra, se você tem poder então você tem dever.  Seguindo essa linha de chamada de guerreiros que estavam aposentados temos o pontapé do novo trabalho do Sul-Africano Jonathan Liebesman (“Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles”), “Fúria de Titãs 2”.  Na eminente guerra, onde Deuses e homens são afetados, quem acaba sofrendo é o público com atuações muito fracas e uma história apenas superficial.

Na história da era mitológica, Perseus, filho de um Deus (Zeus, que possui uma barba ao melhor estilo Gandalf) vive tranquilamente como pescador cuidando do filho em um vilarejo longe dos Deuses de outros filmes. Quando seu pai é capturado por dois ‘amigos’(Hades e Ares se juntam aos titãs contra a raça humana), galopando em seu pégasus, Perseus vai em busca da ajuda para a grande batalha, de Agenor (filho de Poseidon) e Andrômeda (uma bela guerreira) gerando muita ação em terceira dimensão. Enfrentando traições de Deuses, gigantes com apenas um olho (carinhosamente chamados de Cyclops), monstros com chifres que soltam uma baba bem melequenta, o filho de Zeus busca seu objetivo.

Algumas coisas incomodam. O cenário da grande batalha parece um labirinto construído com peças de lego que vão se encaixando e se modificando conforme o trio de guerreiros vai avançando no local. Outro fator que chama a atenção são os decibéis que chegam algumas cenas com muita gritaria em foco, parece que você está assistindo um jogo da Sharapova.

Os guerreiros que usam sandálias tem atuações bem fracas o que provocam no público um afastamento maior ainda da história.

Jake Sully, desculpe-me...Perseus, é interpretado por Sam Worthington. Ainda precisa demonstrar mais talento para viver protagonista, mas tem carisma, isso ajuda muito.

Zeus e seu dom mágico de gerar ‘hadoukens’ é figura poderosa na trama. Pena que Liam Neeson tinha um roteiro muito ruim em suas mãos.

A inglesa Rosamund Pike dá vida à Andrômeda. Não se encontra no papel em momento algum, corre um sério risco de concorrer ao framboesa de ouro do ano que vem. A atuação de Toby Kebbell também é terrível. Não consegue se conectar com a história quase nunca, tem apenas alguns lapsos de falas interessantes para à trama, tenta a todo instante ser o elo da ação com a comédia (fórmula que não dá certo) nesse longa que tem o roteiro assinado por Dan Mazeau e David Johnson.

Pode ser até que vire um grande jogo de vídeo game mas como filme deixou, novamente, muito à desejar.

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Sérgio Britto dos Titãs conversa sobre cinema com Raphael Camacho

(Reprodução)
Carioca, 52 anos, Sérgio Britto é um dos músicos mais respeitados de todo o Brasil, compositor de grandes sucessos, como por exemplo: “Enquanto Houver Sol”, “Diversão”, “Homem Primata”, “Flores”, “Porque Eu Sei que é Amor”, “Nem Cinco Minutos Guardados” e “A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana”.

No começo da década de 80 formou a banda Titãs junto com ex-companheiros do Colégio Equipe, onde cursou o ensino médio. Em 1982 o primeiro disco, do recém formado conjunto, é lançado com grande êxito. Entre ótimas músicas, o sucesso "Sonífera Ilha” se tornaria um dos hinos do grupo que rapidamente ganhou fama nacional, que sobrevive até hoje.

Com uma longa carreira recheada de grande sucesso e integrante de uma das maiores bandas de rock do Brasil, Sérgio Britto conversou com o repórter Raphael Camacho respondendo a três perguntinhas sobre cinema. Citando Hitchcock e Marlon Brando, o veterano artista mostrou que também entende de sétima arte.


1) Qual o seu filme preferido e porquê?

Sérgio Britto: É difícil falar de um só... Vou ficar com "Janela Indiscreta" do Alfred Hitchcock. Pelo roteiro maravilhoso, a fotografia, a beleza incrível da Grace Kelly, a atuação precisa e econômica de James Stewart, etc. Acima de tudo pela mestria com que Hitchcock sabia contar uma história.


2) Qual foi o último filme que você viu?

Sérgio Britto: "Winter, o Golfinho". Com minha filha de 4 anos.


3) Qual o artista (pode ser nacional ou internacional) que você mais gosta dentro do universo do cinema?

Sérgio Britto: Marlon Brando. Por tudo. Fora o enorme carisma que tinha tanto dentro e quanto fora das telas deixou uma galeria absurda, pela variedade e riqueza, de filmes e personagens clássicos.

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26/03/2012

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Crítica do filme - 'Espelho, Espelho Meu'

Espelho, Espelho Meu existe alguém mais bonita que ‘Uma Linda Mulher’? Sim, a filha do Phil Collins! Dirigido pelo indiano Tarsem Singh, o primeiro dos filmes desse ano que falam sobre o universo da Branca de Neve (parece até que o personagem foi escolhido como conto infantil do ano), é uma visão maluca, porém, muito divertida desse clássico.

Na trama, uma princesa que já conhecemos de outros carnavais, resolve sair da fortaleza em que vive dominada por uma rainha cruel. Abandonada e em fuga, corre pela floresta sem destino, até conhecer sete anões (bem diferentes daqueles de outrora). Aos poucos vai virando líder dos pequenos ladrões mascarados, combatendo as ações maléficas da governante da região.

As atuações carismáticas ajudam a criar uma sintonia com o espectador.

A inglesa Lily Collins (filha do famoso músico Phil Collins) passa uma paz e uma tranqüilidade própria da personagem, famosa dos contos infantis. A protagonista Branca de Neve quando sai do casulo vestida de ‘chapeuzinho amarelo’ cresce na história mas é ofuscada pela grande atuação da intérprete da rainha. Em alguns momentos, mesmo nas cenas com o foco na Branca de Neve, quando Julia Roberts não está em cena, o filme parece que não anda.

Nathan Lane interpreta Brighton, o braço direito da rainha má. O famoso ator, que dá um show em “A Gaiola das Loucas” (ao lado de Robin Williams), parece improvisar muitas vezes e a fórmula dá certo em muitos momentos. Quando aparece vestido de barata gera risos de todos da platéia.

Armie Hammer (que foi muito elogiado pela crítica por sua atuação no filme “J.Edgar”) faz um príncipe bobão (bem exagerado), às vezes acerta com o personagem, outras vezes não.

Julia Roberts foge do rótulo de boazinha e rouba o filme para si. Uma rainha falida que exala loucura a cada momento, sua personagem é excêntrica e adora fazer uso de magia negra em alguns momentos, além de receber um tratamento de beleza bizarro com direito a creme facial feito de bosta de papagaio. É um dos melhores trabalhos da carreira da Srta. Roberts. Ótima atuação da ganhadora do Oscar que encontra o ponto certo da personagem se tornando o grande destaque do longa, que tem o roteiro de Melissa Wallack e Jason Keller.

Tudo no filme é muito cheio de efeitos e extravagância. Cenários programados, figurino requintado, corajosos anões em pernas de pau infláveis (às vezes, parece um show circense) muitos diálogos engraçados e uma aparição de um rei no mínimo curiosa (por conta do sucesso do mesmo no mundo das séries). Importante é que a fita diverte e promete agradar a todos os tipos de público.

Nos créditos finais, o espectador vai às gargalhadas ao saber os desfechos dos corajosos anões. Ainda, nesse momento quando sobem as letrinhas, um ‘gran finale’ à La Bollywood os aguarda.

Não deixem de conferir essa nova versão, daquela famosa historinha, que escutávamos quando éramos pequenos. Indicado para toda família!
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25/03/2012

Qual o grande filme de amor que você já viu?

Quem resiste a um verdadeiro amor? No mundo do cinema conhecemos muitos tipos de histórias assim. É um amor que começa na guerra e termina em Casablanca, um amor que começa de forma peculiar e bastante instintiva em um trem tornando aquele dia especial, amores entre músicos que não sabem os seus próprios nomes, amantes do círculo polar...ah...são tantos! O tempo passa e mais histórias intensas vamos descobrindo, do nosso tempo, de outros tempos, o amor é um sentimento que está em todo lugar e tem um lugarzinho especial na nossa mente cinéfila quando transferimos nosso foco ao mundo mágico da sétima arte.

Entre tantas trajetórias de amor assistidas na telona, tem uma em especial que mexe com os nossos sentimentos mais profundos, tudo por conta da metáfora, da tragédia vinculada à um romance complexo e profundamente maduro, estamos falando de “Os Amantes do Círculo Polar”.

Lançado em 2008 e dirigido pelo excelente diretor espanhol Julio Medem, “Os Amantes do Círculo Polar” é uma daquelas histórias de amor inesquecíveis. Filmado na Espanha e em alguns lugares da Finlândia, o longa conta a história de Ana e Otto, dois corações que ficam conectados logo no primeiro encontro aos 8 anos de idade e a partir daí nunca mais deixam de estarem juntos, vinculados à um forte sentimento que os guia mesmo que o destino os afaste por um longo período.

Tudo no longa é bonito e ao mesmo tempo triste. Os personagens são extremamente complexos e profundamente sensíveis, não é como em outras histórias de amor onde existe um mocinho e uma mocinha e tudo fica bem no desfecho previsível. Julio Medem muda completamente a nossa forma de ver uma grande história de amor. As circunstâncias da vida, que alternam o destino desses dois corações, não conseguem afastar os palíndromos, eles andam em paralelo, porém, a eminência de um novo reencontro é uma chama que nunca se apaga, o espectador sente isso. O desfecho é emblemático e faz o coração mais frio ficar pasmo, se emocionando profundamente.

Essa foi um dos grandes filmes de romance que o cinema já produziu, na opinião de quem vos escreve.

E para você? Qual o grande filme de amor que você já viu?
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24/03/2012

Crítica do filme: 'Poder Sem Limites'

Grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Parafraseando o Tio Ben (paralelo ao “Homem-Aranha”), começamos falando desse filme muito interessante que fala sobre  juventude, imaturidade e poderes, propriamente dito.  O primeiro longa metragem do diretor californiano Josh Trank, surpreende por mostrar de maneira inteligente (muitas vezes com a câmera nas mãos dos personagens) como seria à conseqüência de alguns jovens com poderes fantásticos.

Na trama, três amigos que estão cursando o ensino médio, ganham super poderes depois de descobrirem um buraco onde encontra-se uma pedra luminosa que passa essas novas habilidades aos jovens. Após muitas demonstrações animadas dessas novas habilidades, eles descobrem que suas vidas acabam mudando de foco e automaticamente, um deles em especial, começa a perder o controle emocional abraçando seu lado mais escuro.

O filme é bem curto, um pouco mais de uma hora e vinte de fita, e mantém o foco, a todo instante nos três personagens principais: Matt Garetty, Steve Montgomery e Andrew Detmer. O primeiro é um garoto apaixonado desde sempre por Casey (uma blogueira que aparece pouco no filme), muito inteligente e que faz menções que vão de Arthur Schopenhauer à definição psicológica analítica de Jung. O segundo é o mais popular do trio, sendo o candidato à representante de turma, fica muito entusiasmado com as novas habilidades, sendo o primeiro a descobrir que pode voar. O terceiro é o mais complicado de todos, aos olhos de Andrew vemos um mundo caindo aos pedaços, já que o mesmo não tem muitos acertos nas suas relações sociais, assim fica eminente: o poder nas mãos de um desequilibrado gera conseqüências terríveis.

Não deixem de conferir a saga desses amigos que precisam conviver com muitos dilemas, que nem muitos super heróis.


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