A verdade é o único caminho. Abordando diversas questões dentro da linha de ação de uma equipe do Gate, o novo seriado brasileiro da Prime Video, O Negociador, apresenta ao espectador conflitos, traumas, dramas, de um experiente negociador, envolto em uma crise emocional que precisa lidar com um abalo traumático de num passado recente e seu cotidiano repleto de variáveis já que a violência faz arte da sua própria rotina. Ao longo de oito intensos episódios de sua primeira temporada O Negociador busca refletir em cima das ações dos personagens e principalmente na linha que existe entre a justiça e justiceiro.
Na trama, conhecemos Gabriel Menck (Malvino Salvador) um policial que fez parte do processo de
reestruturação do GATE, se tornando seu principal negociador. Num presente,
retornando de uma licença após a morte da esposa e ainda em evidente estresse
pós-traumático, ele precisa lidar com seu dia a dia, uma nova major que assume
o comando da sua equipe, os olhares duvidosos de seu ex-mentor e em paralelo o
olhar da corregedoria que caminha para acusá-lo pela morte da esposa.
Produzido por Zasha
Robles e Gustavo Mello, com
direção de Isabel Valiante, esse thriller
policial possui uma narrativa consistente que busca um olhar amplo para os
dilemas de alguns personagens quando a vida pessoal se choca com o lado
profissional. Além do protagonista e seus conflitos, ganham espaço uma major
(interpretada pela ótima Barbara Reis)
que assume o comando tático depois de passar um tempo de treinamento na SWAT
que possui um relacionamento no passado com outra pessoa da equipe e Embates com
outros membros do time tático. Também há um olhar pra um suspeito chefe do GATE
com óbvias questões misteriosas.
A informação como interesse público ou questão de segurança?
O papel da mídia em cima das ações ganham espaço na figura de uma repórter em
muitos momentos deveras crítica em relação aos desfechos de algumas operações.
Em paralelo enxergamos a parte política que acabam se associando à impudências
dentro de todo o teatro de operações. Adotando o lema: ‘Hoje ninguém morre’,
vemos uma equipe de homens e mulheres que se descontroem não limitando questões
a certas ou erradas, tudo é muito mais profundo.
A cada episódio um novo caso de sequestro e uma subtrama envolvente
sobre uma investigação sobre a morte suspeita da esposa do protagonista. Com
isso, a série se torna dinâmica, até mesmo com um ritmo eletrizante espalhando
surpresas principalmente na última cena do episódio que fecha a temporada que além
e ser uma baita surpresa deixa margens para uma possível próxima jornada.