As dúvida do obedecer. Dirigido pela vencedora do Oscar Chloé Zhao, Os Eternos é a mais nova esperança das salas de cinema, sendo um dos maiores lançamentos nesse período quase pós pandemia. Diferente de outros filmes do universo da Marvel, o projeto milionário não empolga, deixando muito espaço para questões da filosofia desses personagens que já estavam aqui à paisana durante todos os acontecimentos catastróficos de todos os outros filmes mas esquecendo do entretenimento propriamente dito, principalmente das cenas empolgantes que pulavam de clímax em clímax em outro filmes do Universo Cinematográfico da Marvel. Há várias formas de enxergar esse projeto, vai ter gente que não vai gostar, vai ter gente que vai amar.
Na trama, conhecemos um grupo intergalácticos chamado os Eternos,
que são destinados a planetas para conseguir extrair informações e depois
obedecer ordens vindas dos celestiais (algo como os chefes deles). Assim, um
grupo pousa na terra muito tempo antes de Cristo e assim vai vendo a evolução
da raça humana e com a missão de não se intrometer em qualquer guerra,
catástrofes ou algum ato que possa interferir diretamente no resultado de um
conflito. Em certo momento recebem uma ordem para reativar um Celestial que
está adormecido nas profundezas do planeta Terra.
Em pouco mais de duas horas e meia de projeção, acompanhamos
de maneira não linear a trajetória dos heróis, suas aflições, seus medos e
todos os paralelos em relação aos vínculos que vão possuindo pelo nosso planeta
e pelas pessoas que aqui estão. Esse conflito existencial de obedecer ou não
ordens supremas de colonizadores espaciais acaba sendo a grande força do filme,
pena que fica muito no intelecto e menos na ação deixando apenas morno grande
parte dessa saga que vai voltar em breve para uma continuação daqui alguns
anos. Os personagens, alguns deles pelo menos, são colocados em pequenas
subtramas que nos mostram razões e emoções, principalmente os porquês de
algumas escolhas. Longe de ser empolgante, Os Eternos cumpre seu papel
introdutório de rostos novos em uma franquia bilionária.