13/06/2021

, ,

Pausa para uma série: 'Dom'


A inconsequência de mais uma alma perdida. Criada por Breno Silveira, o novo seriado brasileiro disponível na Amazon Prime Video possui um roteiro afiado que navega em diversas linhas tênues buscando paralelos entre o real e o fictício e também com a boa sacada de preencher a tela com dois protagonistas, um que alguns de nós já conhecíamos pelas páginas dos jornais, outro nem tanto assim. Indo a fundo nas questões familiares, no sofrimento constante por terem um filho viciado em drogas no círculo deles, o projeto busca preencher lacunas ou pelo menos abrir portas para motivos daquela personalidade que assustou parte do Rio de Janeiro no início dos anos 2000. Pelos olhos do pai, enxergamos não só o desespero que é ser pai de um viciado, mas também um paralelo à trama principal, um recorte sobre a chegada do universo das drogas e seu gigante crescimento na cidade considerada maravilhosa.

Na trama, conhecemos Pedro Dom (Gabriel Leone), um jovem de classe média alta, morador de Copacabana, que desde cedo, antes dos 13 já era um viciado em drogas pesadas. Lutando contra o vício do filho, o pai Victor (Flávio Tolezani), a mãe e a irmã, buscam durante os anos saídas, ajuda para o jovem. Mas Dom só piora a cada vez que volta a esse universo de dor e inconsequência e assim conhece um bando que tem como elementos as jovens e drogadas Jasmin (Raquel Villar) e Viviane (Isabella Santoni). O grupo já assaltava residências pela cidade mas precisava de um líder e Dom se encaixou como o bandido playboy que usou toda sua inteligência para planejar enormes roubos. Mas óbvio que essa vida teria inúmeras consequências não só para Dom mas também para toda sua família. Em paralelo a essa história principal, acompanhamos a vida e trajetória de Victor, desde jovem e seu conturbado relacionamento com o pai até sua entrada na polícia e em operações secretas.


As grandes atuações de todo o elenco são guiadas pelo roteiro firme que busca nos detalhes seus pontos reflexivos, caminhando em linhas tênues entre os fatos reais dos quais se inspirou e as licenças dramáticas Os episódio são muito intensos, reúnem uma série de informações novas principalmente sobre a vida de Victor (que muitas vezes traz mais interesse do que a história já conhecida por alguns do protagonista Dom), vemos um pai em conflito a todo instante, que se acaba nos cigarros diários e dentro de uma ansiedade constante na tentativa de encontrar soluções pra seu filho drogado e a bandidagem que enfrenta na sua vida profissional.  O contraponto encontrado na realidade, o filho bandido e o pai policial, é bem definido pelos inúmeros embates que acontecem a cada novo episódio nos fazendo a pergunta que nunca quer calar: até onde você iria por seu filho?


Mesmo com muitos elogios, precisamos comentar sobre um ponto que deixa a desejar. Ao longo dos episódios temos a impressão (ou pelo menos eu tive) de que o roteiro foi feito deduzindo que o espectador já sabia parte da história (talvez até por isso a subtrama de Victor ganha mais força que a de Dom em muitos momentos), levando a uma série de conclusões que precisaram serem complementadas por uma busca no google, principalmente após o último episódio, de longe o pior dos oito, beirando ao decepcionante mas que não atrapalha o brilho do todo, desse competente trabalho nacional. Dom está disponível na Amazon Prime Video, sem dúvidas é uma das melhores séries/minisséries brasileiras que estão pelos streamings disponíveis por aqui.


Continue lendo... Pausa para uma série: 'Dom'

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #443 - Luis Capucci


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Santa Bárbara d' Oeste (São Paulo). Luis Capucci tem 28 anos. É formado em jornalismo pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e pós-graduado em direção audiovisual pela Unip (Universidade Paulista). Escreve sobre críticas de cinema para o blog Monóculo (https://ummonoculo.wordpress.com/). 

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Existem apenas duas salas de cinema na minha cidade e ambas ficam dentro de shoppings. Eu prefiro a Multiplex Santa Bárbara d´ Oeste, pois lá estreiam mais filmes legendados e em horários mais acessíveis. 

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Acho que foi o primeiro Senhor dos Anéis. As quase três horas de filme passaram voando para mim. Adorei! 

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Meu diretor favorito é Alfred Hitchcock. Não sei dizer meu filme favorito dele. Fica entre Psicose e Um Corpo que Cai. 

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro. Glauber Rocha era um gênio! O filme é uma representação fiel do Brasil com as suas crenças e sua profunda desigualdade social. Nunca esqueci a fala de Antônio das Mortes: "Deus fez o mundo e o diabo o arame farpado". 

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É amar o cinema. Sentir falta de ver filmes. Ter o cinema como algo essencial para a vida. 

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não. A maior parte das salas tem uma visão mais comercial e não possuem curadoria. 

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não. Creio que estamos vivendo uma fase de transição por conta da pandemia. Em um momento pós-Covid, imagino que os grandes blockbusters vão continuar estreando no cinema, mas os lançamentos menores ficarão cada vez mais limitados ao streaming. 

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Eu não Sou um Serial Killer. Um filme bizarro (no melhor sentido da palavra) e surpreendente. 

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não. Apesar de amar estar no cinema, acredito que não seja um lugar seguro nesse momento. 

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Acho excelente. Temos um cinema diversificado e extremamente criativo. 

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Irandhir Santos. Tudo o que esse homem toca vira ouro. 

 

12) Defina cinema com uma frase:

Amor em 24 quadro por segundo. 

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

A sessão que eu estava de Os Incríveis foi interrompida, porque teve um incêndio no shopping. Quando saímos da sala, os corredores do cinema estavam tomados de fumaça. Ainda bem que não foi nada de grave. Descobrimos depois que o fogo teve início na cozinha de um restaurante do local, mas foi rapidamente controlado. Voltamos ver o filme outro dia e adoramos kkkk.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Pau que nasce torno nunca se endireita. 

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo? 

Creio que sim. Como eu defino cinefilia como amor pelo cinema, acho impossível uma pessoa dirigir um projeto sem ao menos gostar daquela arte. 

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida? 

Não sei dizer o pior que eu vi, mas o mais recente que eu achei horrível foi 365 Dias. O filme simplesmente romantiza o sequestro. 

 

17) Qual seu documentário preferido? 

Edifício Master. 

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?   

Creio que não.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu? 

Adaptação. 

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Cinema em Cena. 

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix.

 

 

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #443 - Luis Capucci

O que achei do filme: 'Milagre Azul'


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa objetivamente o filme 'Milagre Azul'.

Não esqueçam de curtir os nossos vídeos :)
Não esqueçam de se inscrever em nosso canal :)
A crítica completa do filme, em forma de texto, está em nosso blog.
Não deixem de seguir também o nosso Instagram @guiadocinefilo
Viva o cinema!
Continue lendo... O que achei do filme: 'Milagre Azul'

12/06/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #442 - Rogerio de Oliveira


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de São Paulo. Rogerio de Oliveira tem 45 anos. É marido da Denise, pai da Maria e um curioso sobre o cinema e o audiovisual, apaixonado por música e um leitor voraz, por isso gosta de trocar experiências e conversar com as pessoas para aprender mais sobre a vida através da arte.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Eu gosto do Espaço Itaú de cinema porque faz uma mescla de cinema comercial com cinema de arte, ampliando as posibilidades de publico.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Cara, a minha primeira lembrança é de ter visto Superman no cinema com o meu avô. Eu devia ter uns 4 ou 5 anos e achei aquele telão gigante incrível porque ele me colocou dentro da aventura como se eu estivesse participando do filme.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Isso muda de tempos em tempos, dependendo do momento e humor. Rs. Agora eu estou de Stanley Kubrick com o seu 2001 - Uma Odisséia no espaço.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Também muda de tempos em tempos, mas vou citar um filme que foi importante para eu conhecer o cinema nacional: Durval Discos da Anna Muylaert.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Acredito que ser cinéfilo não se resume a ser alguém que assiste a um montão de filmes e só, mas ser uma pessoa que se interessa em estudar sobre cinema, trocar ideias e percepções sobre filmes e ter um gosto eclético, compreendendo as diversas escolas e gêneros.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Sim. Penso que as programações são feitas pensando sobre uma ótica de mercado porque no final do dia, a sala de cinema é um negócio que requer conhecimento sobre público e seus gostos. Pode-se discordar das programações, mas não se pode dizer que quem faz não entende do riscado.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Definitivamente não. Embora, reconheça que no pós pandemia haverá uma mudança considerável em termos de programação, distribuição e público.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Tem um filme que eu vi em na Mostra de Cinema de São Paulo e que não saiu comercialmente no Brasil. Chama-se Aquiles e a Tartaruga do Takeshi Kitano. Faz uma comparação do paradoxo de Aquiles e a carreira de um artista visual.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Tem muita qualidade no cinema nacional. Temos diretores e diretoras que desenvolveram trabalhos nos anos 2010 e que entregaram lindos filmes, por exemplo. Creio que o desafio atual será como colocar boas ideias em produção sem financiamento, uma vez que creio que a destruição e o ataque ao cinema nacional vai continuar por alguns anos. A criatividade para produzir precisará ser grande.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Se for ator/atriz eu coloco o Matheus Nachtergaele. Se diretora Anna Muylaert.

 

12) Defina cinema com uma frase:

O cinema é a mentira que nos mostra a verdade

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema

Não tenho muitas, mas lembro de ter ido assistir Shrek no cinema e assistir a um quebra pau de soco e puxão de cabelo entre mães que disputavam uma poltrona para o filhos.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

É tão ruim que é bom.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não é um pré-requisito, mas acho que ajuda.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Eu tenho alguns polêmicos rs, mas acho que por conta das expectativas que criei na época foi Guerra dos Mundos do Spielberg.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Edifício Master do Eduardo Coutinho

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Muitas e muitas vezes. Principalmente nas sessões da Mostra de Cinema de São Paulo.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Cidade dos Anjos.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Eu gosto do Spoiler Movies.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Eu assisto muito o Mubi.

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #442 - Rogerio de Oliveira

O que achei do filme 'Quem vai ficar com Mário?'


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa objetivamente o filme 'Quem Vai Ficar com Mario?'

Não esqueçam de curtir os nossos vídeos :)
Não esqueçam de se inscrever em nosso canal :)
A crítica completa do filme, em forma de texto, está em nosso blog.

Não deixem de seguir também o nosso Instagram @guiadocinefilo
Viva o cinema!
Continue lendo... O que achei do filme 'Quem vai ficar com Mário?'

11/06/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #441 - Sabrine Padilha


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de Joinville (Santa Catarina). Sabrine Padilha tem 27 anos, é formada em História. Ama cinema de forma geral, mas tem carinho especial pelo terror. Para dividir seu amor por esse subgênero criou o perfil Arte Maldita e o podcast Arquivo Maldito, com a colaboração do perfil Arquivo Macabro.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Infelizmente na minha cidade tem poucas salas de cinema, mas a minha favorita está no cinema Uniplex porque a rede é mais acessível e exibe filmes diferenciados (foi o único cinema a exibir Bacurau por aqui.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Por ser pobre vou pouquíssimas vezes ao cinema... então sempre é uma experiência mágica e valiosa. Acho importante dizer isso em tempos de elitização dos espaços culturais;

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Meu diretor favorito é o Guillermo Del Toro e meu filme favorito dele é O Labirinto do Fauno;

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Meu filme nacional favorito atualmente é Marighella.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Ser cinéfilo pra mim é amar ver filmes. Mesmo não sendo formados em cinema, é gostar de entender a parte técnica, a história do cinema, os estilos cinematográficos e entender qualquer tipo de filme como arte.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acredito que não, acho que a maioria segue um padrão de lucro apenas.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não acabarão não, a experiência de ver um filme no cinema é inimitável;

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

O terror nacional O Diabo Mora Aqui, esse filme merece todo o amor do mundo.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não deveriam abrir antes da vacina, o que devia é esse país ser governado por alguém consciente para nos garantir um lockdown decente e seguro.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema brasileiro sempre teve muita qualidade, o que falta é valorização dentro do nosso próprio território.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Vejo qualquer coisa da diretora Juliana Rojas.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é uma ilusão voluntária.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Quando fui assistir o primeiro Mulher-Maravilha, durante a cena em que ela atravessa a Terra de Ninguém uma menininha de uns 6 anos levantou da poltrona e começou a pular e bater palmas de alegria por ver a cena.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Isso representa o Brasil melhor do que futebol e samba.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não acho obrigatório, mas com certeza ajuda a aperfeiçoar o próprio trabalho.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Batman vs Superman. Tendo a experiência de trabalho e o dinheiro do Snyder nessa produção, ele entregou uma coisa medíocre e ofensiva.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Ocupação 101 - A Voz da Maioria Silenciada, um documentário sobre a questão palestina extremamente necessário.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sempre faço isso, tem uma energia boa.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Recentemente gostei bastante de Mandy, mas qualquer filme com ele é automaticamente maravilhoso.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Plano Crítico é um dos que mais leio.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Infelizmente é a Netflix, só pelo preço e a quantidade de títulos disponíveis.

 

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #441 - Sabrine Padilha

Crítica do filme: 'Shiva Baby'


Quando o trágico encontra seu equilíbrio no cômico. Disponível na plataforma MUBI, Shiva Baby nos mostra segredos, famílias, mentiras. Todo tipo de drama se afunila no campo das surpresas, em encontros quase inimagináveis, além de situações mal resolvidas em um passado recente de uma jovem em grandes conflitos quando resolve ir com os pais a uma reunião tradicional após um funeral, parte da tradição judia. O confronto com seu modo de viver, do qual foi criada, essas tradições de sua família judia, vira rebeldia e parece que acompanhamos o clímax, da primeira cena até os acontecimentos dentro de um leque de situações constrangedoras que se juntam aos montes somadas a um eminente insucesso nas suas tentativas já frustradas de liberdade sem limites. Um grande filme, escrito e dirigido pela cineasta Emma Seligman, um dos melhores disponíveis pelos streamings aqui no Brasil.


Na trama, conhecemos Danielle (Rachel Sennott), uma jovem que se prostitui sem que seus pais saibam de nada. Um dia, resolve acompanhar os pais (que a bancam desde sempre), a um pós funeral de uma amiga da família judia que pertence. Nesse dia, que é uma reunião em uma casa, acaba encontrando antigos amores, conflitos com seus pais por conta dos seus objetivos na vida, desconfiados olhares de conhecidos e uma surpresa ligada à sua vida na prostituição. Prestes a chegar a um ataque emocional, vamos descobrindo todas as fraquezas e inconsequências que acompanham a complexa protagonista. Lembra um pouco, mesmo com inúmeras diferenças, a também ótima comédia britânica Morte no Funeral.


Parece que estamos olhando pelo buraco da fechadura no campo das emoções da protagonista, um mérito de um afiado roteiro e uma lente detalhista de Seligman. Há também um equilíbrio entre o trágico e o cômico. A protagonista busca sua liberdade ser alguém à frente do seu tempo. Mas comete o erro, fruto de sua imaturidade, de não buscar desenvolver alternativas para suas inconsequências, como se estivesse em órbita somente com seus impulsos esquecendo dos complementos vitais para um equilíbrio de felicidade e dedicação.


Eminentes conflitos, um peso na consciência, buscando no desespero de se sobressair, almejando uma perfeição por meio de mentiras, elementos que obviamente levarão a personagem a um limite emocional, quase um divisor de águas sobre sua vida. Há uma busca de reconhecimento de seus pais mas envolvida em muitas mentiras e foco descontrolado sobre o que quer da vida, fora a mordaça imaginária que se coloca que fica evidente quando se vê sem saída sobre como resolver todas as situações que estão em descontroles na sua frente. Shiva Baby apresenta um complexo cenário sobre abalos emocionais, reunidos com um certo clima de tensão, um filme que todo psicólogo deveria assistir, além de todos que amam uma boa história, um bom cinema. Bravo!

 

 

Continue lendo... Crítica do filme: 'Shiva Baby'

Crítica em vídeo do filme: 'Army of The Dead - Invasão em Las Vegas'


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa objetivamente o filme 'Army of The Dead - Invasão em Las Vegas'.

Não esqueçam de curtir os nossos vídeos :)
Não esqueçam de se inscrever em nosso canal :)
A crítica completa do filme, em forma de texto, está em nosso blog.
Não deixem de seguir também o nosso Instagram @guiadocinefilo
Viva o cinema!
#cinema​ #filme​ #movies​ #movie​ #guiadocinefilo​ #cinéfilo​ #cinéfilos​ #audiovisual​ #filmes​ #dicas​ #dica​ #opinião
Continue lendo... Crítica em vídeo do filme: 'Army of The Dead - Invasão em Las Vegas'

10/06/2021

Crítica em vídeo do filme: 'Castelo de Terra'


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa objetivamente o filme Castelo de Terra.

Não esqueçam de curtir os nossos vídeos :)
Não esqueçam de se inscrever em nosso canal :)
A crítica completa do filme, em forma de texto, está em nosso blog.
Não deixem de seguir também o nosso Instagram @guiadocinefilo
Viva o cinema!
#cinema​ #filme​ #movies​ #movie​ #guiadocinefilo​ #cinéfilo​ #cinéfilos​ #audiovisual​ #filmes​ #dicas​ #dica​ #opinião
Continue lendo... Crítica em vídeo do filme: 'Castelo de Terra'

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #440 - Vinicius Denardin


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Santa Maria (Rio Grande do Sul). Vinicius Denardin tem 25 anos. É graduado em Publicidade e Propaganda e pós-graduando em Cinema. Atualmente, é roteirista da produtora Toca Audiovisual. Paralelamente, desenvolve projetos cinematográficos independentes, tendo dirigido e roteirizado os curtas-metragens ficcionais “Conectados e Desconexos” (2019), “Liberta” (2021) e “Concreto Adaptado” (2021).

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Antes polo cinematográfico do estado, hoje Santa Maria só conta com dois cinemas. Apesar de ambos serem bem comerciais, prefiro o Cinépolis pela programação um pouco mais variada. Mas devo confessar que não foram raras as vezes que viajei a Porto Alegre só para assistir aos filmes que jamais chegaram aqui – em sua maioria no Itaú Cinema.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

The Dark Knight, Nolan, 2008. Lembro que meu primo e eu chegamos atrasados na sessão – bem na cena inicial do filme. Nos minutos que transcorreram, minha pipoca ficou intacta e a latinha de refrigerante lacrada. Aquela atmosfera caótica, aquela trilha fervorosa, a atuação do Ledger, enfim, minha cabeça entrou em completo transe. Dali em diante, o cinema passou a ter outro significado para mim.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Costumo dizer que não tenho um diretor favorito por muito tempo. De ano em ano, gostos pessoais vão mudando, novos artistas são conhecidos, etc. Claro que tem aqueles que são do coração mesmo, como o Richard Linklater, mas atualmente tenho curtido muito o trabalho do Kleber Mendonça Filho, por tudo que ele representa pro novo cinema nacional. E o meu filme favorito dele segue sendo O Som ao Redor, 2012, uma obra “suja” de tão verdadeira, um retrato curioso e certeiro do Brasil daquela época.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Consumo muito cinema brasileiro, acho um dos mais criativos do mundo. Gosto muito do Cinema da Retomada (metade dos anos 90 até início dos 2000) pois, entre outros grandes filmes, nasceu o meu favorito, Central do Brasil, Salles, 1998. Uma obra-prima agridoce sobre um país eternamente perdido que só sobrevive no tempo graças ao seu povo de coragem.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É enxergar o filme além do audiovisual. Uma obra não termina no minuto 120, ela transcorre pelos anos, representa épocas, cria contextos, provoca questionamentos e possui potencial para se tornar objeto de estudo. Cinema, assim como as outras artes, são retratos, logo, interessantíssimos para um melhor discernimento da sociedade e do mundo em si.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Em Santa Maria, não. Se entendessem mesmo de cinema, eles optariam por, pelo menos, fazer uma mescla entre a pluralidade e o comercial. Se eles só pensam na lucratividade, talvez estejam atuando em uma área errada.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Nunca. A sala de cinema é o berço de um filme. O lugar onde todo cineasta deseja apresentar sua obra, pois ele sabe que lá, e apenas lá, o público vai ser conectar verdadeiramente com ela. Consumo e respeito os streamings, acho que são importantíssimos para uma maior diversificação cinematográfica, mas jamais irão substituir aquele ambiente.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Um dos meus favoritos, Dazed and Confused, Linklater, 1993. Perfeito para tempos saudosistas.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Essa pergunta é difícil de responder. Sanitariamente falando, não. A aglomeração ajuda a proliferar o vírus, como sabemos. Mas ao mesmo tempo, prezo pelas redes de cinema, cada vez mais raras nas cidades do interior. Se elas dependerem 100% das vacinas e do Governo Federal atual, estão fadadas a sumirem. Logo, fico em cima do muro.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema brasileiro é e sempre foi ótimo, principalmente o independente. Além de inventivo e

premiado, é corajoso, pois segue enfrentando inúmeras barreiras, como o Governo inculto, concorrência desleal contra as obras estrangeiras e o desleixo do público com a própria cultura – algo manipulado, diga-se. Nosso cinema é bem maior do que as comédias da Globo Filmes – que também merecem o devido respeito.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Fernanda Montenegro, um ensinamento em cena.

 

12) Defina cinema com uma frase:

“A arte não é só talento, mas sobretudo coragem”. Glauber Rocha.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Reclamações de um lado e risadas do outro durante a cena dos forasteiros sulistas sendo mortos pelos norte-americanos, em uma sessão de Bacurau, em Santa Maria.

 

14) Defina ‘Cinderela Baiana’ em poucas palavras...

Indispensável para quem estuda roteiro.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acredito que sim, principalmente pelas referências. Nenhum cineasta atual inventou ou vai inventar a “roda”, quase tudo já foi contado. O que faz o cinema continuar maravilhoso e vivo são os infinitos caminhos que existem para se contar a mesma história. E pra ti achar um desses caminhos, é preciso conhecer a base. Sei que existem cineastas nada cinéfilos, principalmente os da nova geração, criados sob a tese da autossuficiência. Não os entendo, mas a ver.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

The Avengers e derivados.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Cabra Marcado Para Morrer, Coutinho, 1984. Um dos meus filmes brasileiros favoritos.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Já. Bacurau. Um filme que de tão grande mal cabe em si.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Essa é difícil, são tantos clássicos... gosto bastante de Adaptation, Jonze, 2002.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Cinema em Cena, do Pablo Villaça.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Amazon Prime.

 

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #440 - Vinicius Denardin

09/06/2021

,

Crítica do filme: 'Juventude'


As razões e as emoções do universo das incertezas. Primeiro filme de ficção da história do Djibouti (pequeno país africano de menos de um milhão de habitantes) e primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher (Lula Ali Ismaïl) nesse país, Juventude nos mostra como um desenrolar complicado e traumático de um aborto instantâneo acaba sendo o início de uma forte amizade entre três jovens que estão no último ano do colégio e já pensam na fase seguinte de suas vidas, procurando respostas sobre onde querem esta daqui a 10 anos. Seus dramas, suas agonias, enxergamos cada detalhe em um retrato muito honesto sobre o cotidiano dessas três personagens.


Na trama, conhecemos Deka (Amina Mohamed Ali), Asma (Tousmo Mouhoumed Mohamed) e Hibo (Bilan Samir Moubus) três jovens que ficam muito amigas no último ano do colégio e buscam no companheirismo de uma com a outra força e opiniões sobre acontecimentos presentes e sobre o futuro. De classes sociais completamente diferentes, vivendo na mesma cidade mas com um cotidiano nada igual, em comum, refletem sobre saírem do país onde nasceram para estudar fora.


A amizade é tão importante, precisamos sempre valorizar. São três garotas bem diferentes. Tradições, fé, cultura local contornam o cotidiano das personagens. Uma delas se relaciona com um homem casado e mais velho não sabendo qual será o próximo passo dessa relação, a outra vive conflitos dentro de casa por conta das obrigações que lhe são dadas e a mais rica delas viveu um drama recente mas parece não se importar com o futuro a princípio, pois, não consegue se enxergar longe da comodidade que lhe é dada por seus pais.


Com uma belíssima fotografia, Dhalinyaro, título do filme no original, abre espaço para conhecermos melhor esse país tão desconhecido de nós por aqui. Com os mais velhos, algumas delas aprendem sobre a história desse país e também sobre histórias de quando alguns saíram para o exterior. Em um desses diálogos, por exemplo, com um senhor mais velho, acaba sendo uma grande aula de história mundial, com relatos detalhados da ida do mesmo, em meados da década de 40, para a guerra na França.


Amizade, obstáculos, força feminina, diversas visões sobre um mesmo cotidiano rodeiam esse bonito projeto que também não deixa de ser uma homenagem da cineasta a outras milhares histórias de seu país.



Continue lendo... Crítica do filme: 'Juventude'
, , ,

Crítica do filme: 'Quem vai ficar com Mário?'


Não importa o rótulo e sim o conteúdo. Chega aos cinemas nessa semana, o novo projeto de um dos cineastas mais cinéfilos da indústria brasileira, Hsu Chien. Quem vai ficar com Mário? é um longa-metragem, com roteiro baseado no filme italiano Mine Vaganti, que busca no humor reflexões profundas sobre as escolhas de um jovem que mentiu a vida toda para sua família e agora resolve sair do armário. Há críticas bem sutis às piadas machistas, a forma como alguns olham para mulheres no comando de decisões empresariais, aos julgamentos familiares que podem existir. O protagonista busca em suas novas ações corajosas a liberdade de que nunca teve além de seguir acreditando na sua própria verdade. Mesmo com ótimas mensagens que chegam fáceis ao espectador, os arcos intermediários perdem força quando buscam o equilíbrio entre o drama e a comédia (o primeiro funciona melhor), o roteiro parece fora de rumo em muitos desses momentos. Mesmo com alguns calcanhares de aquiles, o filme busca a diversão sendo reflexivo.  


Na trama, conhecemos Mário (Daniel Rocha) um jovem que mora no Rio de Janeiro e tem o sonho de ser autor, largou a faculdade de administração, mentindo durante muito tempo para sua família. Certo dia, perto de uma data festiva da famosa empresa cervejeira da família, ele resolve viajar até a cidadezinha onde nasceu, no interior do sul do país, na serra gaúcha, e contar para seu pai, seu irmão Vicente (Rômulo Arantes Neto) e toda sua família que mora faz quatro anos com um diretor de teatro chamado Fernando (Felipe Abib). Só que seu irmão com uma notícia surpreendente acaba fazendo com que Mário tenha que recalcular seu objetivo.


Como refazer a história de um lugar ao qual pertence? Será que o mundo não está pronto para essa liberdade? Na mala cheia de felicidades, repleta de momentos que o encorajam a contar para sua família que é gay estão as dúvidas em relação aos julgamentos que pode sofrer. Esse conflito emocional se junta a um outro momento inesperado com uma revelação de seu irmão e com a chegada de uma consultora empresarial gerando uma grande confusão na cabeça do atrapalhado personagem que sempre parece depender dos outros para chegar a alguma conclusão sobre a vida, para ter coragem e ser feliz. Na visão de Mário, nada é simples na vida mas as dificuldades que aparecem muitas vezes são provocadas pelas atitudes individuais dentro de achismos do próprio.


Repleto de piadas, algumas que funcionam, outras não, Quem vai ficar com Mário? tem um bonito valor sobre a arte, uma espécie de homenagem, seja nas referências ao pôster de Crepúsculo dos Deuses na parede do quarto de Mário, seja nas representações artísticas dos amigos que o acompanham, nos movimentos das danças, na pura e singela liberdade em ser feliz, nas mensagens que busca transmitir. Diferente de algumas outras comédias brasileiras que vemos todo ano entrando e saindo dos cinemas, esse projeto cumpre seus objetivos com a própria busca em ser original.

 

 

Continue lendo... Crítica do filme: 'Quem vai ficar com Mário?'

Guia do Cinéfilo analisa o filme da Netflix 'Sem Filhos'


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa objetivamente o filme 'Sem Filhos'.

Não esqueçam de curtir os nossos vídeos :)
Não esqueçam de se inscrever em nosso canal :)
A crítica completa do filme, em forma de texto, está em nosso blog: http://guiadocinefilo.blogspot.com​
Não deixem de seguir também o nosso Instagram @guiadocinefilo
Viva o cinema!


Continue lendo... Guia do Cinéfilo analisa o filme da Netflix 'Sem Filhos'

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #439 - Vanessa Pinheiro


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de São Paulo. Vanessa Pinheiro tem 42 anos. Cinéfila de carteirinha, escritora, roteirista e diretora de criação da Haja Criação Studios. Atualmente está escrevendo a sua segunda série Contos de Mulheres, inspirada nos Contos do Nelson Rodrigues e nos Filmes do Woody Allen, nessa série ela mescla drama com humor, costuma compartilhar os contos e episódios no Instagram e pretende começar gravá-la em breve. Também escreve roteiros para videoclipes e curtas. Estuda Marketing na Fatec Sebrae.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

A minha sala de cinema preferida é o Espaço Itaú de Cinema, porque o acervo de filmes geralmente é bom, a qualidade das salas é excelente e fica localizado na Avenida Paulista que é um lugar maravilhoso aqui em Sampa com várias outras opções de passeios culturais e por ser cinema de rua.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Que pergunta difícil essa, porque são muitos os filmes. Mas o filme que me fez enxergar o cinema como uma obra de arte e me fez perceber o quanto sou apaixonada por essa arte desde de criança foi o Cinema Paradiso de 1988.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Outra pergunta difícil Raphael, rsrsrs. O Pedro Almodóvar, é o meu diretor favorito de cinema, ele consegue que um ator mediano faça uma atuação magnifica. E o meu filme preferido dele é Dor e Glória.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

O meu filme nacional favorito é o “Cidade de Deus”. Adaptação do roteiro é maravilhoso, direção e atuações impecáveis! Fotografia esplêndida! E sem dúvida um dos melhores filmes não só do Brasil, mas do mundo.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É ser completamente apaixonado por filmes e por tudo que envolve a sua composição. É saber apreciar e analisar com os olhos da arte: uma direção, atuação, roteiro, fotografia, trilha sonora e etc.

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Depende. Acredito que a maior parte das salas de cinema tem sua programação feita por pessoas que querem ver suas salas cheias, não necessariamente elas precisam entender de cinema o que elas precisam, é estar por dentro dos lançamentos, e optarem por aqueles filmes que vão entreter o público em geral, filmes para toda a família no caso. Que geralmente são os cinemas de shopping. Acredito que seja extremamente necessário que o responsável pela programação entenda de cinema, nas salas, como: Espaço Itaú de Cinema, Cine Sesc, CCBB entre outros, por exemplo. Onde o público tem um certo conhecimento sobre cinema e por ser mais seletivo.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Talvez. Mas, no que depender de mim não acabará! “E mesmo que um dia não exista mais salas de cinema, os filmes sempre irão existir, porque é impossível que a criação não crie!”

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram, mas é ótimo.

Um filme que vi recentemente e achei o roteiro genial é, Quem Você Pensa Que Sou com a linda e talentosíssima Juliette Binoche, direção de Safy Nebbou, está no streaming do Telecine.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Acho que, mesmo que todos ainda não estejam vacinados, é possível reabrir as salas, desde que sigam todos os protocolos de segurança e evitando aglomerações, afinal, as salas de cinema precisam se manter.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Boa, muito boa mesmo em todos os aspectos cinematográficos! Mas, sei que pode ficar ainda melhor!

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Lázaro Ramos, um puta ator e é brasileiro! Sua atuação em Madame Satã, por exemplo, maravilhoso.

 

12) Defina cinema com uma frase:

“Olhares fixos, ouvidos atentos, rostos enternecidos, bocas abertas, risos, choro, gargalhadas, susto, vidas e semelhantes: cinema!”

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Um casal discutindo na fila do ingresso, a mulher vai embora com raiva e o cara convida uma outra mulher que também estava na fila, para assistir o filme com ele. E ela aceita.

 

14) Defina ‘Cinderela Baiana’ em poucas palavras...

Rir pra não chorar, ou chorar de tanto ri...kkkkkkkkkk

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo? 

Se muitos diretores de cinema não são cinéfilos, logo um cineasta não precisa ser um cinéfilo. Porém, acredito que se um cineasta, também é um cinéfilo, isso pode influenciar num melhor resultado final.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida? 

Um dos piores filmes que assisti foi Mulher Gato, de 2004. Mesmo a Halle Berry sendo uma gata, o filme é ruim de doer.

 

17) Qual seu documentário preferido? 

O meu documentário preferido é da Agnès VardaVarda Por Agnès”, que mulher talentosa, esse documentário é uma epifania de criatividade!

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Sim, já bati palmas na cena final de Kill Bill Vol. 2, Uma Thurman com a filha no carro. Puta filme bom do caralho! Quentin Tarantino...sem palavras!

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu? 

Adaptação do Spike Jonze, aliás, os filmes do Spike Jonze são ótimos, é um diretor que eu gosto bastante. E o Nicolas Cage é o meu guilty pleasure, favorito.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Não costumo muito acessar sites de cinema pra ler, mas quando preciso fazer alguma consulta acesso o Allmovie.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Telecine.

 

 

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #439 - Vanessa Pinheiro