Para entender o mundo complexo que vivemos nada melhor que
um pouco de loucura. Com estreia aguardada no longínquo ano de 2013 (quase
2014), Rick And Morty, criado pela
dupla Dan Harmon e Justin Roiland, essa genial série de
aventura é um fenômeno que grita pelas entrelinhas e também choca em alguns
momentos, mostrando uma série de aventuras interdimensionais de uma família,
com núcleo centralizado em um avô louco (Rick, uma espécie de Dr. Emmett Brown
em formato de desenho) e seu neto Morty. Usando a técnica de animação para
falar muito sobre o mundo atual, os embates entre gerações, as genialidades
perdidas e outras surpreendentemente questões, Rick And Morty é um fenômeno pop, com intensos 22 minutos por
episódio.
Criada a partir de uma paródia animada em curta-metragem do
clássico filme De Volta Para o Futuro
produzida para o festival de cinema Channel 101, Rick and Morty nos mostra as aventuras de um cientista/físico louco
e que gosta de uma bebida, Rick, avô do tímido e curioso Marty. Ambos vivem com
o restante da família: Jerry (o pai de Morty), Summer (a irmã) e Beth (a mãe de
Morty e filha de Rick). A dupla viaja por interdimensões, vão para outros
planetas, sempre em uma nova aventura provocada por algum problema existencial
do cotidiano deles. Simplesmente genial.
E o que acontece quando encontramos nós mesmos? Filosofando
de maneira divertida e muito inteligente, essa e outras questões existenciais
volta e meia ganham destaque nos onze episódios de sua primeira temporada
(atualmente já existem quatro temporadas na Netflix) que saúda com louvor os órfãos
de mais aventuras de Mcfly e Emmett Brown. A ficção científica aplicada à trama
cai como uma luva para os cinéfilos que adoram as loucuras geniais de Nolan e
cia. Cada episódio é uma fonte de criatividade misturada com conceitos
complexos em formas debochadas de como podemos enxergar quem realmente somos.