Quando o caos é tudo que existe. Dirigido pelo excelente cineasta James Wan, conhecidos pelos filmes de terror do seu currículo, em 2008 chegou aos cinemas um filme de ação brutal com alta doses dramáticas que coloca em evidência uma imersão às consequências de uma vingança. Protagonizado por Kevin Bacon, Death Sentence é sobre o estopim de uma guerra, a destruição de uma família, e as tentativas em vão do equilíbrio de uma equação que não deveria existir.
Na trama, conhecemos Nick (Kevin Bacon) um homem bem sucedido, com uma família feliz. Tudo
muda quando, após parar em uma loja de conveniência, seu filho é assassinado de
forma brutal. Completamente desnorteado com o ocorrido, logo seu luto vira
vingança e assim, sem medir as consequências de seus atos dá início a uma
jornada sem volta.
A justiça existe? Causando reflexões nas linhas do ‘o que
você faria?’, Death Sentence, de
forma sangrenta e sombria, apresenta uma enorme desconstrução de um personagem completamente
enfurecido, que se desprendeu dos valores morais para ir atrás da justiça que
acredita. Essa confusão no ultrapassar limites entre o que é justiça e o que se
encaixa como vingança é o campo mais amplo nesse projeto rodado em apenas dois
meses.
O drama familiar ganha contornos profundos na narrativa
quando pensamos na relação do pai com seus filhos. O preferido, ganha todos os
olhares com o mais jovem ficando de lado. Essa relação conturbada entre pai e
seu filho mais novo acaba ganhando muitos olhares. A habilidade de Wan em
traçar conflitos emocionais ligados à família ficam em segundo plano mas vão
além da superfície.
Inspirado na obra homônima, escrita pelo autor norte-americano
Brian Garfield em meados da década
de 70, Death Sentence é uma
caminhada rumo as certezas do precipício, da não tentativa de se desprender do ‘Olho
por olho, dente por dente’. Quando o caos é tudo que existe, a sentença já está
assinada.