O retorno de um personagem marcante da história das séries. Buscando um novo desfecho para a saga do analista forense e serial killer mais famoso da televisão (agora dos streamings), Dexter: New Blood preenche lacunas, traz novos e intrigantes personagens e abre um ótimo debate sobre o maior dos conflitos de Dexter Morgan: a paternidade. Ao longo dos intensos (e alguns emocionantes) 10 episódios conhecemos muito mais as fraquezas de um homem e seu eterno conflito. Agora finalmente podemos dizer que uma conclusão digna fora feita... e que final!!!! Michael C. Hall não perdeu um segundo da essência desse grande personagem de sua carreira. Destaque também para Jack Alcott na pele de Harrison, o filho de Dexter.
Na trama, acompanhamos Dexter (Michael C. Hall) que após ter desaparecido (ele tinha sido dado
como morto) vai morar numa cidadezinha gelada no interior de Nova Iorque com
menos de 3.000 habitantes. Lá ele parece conseguir controlar de alguma forma
seu instinto assassino, sua vida amorosa vai a todo vapor com a delegada local
Angela (Julia Jones), trabalha em
uma loja que vende armas de caça e mora em uma região um pouco mais isolada do
centro da cidade. Tudo ia bem até que seu instinto assassino volta a dar as
caras e paralelo a isso seu filho Harrison (Jack Alcott) reaparece misteriosamente para confrontar o pai sobre
o porquê fora abandonado.
A grande vantagem do roteiro, desse que podemos chamar de
uma minissérie complementar ao seriado Dexter,
é que nos seus primeiros episódios consegue de maneira muito inteligente nos
apresentar novamente o famoso personagem, explicar (mesmo que superficialmente)
algumas questões que eram lacunas, nos mostrar possíveis cenários conclusivos e
pitadas de futuros conflitos pelo qual ele passaria. A questão do anti-heroísmo
não deixa de ser uma pauta para debates mesmo pela conclusão bombástica e que
diz muito pelas entrelinhas.
O vilão do anti-herói, (sempre tem que ter um vilão né?!)
talvez seja a questão mais decepcionante de toda essa minissérie. De maneira bem
rasteira, sendo apenas um coadjuvante com desfecho inconclusivo, cheia de
lacunas não preenchidas. O ponto alto e o foco quase que total é a questão da
paternidade para Dexter e os conflitos que Harrison possui. Em busca de se
conectar com o pai ausente, mostra sinais de violência descontrolada mas o
debate nesse caso é mais amplo se formos pensar em tudo que está envolvido nas
conflituosas emoções do jovem. Jack
Alcott dá um verdadeiro show nesse complexo papel.
Pra quem é fã do seriado que frequentou nosso pensar de 2006
à 2013 em 8 eletrizantes e algumas decepcionantes temporadas, Dexter: New Blood é um grande achado, o
desfecho que os fãs mereciam finalmente chegou!