O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.
Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, do Rio de Janeiro. Bronquinho tem 43 anos, é jornalista,
atendimento comercial de uma Finish House de pós-produção há 20 anos, ama
trabalhar com cinema, imagem de uma forma geral. Para ele: Cinema é vida! Algo
que não podemos deixar morrer. Paixão através das inúmeras histórias contadas
por tanta gente criativa e bacana.
1) Na sua cidade,
qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da
escolha.
As salas do Estação
Botafogo. Muitos filmes nacionais e estrangeiros fora do circuito
comercial.
2) Qual o primeiro
filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.
Pergunta muito difícil! Acho que quando assisti pela
primeira vez A Noviça Rebelde. Tinha
uns 7 anos. Fiquei muito impressionado com tudo aquilo.
3) Qual seu diretor
favorito e seu filme favorito dele?
Stanley Kubrick, O Iluminado.
4) Qual seu filme
nacional favorito e porquê?
São muitos. Além de trabalhar com cinema, sempre fui um
grande admirador do Cinema Brasileiro. Gosto de todos do documentarista Eduardo Coutinho.
5) O que é ser
cinéfilo para você?
Eu assisto a um filme por dia. Pelo menos um. Ser cinéfilo
pra mim é apreciar situações, a mensagem, o que na verdade o filme tem a dizer.
Sem julgamentos preexistentes.
6) Você acredita que
a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas
que entendem de cinema?
Claro que não! As salas de cinema se tornaram um negócio. E
como todo negócio é preciso ter lucro. Infelizmente teremos mais salas com o
Homem Aranha do que com um documentário, por exemplo.
7) Algum dia as salas
de cinema vão acabar?
Acabar não, diminuir sim.
8) Indique um filme
que você acha que muitos não viram mas é ótimo.
O italiano Le Fate
Ignoranti (Um Amor Quase Perfeito)
- 2001 Ferzan Ozpetek.
9) Você acha que as
salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?
Não. Não mesmo.
10) Como você enxerga
a qualidade do cinema brasileiro atualmente?
Como disse anteriormente, eu trabalho com cinema,
pós-produção de imagem. A qualidade vem melhorando muito. Levando em conta o
que assistimos nos anos 70, 80 e até mesmo 90, hoje conseguimos estar bem
próximos de uma realidade universal unificada.
11) Diga o artista
brasileiro que você não perde um filme.
A dama Fernanda Montenegro.
12) Defina cinema com
uma frase:
Se você não tem tempo para ir ao cinema, entenda que sua
criatividade está limitada.
13) Conte uma
história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:
Foi comigo mesmo. Crianças gêmeas, derrubaram refrigerante
nas minhas costas antes da sessão começar.
14) Defina 'Cinderela
Baiana' em poucas palavras...
Eu tenho em DVD. Um exemplo de como uma coisa tosca se torna
um clássico.... (joga a pá na estrada!)
15) Muitos diretores
de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta
precisa ser cinéfilo?
Precisa não. Precisa entender como será a linguagem dessa
mensagem. Se a história emocionará ou não o público.
16) Qual o pior filme
que você viu na vida?
Karate Dog.
17) Qual seu
documentário preferido?
Jogo de Cena - Eduardo Coutinho e Uma Noite em 67 - Renato
Terra e Ricardo Calil.
18) Você já bateu
palmas para um filme ao final de uma sessão?
Com certeza.
19) Qual o melhor
filme com Nicolas Cage que você viu?
Existe? Fico com 8MM.
20) Qual site de cinema
você mais lê pela internet?
Adoro Cinema.