As várias formas de seguir a lei. Criado pelo inglês Jed Mercurio, o seriado britânico Line of Duty nos leva através de uma competente equipe de corregedoria da polícia (aqui intitulada de unidade policial anti-corrupção) a um observador olhar para complicadas tramas que envolvem esse lado da lei. Com uma temporada melhor que a outra (esse texto vale para as duas primeiras pois foram as que vi), sempre com tramas densas, repletas de ação, drama e suspense somos apresentados para alguns casos que realmente existiram.
Na trama, acompanhamos o superintendente Ted Hastings (Adrian Dunbar), que logo na primeira
temporada precisa encontrar mais um integrante para a equipe que chefia, a
AC-12, uma unidade anti-corrupção da polícia britânica. Assim chega no nome do
sargento Steve Arnott (Martin Compston).
Ele se junta a policial Kate Fleming (Vicky
McClure) e o trio irá enfrentar histórias complexas onde precisam encontrar
as pistas para investigações que envolvem alguém da força policial. Detestados
pela maioria dos policiais, eles embarcam em situações de fortes emoções que
acabam convergindo, em alguns casos com as suas próprias vidas pessoais.
Caminhando por histórias impactantes, algumas delas baseadas
em acontecimentos reais, as duas primeiras temporadas de Line Of Duty (que já tem um total de cinco e disponíveis na
Netflix) são brilhantes. Na primeira temporada, um policial renomado
(interpretado pelo ótimo Lennie James),
com um ficha maravilhosa e alvo da investigação do grupo que logo percebem que
ele está metido em uma trama cheia de variáveis. Na segunda temporada, lidam
com o caso de uma policial (interpretada pela ótima Keeley Hawes) extremamente inteligente que após uma chamada
policial acaba trazendo com ela uma trama que envolve o alto escalão do
departamento de polícia.
Aqui a ética e a moral são pontos que estão implícitos como
parâmetros de investigações. Mas até mesmo sobre essa situação, o seriado
utiliza o contraponto trazendo dramas da própria equipe do AC-12 que se chocam
com essas questões trazendo à mesa a razão humana, os erros e acertos que
cometem pelo caminho. Essa parte do roteiro é muito bem detalhada, o paralelo
entre vida pessoal e vida profissional (na segunda temporada principalmente)
fica mais marcante.
Line of Duty é
inteligente, empolgante, nos leva a acreditar e desacreditar nos personagens,
são histórias onde a moral e a ética tem diversas interpretações.