Jogo é jogo, treino é treino. Em seu primeiro trabalho atrás das câmera como diretor, Michael B. Jordan busca a emoção a todo instante seja no duelo profissional ou no pessoal do ótimo protagonista que dá título a essa franquia, oriunda da saga Rocky, que caiu nas graças de todos que viraram órfãos do garanhão italiano. Em Creed III, vemos o tom reflexivo de um campeão que precisa confrontar seu passado. Os conflitos familiares contornam a narrativa mas sem deixar de ter fôlego para cenas de ação de um dos esportes mais populares do universo das lutas. Esse é o primeiro filme do universo de Rocky que o lendário personagem não aparece.
Na trama, voltamos a encontrar Adonis Creed (Michael B. Jordan) agora um
empreendedor do mundo das lutas após sua recente aposentadoria com um currículo
invejável como lutador. Só que nesse terceiro filme da franquia vamos
conhecendo mais a fundo o passado do personagem e o reencontro dele com um
amigo do passado, o complicado e ex-presidiário Damian (Jonathan Majors) um antigo prodígio do boxe. Desse encontro, logo
um confronto acontece e os amigos irão se enfrentar em uma batalha onde só um
pode ficar com o cinturão.
A palavra família contorna as linhas da narrativa. Com certa profundidade, sempre aos olhos do protagonista, vamos vendo mais de perto sua profunda relação com a esposa, a filha e a mãe, essa última com lembranças do passado quando o assunto é Damian, um amigo encrenqueiro que ficou quase duas décadas preso por conta de confusões e uma situação ligada ao amigo Adonis. O desenvolvimento de Adonis nesse filme é uma estrada de conflitos que são muito bem executadas traçando um poderoso raio-x da personalidade, até mesmo um antes e depois, desse forte personagem.