A força da amizade em mundo que parece nunca ser encaixar na sua trajetória. Dirigido pelo cineasta canadense Arthur Hiller, Cegos, Surdos e Loucos é uma hilária jornada de dois homens que mal se conhecem, um deficiente visual e um deficiente auditivo que gira em torno do não aceitar suas condições. Terceiro trabalho juntos da dupla de comediantes Richard Pryor e Gene Wilder o filme se consolidou como uma das grandes comédias dos anos 80.
Na trama, conhecemos Wally (Richard Pryor) e Dave (Gene
Wilder), o primeiro um mal-humorado deficiente visual, que perdeu a visão
após um acidente segue em sua busca por um emprego. O segundo, ex-ator que
perdeu a audição aos 8 anos e virou dono de uma lojinha num edifício comercial
que insiste aos próximos não ser surdo. Quando o destino une essas duas almas,
após Wally ir trabalhar pra Dave, ambos são envolvidos em uma investigação de
assassinato. Para tentar limpar o nome deles, já que são acusados pela polícia
mesmo não sendo os responsáveis, enfrentarão diversas situações pra lá de
inusitadas em busca dos verdadeiros culpados.
O roteiro se molda em relação aos conflitos que se seguem no
modo como os protagonistas se relacionam com suas condições. Ambos andam em
negação por conta de suas deficiências, aqui um ponto de reflexão importante. A
pitada generosa de comédia é fundamental para o ritmo dinâmico que a narrativa
se estabelece, provocando risos constante para todos os lados oriundos de situações
inusitadas que a dupla se mete. Pryor e Wilder, dois craques do humor, entregam
seu talento para os protagonistas.
Cegos, Surdos e
Loucos foi lançado no Brasil no final da década de 80 e pode ser
considerado um humor caricato por alguns mas a maneira como os personagens
refletem e seguem em frente sobre as próprias deficiências fazem desse trabalho
um marco importante trazendo dois deficientes como protagonistas de um filme
hollywoodiano. Infelizmente o filme não se encontra em nenhum streaming
disponível no Brasil. Se você tiver a chance de assistir algum dia, veja!