12/02/2021

Crítica do filme: 'O Samba é o Primo do Jazz'


Minha estranha loucura é tentar te entender e não ser entendido. Contando um pouco sobre particularidades da fenomenal artista brasileira Alcione, O Samba é o Primo do Jazz dirigido pela cineasta Angela Zoé, é um recorte curto, íntimo e bastante familiar de uma das musas da música popular brasileira. Contando bem rapidamente desde suas origens em São Luís no Maranhão, onde foi educada musicalmente por seu pai, um professor de música da cidade, o relacionamento forte e carinhoso com suas irmãs, até a descontração e profissionalismo com sua grande banda. Pra quem é fã é um prato cheio, para quem só conhecer pelo nome (ou pela voz marcante) é um bela oportunidade em saber mais sobre essa inigualável cantora brasileira.


Selecionado para a Mostra competitiva do Festival de Gramado, o projeto mostra Alcione em alguns momentos de sua vida entre 2017 e 2019. Em Lisboa onde está se preparando para um show e os momentos de descontração passeando pela cidade e sendo reconhecida por fãs pelas ruas, os nada tensos momentos nos ensaios perfeccionistas ao lado de sua excelente banda e seu amigo e experiente maestro que a acompanha a muito tempo, inclusive com intimidade de chama-la de ‘Patroa’ a todo instante. Vemos também profundos relatos das irmãs que a acompanham para todos os lados, sendo duas deles, inclusive da equipe que gerencia a carreira da cantora desde sempre (um dessas inclusive, além de gerenciar a carreira da irmã, ainda é Vocal de Apoio dela a mais de 30 anos).


Mesmo sendo bem superficial divide o foco entre a família e o lado profissional. O projeto é também um recorte de paralelos entre o momento atual da ícone da música com seu início avassalador nas casas musicais do RJ, onde conheceu o amigo Emílio Santiago e mais tarde o grande produtor musical Roberto Menescal. O Samba é o Primo do Jazz estreia nos cinemas brasileiros e depois entrará em algumas plataformas de streaming.