Um pouco de mais do mesmo mas com possibilidade de melhora nas outras partes. Primeiro filme da trilogia produzida pela Netflix, baseada nos livros de sucesso Fear Street do escritor R.L. Stine, Rua do Medo: 1994 - Parte 1 tem um roteiro enrolado, como se não conseguissem mostrar o suficiente para um abre alas. Longe de ser profundo, esconde respostas para lacunas que precisavam de preenchimento instantâneas para uma melhor compreensão dentro de um universo repleto de personagens e um enredo ainda bem desconhecidos para o grande público que consome os produtos da toda poderosa dos streamings. Dá a impressão que acelera sua narrativa partindo do princípio que o público já conhece esse universo, o que, cá pra nós, é bem arriscado caso tenham realmente partido desse princípio. Nos arcos finais parece que o filme decola deixando boas deixas para as duas partes seguintes Rua do Medo - Parte 2: 1978 e Rua do Medo: 1666 - Parte 3. Dirigido pela cineasta norte-americana Leigh Janiak.
Na trama, conhecemos de maneira um pouco tumultuada
histórias de jovens e uma lenda de uma bruxa que amaldiçoa uma cidade ao longo
de anos. Quando uma matança acontece em um shopping center dessa cidade, parece
que uma certa maldição está de volta. Assim, conhecemos Deena (Kiana Madeira) uma jovem que
praticamente cuida de seu irmão Josh (Benjamin
Flores Jr.) o dia todo e passa por um momento de solidão com a ida de sua
ex-namorada Samantha (Olivia Scott Welch)
para uma outra cidade. Após um acidente, Samantha é enfeitiçada e assim começa
uma saga repleta de sangue, violência onde os irmãos, Samantha e mais alguns
amigos precisarão serem corajosos e criativos para buscarem soluções e
sobreviverem.
Busca o sucesso dentro das mesmas linhas narrativas de Pânico e com um contexto e personagens
que podem lembrar Stranger Things. É
como se você pegasse várias fórmulas já vistas em outras produções, jogar no
liquidificador e ver se funciona. Em alguns momentos funciona, em outros não.
Falta certa originalidade, talvez pelas falhas na sua narrativa. Há
possibilidades de uma maior profundidade nas partes seguintes mas nessa
primeira, como um todo, fica muito distante de uma produção que vai agradar não
só aos amantes do gênero slasher (subgênero de filmes de terror) mas a todos
que buscam originalidade e diversão sem ser algo sonolento.
Os personagens buscam seu espaço em meio a descontrolados
arcos que correm com as informações, deixando a profundidade em segundo plano.
O foco parece ser criar uma atmosfera de medo e suspense mas como não
conseguimos nos conectar com esses personagens em um primeiro momento, tudo
vira apenas suposições pois o epicentro da história ficou longe de ser
explicado. Os próximos filmes devem ser bem melhores, embarcaremos ao passado e
talvez aí a profundidade chegue. Vamos conferir!