Claramente inspirado no clássico Alien, Vida,
recentemente lançado no circuito brasileiro (onde ficou pouco tempo em cartaz)
é uma ficção científica de qualidade transformando uma simples missão espacial
em uma mescla de luta pela sobrevivência em paralelo ao senso comum de defesa
do planeta. Estimado em 58 Milhões de Dólares, dirigido pelo cineasta sueco Daniel
Espinosa (Protegendo o Inimigo) e
escrito pelos mesmos roteiristas da sensação de bilheteria do ano passado Deadpool, Paul Wernick e Rhett Reese, o
blockbuster apresenta mais lacunas preenchidas sobre sua trama do que a
história inesquecível de Ridley Scott.
Na trama, conhecemos seis astronautas, muitos deles
cientistas, que por conta da curiosidade norte americana em continuar
explorando o espaço e seus mistérios, são designados para uma missão complexa e
cheio de protocolos onde precisam descobrir se realmente há vida inteligente em
Marte. Assim, um organismo é encontrado, na verdade coletado, e levado para
dentro da estação espacial onde estão para melhor ser analisado. Após dias de
comemoração pelas primeiras promissoras descobertas, a instabilidade e o desconhecimento,
aliados a impressionante evolução da mostra marciana encontrada, transformam a
missão em uma luta pela sobrevivência e escolhas difíceis precisarão ser
tomadas.
Como toda conquista norte americana, Nasa principalmente
envolvida, os louros e as comemorações chegam logo ao povo americano, tanto que no
filme, o nome do organismo ganha o nome de Calvin, em homenagem a uma escola
que concorreu com outras dezenas para conquistar esse direito de escolher o
nome da espécie que eles mesmo não sabiam direito o que seria e como poderia
evoluir. Não chega como uma crítica já que o assunto é abordado de maneira
rápida pois o foco do longa fica mesmo no desenrolar da descoberta dos
cientistas astronautas, do que o organismo em questão é capaz.
O clima de tensão é grande durante todo o filme. Quando os
astronautas perdem o contato com o centro de controle espacial na Terra, os
ânimos variam, e decisões precisarão ser tomadas em grande equilíbrio,
principalmente pelo fato/risco do organismo marciano conseguir sobreviver e
chegar de alguma forma na atmosfera do nosso planeta. Sem pouco conhecer sobre
o organismo, um gigantesco quebra cabeça de hipóteses é pensado e o comando da
missão vai caindo de colo em colo conforme os acontecimentos. O filme em certo
ponto vira um grande jogo de rpg onde temos que torcer pelo personagem que mais
achamos qualificado para resolver as complexas dificuldades que são
apresentadas muito pela consequência da mutação do organismo encontrado.
Não devemos pensar que Life,
no original, é uma cópia de Alien,
por mais que existam semelhanças. É um filme bom para quem curte tramas do
gênero e com um final que deixa a todos de boca aberta.