15/02/2022

Suspicion | Tudo sobre os primeiros episódios da nova série da Apple Tv

 


🔴 Juliana e Raphael Camacho 🍿

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Finch | O novo filme do Tom Hanks disponível na Apple Tv

 


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10/02/2022

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Crítica do filme: 'Finch'


A exposição ao que não é previsível. Com referências a Isaac Asimov, ao filme do início da década de 70 Corrida Silenciosa (Silent Running), Finch é um road movie de um homem em sua solidão num planeta desabitado e seus experimentos robóticos com adição de inteligência artificial. Produzido por Robert Zemeckis (diretor de Forrest Gump), o projeto possui uma narrativa lenta e demasiadamente explicativa nos detalhes o que atrapalha o andamento da história já que muitas coisas que aparecem são auto explicativas e poderiam ser entendidas como algo implícito não só sobre as ações mas também sobre o contexto geral. Se focarmos na relação inusitada de pai e filho que se estabelece o filme cresce em reflexões. Escrito pela dupla Craig Luck e Ivor Powell, dois debutantes em roteiros para longas-metragens, esse é o segundo longa-metragem da carreira do cineasta britânico Miguel Sapochnik.


Na trama, ambientada em uma Terra pós apocalíptica, acompanhamos o engenheiro Finch (Tom Hanks) que conseguiu sobreviver ao caos radioativo que se tornou caminhar pelo nosso planeta se refugiando na empresa onde ele trabalhava. Lá mora com ele seu cachorro, o grande amor de sua vida. Finch não está bem de saúde, pelo visto parece que a radiação a que foi exposto sempre que ia buscar comida ou algum elemento vital foi alta demais fazendo com que ele comece a construir um novo robô e o faça ensinar sobre o ser humano. O plano é fazer o robô cuidar do seu cachorro caso seja preciso. Assim, Finch e companhia embarcam em uma jornada rumo a lugar mais seguro.


Como fazer para sobreviver em um planeta cheio de problemas e sem saber se existem outros sobreviventes? A rotina acaba sendo algo importante para Finch. Disciplinado, bate o cartão do ponto da empresa como se fosse mais um dia de trabalho, organiza seu tempo para o estudo e assim conhecimento da situação em que vive, e, principalmente o que precisa fazer para sobreviver em um recorte onde a vegetação, comida, alimentos, quase não existem mais.


Uma relação de pai e filho é estabelecida, um homem e um robô. Os dilemas, os aprendizados e de alguma forma vemos como um acaba ajudando o outro nesse jornada quase sem esperança rumo a um destino incerto em um planeta devastado talvez até mesmo pela ação do homem.


Finch, em meio à poeira, fumaça, radiação, dramas e conflitos deixa sua marca de emoção quando pensamos que a vida nunca deve ser vivida sem alguma esperança, seja no mundo que for.



 

 

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Crítica do filme: 'A Tragédia de Macbeth'


A eterna discussão sobre os limites do desejar. Uma das mais curtas peças de Shakespeare ganha mais um recorte, uma adaptação para a telona, dessa vez sob a chefia do craque Joel Coen. A Tragédia de Macbeth disponível na Apple Tv +, mostra a questão do regicídio, do orgulho, da ambição, da quebra da moralidade em um texto impecável, com intrigantes personagens, onde a profundidade e a atemporalidade impressionam. No papel principal, o espetacular Denzel Washington que foi indicado ao Oscar de Melhor Ator nesse ano por essa sua impressionante atuação.


Na trama, conhecemos Macbeth (Denzel Washington), um grande soldado e lorde escocês que após ter um inusitado encontro com bruxas, acaba entrando na paranoia de executar o que lhe foi falado que seria seu destino. Assim, ele e sua esposa, Lady Macbeth (Frances McDormand), resolvem criar um plano maquiavélico que envolve a morte do atual rei Duncan (Brendan Gleeson).  


Escrito no início de 1600 e com diversas versões que sempre buscaram mostrar as forças dos conflitos ligados as consequências das atitudes de seu protagonista, a essência de Macbeth é fazer refletir sobre os limites do ser humano em contraponto a seus sentimentos. Aqui não é diferente. Os paralelos sobre a expressão do medo, a paranoia que chega sem dias para ir embora, o caos emocional que é instaurado na cabeça e corpo do ambicioso personagem ditam o ritmo eletrizante dos arcos.


Há um prólogo que podemos definir como uma queda de braço entre o ceticismo e a ambição. O primeiro é o pensar inicial do protagonista que só apenas tendo o orgulho ferido se completa pela ambição de sua cruel esposa. Nos atos em seguida, vemos o clímax se dividir sob a questão da ação e a consequência. Um elo de interseção aqui nesse longa-metragem é o uso do preto e branco como imagem, até mesmo linguagem, ao lado do tempo, espaço, som. Coen parece buscar explorar o lado psicológico, como se as linhas dos personagens estivessem traçadas pela intensidade de suas características emocionais, a ganância até o fim, a dor até o fim, a culpa até o fim.   


Parece que estamos em um teatro, acho até que a intenção foi essa. Para quem não está acostumado com os profundos e reflexivos textos de Shakespeare pode achar o filme difícil, ou até mesmo chato. Mas não se engane por completo caro cinéfilo, dê uma chance ao filme e vá até o fim. Esse filme é muito reflexivo dentro de um recorte cirúrgico e completamente atemporal.

 

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09/02/2022

Top 5 séries da HBOMAX | listamos 5 séries que precisam ser assistidas

 


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Crítica do filme: 'Exorcismo Sagrado'


As facetas do medo. Chegando ao circuito exibidor brasileiro nesse início de 2022, o longa-metragem Exorcismo Sagrado busca explorar a questão do sacrilégio em paralelo a uma necessidade de gerar sustos a todo instante. Essa co-produção México, Venezuela e Estados Unidos, dirigida por Alejandro Hidalgo, possui uma trama rasa que se desenvolve em arcos confusos dentro de um forçado clima de tensão. Uma coisa é certa: não podemos negar que Hidalgo é cinéfilo! Podemos encontrar algumas referências à outros filmes em determinadas cenas.


Na trama, acompanhamos um padre norte-americano chamado Peter (Will Beinbrink) que vai trabalhar no México e acaba participando de seu primeiro exorcismo. Durante a situação, na batalha contra as forças do mal, acaba cometendo um sacrilégio que é filmado mas somente ele tem a cópia da fita. Quase 20 anos se passam um outro exorcismo necessita de sua ajuda e ele agora precisará enfrentar os atos cometidos no passado para combater o presente. Ele contará com a ajuda do padre e experiente exorcista Michael (Joseph Marcell).


As teorias, segredos e muitas questões escondidas dentro do universo da igreja católica ao longo dos tempos sempre foi algo que chamou a atenção de muitos realizadores na hora de escreverem seus roteiros. Aproveitando esse gancho, Hidalgo e cia buscam um recorte que liga o pecado ao conflito de um personagem constantemente perturbado.


As referências ao clássico O Exorcista são inúmeras. O foco acaba sendo como se criar o susto, ou pelo menos o clima de tensão, dentro de uma história que não é nada profunda. Todo filme de terror, de alguma forma, passa por essa questão. Aqui não é diferente.



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Programa #83 Guia do Cinéfilo - Déo Cardoso


Episódio #83 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista o cineasta Déo Cardoso. O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube. #cinema​ #filmes​ #guiadocinefilo


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Crítica do filme: 'Palmer'


Os dilemas das segundas chances. Lançado em 2021 no streaming da Apple Tv+ , o longa-metragem Palmer é um drama que mostra as reviravoltas na vida de um ex-detento que perdeu sua vida por conta de um ato violento anos atrás e agora se vê em meio a uma série de decisões que envolvem sua vida e a de uma mãe e filho. Em seu segundo longa-metragem de ficção, o cineasta Fisher Stevens busca captar a profundidade dos dilemas de um homem buscando novas escolhas para sua vida e as relações de uma família disfuncional e como os outros enxergam esses conflitos. No papel principal, um competente Justin Timberlake.

Na trama, conhecemos Palmer (Justin Timberlake), um ex-atleta com bolsa na faculdade que acaba se metendo em uma enorme confusão, sendo preso e passando bastante tempo na prisão. Ele volta pra casa da avó e assim busca recomeçar sua vida. Paralelo a esse momento que passa de sua vida, o destino colocar em seu caminho Sam (Ryder Allen), um jovem garoto que mora com a drogada mãe Shelly (Juno Temple) no terreno da avó de Palmer. Aos poucos Palmer e Sam vão se aproximando e um tenta aprender mais com o outro.


Escrito por Cheryl Guerriero, o projeto bate na tecla das relações familiares. Sobre isso, enxergamos a de Palmer com sua avó, o primeiro cheio de impasses tendo que lidar com todos os tipos de problemas que vão desde o preconceito contra o fato dele ser um ex-detento até as dúvidas que sua avó tem ainda sobre a índole dele. Também enxergamos a relação de Sam com sua família, praticamente abandonado por longos dias por uma mãe com problemas com drogas e a aproximação dele com Palmer e sua avó na esperança de uma novo lar ou pelo menos referências mais positivas para sua vida.


Palmer é um filme cheio de camadas quando pensamos em emoção. O fato dos personagens serem introspectivos nos deixam margem para complementos do que não são ditos mas que são demonstrados nas ações dentro dos conflitos que aparecem ao longo das quase duas horas de projeção.  


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04/02/2022

Tô Ryca 2 | Tudo sobre a sequência do filme Tô Ryca com a Samantha Schmütz


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Programa #82 Guia do Cinéfilo - Pedro Butcher


Episódio #82 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo. 


Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista o crítico de cinema e pesquisador especializado em cinema Pedro Butcher. 


O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube.

 #cinema​ #filmes​ #guiadocinefilo 

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03/02/2022

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Programa #81 Guia do Cinéfilo - Luiz Joaquim


 Episódio #81 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista o programador de cinema Luiz Joaquim. O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube. #cinema​ #filmes​ #guiadocinefilo
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Crítica do filme: 'Moonfall - Ameaça Lunar'


A caminhada até o fim do mundo segundo Emmerich. Chegou aos cinemas brasileiros nesse início de 2022 mais um daqueles projetos classificados como ‘filmes catástrofes’. Na linha imaginativa do cineasta alemão Roland Emmerich e seu fascínio pela tentativa de originalidade quando pensamos em catástrofes, fim do mundo, Moonfall segue seu caminho explorando dessa vez a inteligência artificial e a luta dos heróis contra o imaginativo.


Na trama, conhecemos Brian Harper (Patrick Wilson), um astronauta da Nasa que em uma missão ao lado de Jocinda (Halle Berry) percebe algo estranho vindo de algum lugar fora da terra o que ocasiona um terrível acidente. Anos se passam e Brian está desacreditado, taxado como o único culpado da missão, sem emprego e se virando como professor de um observatório. Só que algo na Lua, que do nada foge de sua órbita, faz com que um curioso e estudante de astronomia chamado KC (John Bradley) perceber que o planeta está em risco, paralelo a isso a NASA agora com Jocinda em alta posição de comando convoca uma missão de emergência para tentar achar soluções para o problema. Os destinos de Brian, KC e Jocinda vão se unir para tentarem salvar o planeta.


Com um orçamento girando em torno de 150 milhões de dólares, o filme buscar resgatar a essência do explorar as teorias, algumas conspiratórias, de tudo que pode dar errado fora da terra e seus reflexos por aqui. Emmerich, diretor de O Dia Depois de Amanhã, Independence Day e Stargate, parece explorar uma mescla de elementos desses três filmes. As consequências na Terra da ação sem igual como no primeiro citado, a posição dos heróis e armamentos para o combate como no segundo citado, e as suposições imaginativas (algo bem comum nos filmes de ficção científica) que o terceiro apresenta. O foco trazido aqui gira em torno da inteligência artificial, como se a revolta da criação se voltasse contra quem criou. Terá Emmerich feito uma crítica social? O problema se encontra, até mesmo para essa tese se tornar mais explicativa, nos porquês.


As subtramas são rasas, há muitos personagens e o filme se perde em alguns arcos nas suas longas duas horas e 10 minutos de projeção. A parte dos conflitos familiares é talvez a mais rasa delas. Um exemplo é o foco perdido de elo entre pai e filho sem um pingo de carisma ou mesmo pontos de reflexão, o que prova que muitos dos personagens são muito mal desenvolvidos ao longo da trama. John Bradley (o Samwell Tarly de Game of Thrones) e seu KC é a ponta cômica da história e tem seus ótimos momentos sendo um dos pontos altos do filme.


Para quem curte filmes catastróficos esse parece ser mais um projeto para se conferir. É aquele tipo de filme que ou você embarca na loucura (até mesmo achar pontas de originalidade) ou dorme no ar gelado do cinema. Veja o filme e faça sua escolha!

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Crítica do filme: 'Tô Ryca 2'


Quando o objetivo é apenas fazer rir, e tudo bem! Depois do sucesso do primeiro filme lançado em meados de 2016 (e disponível hoje na Netflix) a história de Selminha e seus amigos voltam para a continuação dessa vez enfrentando o reverso dos conflitos da primeira parte. Novamente dirigido pelo cineasta Pedro Antônio e protagonizado pela atriz Samantha Schmütz, Tô Ryca 2 se aproxima muito da trajetória de outro sucesso da comédia nacional Até que a Sorte nos Separe. Superficial em seus conflitos, os diálogos mostram força na comédia buscando paralelos em situações através de reflexões sobre o sofrimento da maioria dos trabalhadores brasileiros.


Na trama, voltamos a encontrar Selminha (Samantha Schmütz) que no primeiro filme ficou milionária do dia para noite e agora se vê numa situação complicada pois toda sua herança de centenas de milhões de reais está sendo contestada na justiça por uma homônima da protagonista. Sem ter o que fazer, acaba se vendo forçada a volta ao seu passado principalmente quando a Justiça estipula que até a resolução do caso um salário mínimo de R$ 30 por dia será o que ela terá para viver.


As comédias nacionais são um grande trunfo dos números das bilheterias nos cinemas quando pensamos nos filmes feitos por aqui. Um dos motivos é exatamente a busca por paralelos com a realidade da maioria dos brasileiros, aqueles perrengues que só quem anda de ônibus lotados todos os dias sabe. Tô Ryca 2 segue essa fórmula, esse caminho, sem muita originalidade (inclusive caminha muito próximo de Até que a Sorte nos Separe) mas tendo a força do carisma da intérprete de sua protagonista, a humorista Samantha Schmütz. Algumas cenas são forçadas, partes do roteiro parecem estarem em loop mas o objetivo desse trabalho é trazer entretenimento para esses tempos tão difíceis que enfrentamos, sendo assim toda tentativa é válida.



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Crítica do filme: 'A Jaula'


As incongruências do limite emocional envolto de uma eterna crise social. Quantas vezes você já foi assaltado na sua vida? Se você pudesse faria justiça com as próprias mãos? E a questão dos direitos humanos? E o contexto social em que vivemos? Você pensaria sobre isso? Essas e outras perguntas fazem parte do campo reflexivo do longa-metragem nacional A Jaula, remake do filme argentino 4x4. O filme é bem aberto ao campo das reflexões sociais, que vão desde os princípios morais passando pela impunidade, pelo circo midiático a partir de tragédias ligadas à violência e o papel da polícia e das leis dentro de uma sociedade. Dirigido por João Wainer e com Chay Suede e Alexandre Nero como protagonistas. A produção é da Tx Filmes, em coprodução com a Star Original Productions.


Na trama, conhecemos um jovem (Chay Suede) ladrão que vendo a oportunidade de roubar mais um carro, uma caminhonete de luxo parada em uma rua pacata de uma grande cidade, não pensa duas vezes e inicia a ação do roubo. O problema é que quando ele tenta sair do carro para fugir o carro simplesmente não abre e aos poucos ele começa a perceber que está preso de propósito pelo dono do carro, que entra em contato com ele pelo telefone do carro, um ginecologista renomado (Alexandre Nero) que já fora roubado outras vezes e dessa vez resolveu fazer justiça com as próprias mãos. Lutando para sobreviver sem comida, água e com o emocional completamente destruído inicia-se um jogo psicológico intenso onde a moral é colocada em xeque.


A narrativa é muito bem definida, o filme prende a atenção. Há uma construção superficial dos personagens mas eles estão dentro dos contextos sociais que o filme navega, os conflitos são vistos a todo instante e com margem para olharmos sob os dois pontos de vistas. Esse recorte sociológico solta à diversas questões: a impunidade, a insegurança, os direitos humanos, entre outros pontos. O lado emocional é um item importante, coloca os personagens em uma linha tênue que separa a vítima do seu agressor. Pode ser observado também que o diálogo não é um confronto, é um desabafo de alguém que perdeu os princípios éticos e escondeu dentro de si a moral. A banalização da violência é bastante objetiva aqui com a menção, quase um pano de fundo, do jornalismo sensacionalista que cobre situações de confronto.


O roteiro, adaptado por João Candido Zacharias, tem o mérito de jogar as questões para debates, fazendo com que os espectadores mais atentos busquem refletir sobre as cordas bambas das ações dos personagens. Tem alguém certo nessa história? Como você reflete sobre isso? A ação e consequência aqui nada mais é do que o reflexo da realidade do lado de cá da telona.  



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Crítica do filme: 'Time do Coração'


As razões da importância do exemplo. Chegou ao catálogo da Netflix um filme que mesmo puxado para conflitos no lado familiar encosta em um assunto que ocupou as páginas das editorias especializadas em esportes nos Estados Unidos onde um treinador de futebol americano muito famoso foi suspenso pela liga após denúncias de pagamento para jogadores que machucassem outros jogadores. Assim, nos é apresentado Sean Peyton no seu hiato, longe dos gramados, no resgate da relação com o filho que mora longe. O longa-metragem é dirigido pela dupla Charles Kinnane e Daniel Kinnane. Protagonizado pelo ator Kevin James


Na trama, conhecemos o treinador principal do New Orleans Saints Sean Peyton que após conquistar o Super Bowl (o grande objetivo de todos os times do futebol americano) é pego em um escândalo que coloca em xeque sua carreira e toda sua reputação. Suspenso pela Liga, resolve estreitar laços com seu filho que mora com a ex-mulher dele e assim acaba tendo a chance de treinar uma equipe juvenil de ligas infantis da qual seu filho faz parte. Sem saber direito como se reaproximar do filho, já que o menino é muito magoado com ele, o futebol americano acaba sendo um elo que dá essa oportunidade a ele.


Não saberemos se esse filme é uma maneira de humanizar forçadamente essa figura genial na sua profissão mas polêmica quando pensamos em ética. Mas o que podemos aprender com Time do Coração, Home Team no original, é que relações entre pais e filhos podem ser complicadas. Aqui o conflito giram em torno das hipocrisias quando pensamos em exemplo. Distante do filho, com um escândalo envolvendo pagamento para machucar adversários, um homem desce do pedestal que estava para tentar se reconectar primeiro com si mesmo, entender que a vida não são jogadas planejadas e que é muito difícil viver sem cometer erros.


O roteiro segue a pegada de outros tantos feitos anualmente no mercado hollywoodiano, times que não são bons encontram seu caminho através de um elo condutor. Muito parecido com Nós Somos os Campeões, até mesmo na hipocrisia do exemplo, no filme de 1992, dirigido por Stephen Herek, o advogado Gordon Bombay (Emilio Estevez) depois de ser preso por dirigir alcoolizado é condenado a 500 horas de serviço comunitário e tem que treinar uma equipe de hóquei infantil.


O mercado norte-americano de cinema ama uma história de redenção, com ou sem pretensão de humanizar controversos personagens.



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