03/08/2020

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Pausa para uma série: #11 - The Umbrella Academy - 2a Temproada

Não importa em que tempo estivermos, nunca deixaremos de tentar unir nossa família, seja como for. Após um destacado sucesso na sua primeira temporada, a história dos irmãos super-heróis repleto de problemas interpessoais retorna de maneira apoteótica inserindo novas conceitos, novas subtramas e abrindo caminhos para no mínimo mais umas três temporadas. The Umbrella Academy, baseada na história em quadrinho do vocalista do My Chemical Romance e o ilustrador brasileiro Gabriel Bá virou um fenômeno pop da Netflix. Usando e abusando de conceitos sobre o tempo, uma tendência em seriados de sucesso recentes, essa 2ª temporada é a comprovação que o seriado está no caminho certo.

Daqui pra baixo: contém spoilers.

Nessa segunda temporada, recheada de gratas surpresas, acompanhamos os desfechos de mais uma saga dos irmãos Hargreeves após terem pulado para trás no tempo (para fugir do apocalipse) no final da primeira temporada. Cada irmão foi para um passado na década de 60 e anos subsequentes, e presos por lá, acabaram desenvolvendo uma vida: uma casa, o outro vira guru de sucesso, um fica preso no manicômio etc. Tentando reunir todos novamente, o gênio e comandante da equipe, Cinco (Aidan Gallagher, novamente brilhante no papel), enxerga um novo fim do mundo e a equipe precisa se reunir para tentar salvar a todos e voltarem juntos para a sua verdadeira linha temporal.

Os conceitos de viagem no tempo são ampliados nessa segunda temporada. Os poderes de todos os irmãos estão mais entendidos pelos personagens, os tornando mais habilidosos. Mas também a chegada de novos vilões, como os irmãos suecos e o retorno de The Handler (Kate Walsh) com uma surpresa, sua filha Lila (Ritu Arya), colocam sempre em cheque as conclusões positivas dos carismáticos super-heróis.

A trajetória dessa temporada gira em torno de como os irmãos podem se despedir com dignidade de um tempo que não era um deles mas que reflete demais nos tempos atuais, como a questão racial, o amor homossexual, tabus que no passado sobreviviam em meio a uma sociedade dura e sem habilidades para entender que a felicidade pode ser encontrada em todo lugar e por qualquer pessoa que está viva. Essas crítica sociais só elevam a qualidade dessa segunda temporada que deve agradar mais ainda que curtiu a primeira. Que venha a terceira temporada!