As dores e o poder do impossível. Com uma história super
corrida, onde tudo acontece com uma ansiedade danada, chega aos cinemas no
próximo dia 14 de dezembro, o relato baseado em fatos reais ‘O Poder e o Impossível’. Dirigido pelo
cineasta Scott Waugh (do terrível ‘Need for Speed: O Filme’) e com os
sumidos Josh Hartnett e Mira Sorvino no elenco, o projeto
parece uma propaganda motivacional, um livro de auto ajuda sobre um ex-atleta com
problemas graves com drogas que vai para o alto de uma montanha, com o tempo
fechando, praticar snowboard terapêutico.
Na trama, conhecemos Eric LeMarque (Josh Hartnett), um jovem
que nos últimos meses se perdeu completamente na vida. Viciado em drogas,
afastado da mãe, deu adeus a uma vida de sucesso no mundo do Hóquei no gelo e
agora vive aos pés de uma montanha onde pratica snowboard quase que diariamente
sem muitas pessoas saberem de seu paradeiro. Certo dia, acorda em sua rotina de
busca da salvação de seu vício, faz exercícios físicos, se alimenta de maneira
balanceada e parte para a montanha surfar na neve. Após receber uma carona de
uma bela jovem responsável por resgates emergenciais, chega até o topo da
montanha, com o tempo fechando e, após uma descida complicada, acaba ficando
preso na neve durante dias. Assim, para sobreviver, precisará de muita força de
vontade, criatividade e sorte.
Baseado no livro ‘Crystal
Clear’ de Eric LeMarque e Davin Seay, O
Poder e o Impossível pode ser que funcione como livro de auto ajuda, mas
como cinema deixa bastante a desejar. Tudo é bastante corrido, não conseguimos
entender o personagem em nenhum momento, os flashbacks que aparecem para
mostrar as dificuldades que teve com as cobranças do pai e parte de seu vício
sendo desenvolvido na fase adulta são jogados na tela em alguns momentos como
se fossem um forçado paralelo dos pensamentos de Eric lá na montanha.
A distância da personagem de Mira Sorvino, mãe de Eric, com
a trama é algo esquisito. Aparece em cenas, quase paralelas ao que está vivendo
o filho, em espécies de clipes que poderiam muito bem ser de outros filmes. Cada
partezinha que acontece fora do drama de Eric nas montanhas geladas são peças
estrategicamente colocadas e vestidas de insuportáveis clichês para se chegar a
um sonolento final apoteótico.