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12/08/2023

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Crítica do filme: 'Os Outros' *Revisão*


A fantástica observação de uma narrativa através da perspectiva. Explorando lugares sombrios, principalmente na mente de uma mulher em conflito, chegou aos cinemas 22 anos atrás um suspense psicológico intrigante que nos leva para dias tensos de uma família em meados da década de 40 em Jersey, pertencente às ilhas do canal. Escrito e dirigido pelo cineasta chileno Alejandro Amenábar, seu primeiro trabalho em língua inglesa, e produzido por Tom Cruise, Os Outros possui um criativo plot twist que dão todo sentido à ótima narrativa.


Na trama, conhecemos Grace (Nicole Kidman), uma mulher que mora com os dois filhos pequenos em uma enorme casa numa região isolada da ilha britânica de Jersey. Apreciadora do silêncio, numa casa sem eletricidade, essa católica fervorosa, cheia de regras muito por conta dos filhos que tem a rara doença da fotosensibilidade, assim, por exemplo, todas as cortinas da casa devem ser fechadas quando eles passam. Seu marido foi para a guerra e nunca mais voltou, ficando ela e as crianças sozinhas. Certo dia, três pessoas batem em sua porta e logo conseguem empregos para ajudá-la na casa. Ao mesmo tempo, mãe e filhos começam a ouvir vozes em aleatórias horas do dia. Será que eles não estão sozinhos? Se sim, quem são os outros?


Vencedor do Goya de melhor filme no ano de seu lançamento, Os Outros busca através de um peculiar olhar sob uma perspectiva refletir sobre o trauma, as lembranças ruins, tudo isso com um instigante clima misterioso onde possibilidades para o sobrenatural mudam a todo instante. Abordando os laços familiares de mãe e filhos desconectados do mundo, aos poucos vamos conhecendo segredos escondidos pela mente, numa região sombria. Pensamentos religiosos colocam frente a frente a fé e o sobrenatural, uma luta que confunde demais a protagonista amargurada por um forte trauma no seu passado que talvez possa ter colocado em análise no seu subconsciente em relação a tudo aquilo que acredita.


O longa-metragem que marcou a carreira de Nicole Kidman custou cerca de 17 milhões e faturou mais de dez vezes mais em bilheteria, se tornando um dos filmes do gênero terror de maior bilheteria das últimas décadas. Surpreendente é uma das palavras que mais bem definem o filme, principalmente quando pensamos naquele final de cair o queixo!


Pra quem nunca viu, ou gostaria de rever, o filme está disponível no catálogo da MGM.



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26/07/2023

Crítica do filme: 'A Outra' (1988)


Quando o inconsciente é despertado através do olhar para o outro. Vida vazia? Fuga de sentimentos intensos? Quem já parou para se fazer essas perguntas ou conhece alguém que já o fez? Trazendo para debate o abstrato dos sentimentos e todos os conflitos provocados por escolhas ao longo de toda uma vida, uma dos ótimos, porém, pouco comentados filmes do cineasta nova iorquino Woody Allen, A Outra, embarca aos poucos em uma volta ao passado, revendo relações, situações, escolhas, a partir de revelações íntimas em conversas do consultório de um psicólogo que fica ao lado do apartamento de uma mulher num presente infeliz. O filme teve como diretor de fotografia, Sven Nykvist que trabalhou em alguns projetos do aclamado cineasta sueco Ingmar Bergman (falecido em 2006).


Na trama, conhecemos a professora e escritora Marion (Gena Rowlands), uma mulher super culta, casada com um médico nada amoroso, frio, seco, chamado Ken (Ian Holm), que aluga um apartamento para escrever um novo livro durante sua licença do cargo de professora de filosofia. Certo dia, percebe que vazam conversas do apartamento ao lado, que é de um psicólogo que recebe seus pacientes diariamente. Numa dessas conversas, o que ela escuta, acaba sendo um estopim para uma difícil e conflitante auto análise sobre o seu atual casamento e outras relações na sua vida. Assim, embarca aos poucos em uma volta ao passado, revendo relações, situações, escolhas.


Décimo oitavo longa-metragem dirigido por Woody Allen, rodado nos últimos três meses de 1987, A Outra busca com seu ritmo lento trazer o refletir através de uma personagem em crise. A partir de relatos profundos, crises existenciais, passando por temas como o casamento, o adultério, o aborto, ao longo de 81 minutos de projeção vemos a vida de Marion aos olhos dos outros girando em torno de ser caracterizada por sua ligação com o racional, deixando as emoções em uma caixa escondida no seu subconsciente. Algo desperta nela após se ver nessa situação, como se a presença de um espelho invisível a fizesse embarcar em novos cenários chegando até arrependimentos do passado, como se possibilidades diferentes da tomadas de decisões, aparecessem na sua frente ao mesmo tempo, causando uma maré incansável de reflexões.


Os sonhos se justificando pela realidade? Uma crise de meia idade? O filme é muito mais profundo do que isso, é um obra que destaca o momento que na realidade chega alguma hora para todo mundo que se transborda nas reflexões caminhando até as novas formas de encarar a vida.



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Crítica do filme: 'A Gaiola das Loucas' (1996) (*Revisão*)


Lançado em meados da década de 90, a comédia A Gaiola das Loucas é uma jornada que transborda questões familiares quando um iminente confronto entre um casal gay e outro conservador vira o epicentro para uma divertida história que reflete sobre preconceitos, homofobia, amor, pais e filhos e laços familiares. Baseado em uma peça teatral de Jean Poiret, também remake do longa-metragem europeu La Cage aux Folles dirigido por Édouard Molinaro, o filme foi indicado ao Oscar de Melhor direção de arte, além de duas indicações ao Globo de Ouro (Melhor Filme e Melhor Ator em Filme de Comédia).


Na trama, conhecemos Armand (Robin Williams) e Albert (Nathan Lane) um casal homossexual de meia idade que possuem um clube gay super badalado na Flórida, repleto de apresentações. Certo dia, o filho de Armand, Val (Dan Futterman) diz ao pai que vai casar com Barbara (Calista Flockhart), a filha de Louise (Dianne Wiest) e do senador conservador Keeley (Gene Hackman), esse último prestes a ser reeleito mas metido em um escândalo. A questão é que Val pede ao pai que ele e Albert não entreguem num jantar de comemoração que são gays. Assim, é instaurada uma enorme confusão.  


Dirigido pelo cineasta norte-americano (mas nascido na Alemanha) Mike Nichols, um dos poucos cineastas a ganhar todos os principais prêmios do cenário artístico da indústria do entretenimento americana: Oscar, Emmy, Grammy e Tony, A Gaiola das Loucas teve uma pesquisa minuciosa no universo das drag queens, Nichols contratou um produtor para produzir uma espécie de documentário para ser exibido aos atores como laboratório para seus personagens.


Com um roteiro divertido e com uma narrativa com improvisações por todos os lados, Williams e Lane eram conhecidos por tais feitos, o filme consegue associar o humor na dose certa junto com reflexões que sempre viraram debates no cenário conservador americano. Há espaço também para o papel da mídia sensacionalista, algo corriqueiro até os dias de hoje, e debates sobre as questões da criação dos filhos, batendo na tecla de que mãe é quem cria.


Sucesso em todo o mundo, esse é um dos filmes de Robin Williams a arrecadar mais de 100 milhões de dólares em bilheteria somente nos Estados Unidos. O ator, que deixa saudades até hoje, rodou esse projeto logo depois de outro grande sucesso da década de 90, Uma Babá quase Perfeita. Um outro fato curioso é que o longa-metragem tem muitos fãs famosos até hoje, como o aclamado cineasta Paul Thomas Anderson.


O filme, que está disponível no catálogo do streaming MGM (a versão europeia, original também) é um passeio cômico sobre tabus, um brinde a todas formas de amor, projeto feito para se divertir sem deixar de ser aquele tapa na cara bem dado nas cabeças conservadoras!



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15/09/2021

Crítica do filme: 'Comando Delta'


Nunca deixe um homem para trás. Lançado em 1986 e dirigido pelo cineasta israelense Menahem Golan, o primeiro filme da trilogia Comando Delta conta a saga de um grupo de elite do exército norte-americano que precisa resolver uma situação complicada envolvendo questões políticas e reféns em um avião, tudo isso em questões de horas. À frente do grupo o experiente Coronel Nick (Lee Marvin) e o Capitão Scott Mccoy (Chuck Norris) que enfrentarão esse enorme desafio que levará a equipe ao limite emocional.


Na trama, Nick e Mccoy lideram o Comando Delta, um esquadrão de Elite norte-americano somente chamado para situações extremas. Quando um avião indo para Roma e Nova Iorque com mais de 140 passageiros é sequestrado por extremistas e forçado a fazer uma parada em Beirute no Líbano, a Equipe Delta é chamada para resgatar os reféns. Toda a situação acaba virando um circo midiático onde os terroristas tem planos terríveis para alguns reféns de origem Judaica.


O projeto é mais um daquela leva de filmes onde os heróis são bem definidos, praticamente imbatíveis e os vilões extremistas ligados às causas que de alguma forma conversam com o panorama político social da época. De alguma forma, a temática se torna atemporal já que os conflitos mundiais entre alguns povos estão ainda longe de alguma solução de pacificação. Os super poderes dessa época eram as engenhosas máquinas e equipamentos que a equipe Delta usava, um avanço tecnológico para uma época que ainda estava longe de saber o que era internet e todas as mudanças significativas que mudaram o mundo tempos mais tarde.

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13/09/2021

Crítica do filme: 'Braddock: O Super Comando'


A eterna questão do nunca esquecer. Abordando o contexto complicado dos traumas da guerra e a exploração política no seu pós, o primeiro filme do personagem mais conhecido aqui no Brasil da carreira do astro de filmes de ação Chuck Norris, Braddock: O Super Comando, reflete sobre a influência governamental em meio a batalhas e o quase esquecimento de quem compõe na linha de frente, seus problemas para toda uma vida. Dos EUA ao Vietnã, uma linha extensa de caos morais e éticos vamos vendo passar em nossa frente nesse trabalho assinado pelo cineasta Joseph Zito.


Na trama, o Coronel Braddock (Chuck Norris) um homem repleto de problemas emocionais causados por tudo que viveu e fez em Ho Chi Minh (antiga Saigon) durante a Guerra do Vietnã. Passado um período, ele tem a chance de retornar ao país que era inimigo dos Estados Unidos em uma jornada rumo a descoberta de militares norte-americanos que são feitos de reféns mesmo depois da Guerra ter terminado. Assim, utilizando todo seu arsenal de conhecimento e luta na selva parte rumo a seu objetivo não medindo consequências pelo caminho, contando com a ajuda de poucos.


O roteiro conta com idas e vindas do tempo, no passado quando Braddock fora capturado e torturado pelas forças vietnamitas e no presente quando ele volta ao Vietnã em uma missão de resgate. Explora as características do coronel, o homem ferido, longe de uma diplomacia, em meio a memórias de diversas violências vividas nos tempos da guerra e, quase uma análise psicológica atemporal se pensarmos em tantas guerras que os Estados Unidos se meteu ao longo dos anos e em quantos soldados sofrem até hoje com o caos que viverem em território inimigo. A questão política toma conta de boa parte do filme, talvez um destaque para o enfrentamento crítico aos seus métodos adotados na guerra pelos próprios norte-americanos e também pelo outro país.


Um outro destaque que merece menção, já no abre alas há um contexto, bem jogado nas entrelinhas, sobre a questão do herói e do super-herói quando o protagonista no auge dos seus medos e não sabendo lidar com tudo que viveu presta atenção a um desenho do homem-aranha na televisão.


Com cenas de lutas, tiroteio mirabolantes, destruição, sede de vingança e uma tentativa de redenção de alguma forma de um herói indomável Braddock - O Super Comando está disponível no streaming da MGM.



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Crítica do filme: 'McQuade, o Lobo Solitário'


Em uma década onde reinavam os grandes e inesquecíveis filmes de ação do universo do cinema (a década de 90 foi complementar a tal), chegava as telonas no ano de 1983 um dos grandes filmes da carreira do lendário Chuck Norris, McQuade, o Lobo Solitário. Dirigido pelo cineasta Steve Carver o longa-metragem nos leva aos tempos onde a violência reinava na telona e onde a inconsequência tinha um lugar nada procurado dentro da impiedade. Mesmo sendo propriamente dito um filme de ação cheio de cenas mirabolantes, o projeto consegue abrir boas brechas reflexivas seja para explorar o fator solidão, seja para entendermos a eterna batalha dos limites da jurisdição e a força e a contraforça entre os comandos no Texas.


Na trama, conhecemos J.J. McQuade (Chuck Norris) um solitário Texas Rangers (respeitada agência de aplicação da lei com jurisdição em todo o estado do Texas nos Estados Unidos), que trabalha praticamente sem muitas companhias na cidade de El Paso. Pai de Sally McQuade (Dana Kimmell) e com uma situação muito bem resolvida com a ex-esposa Molly (Sharon Farrell), McQuade passa seus dias enfrenta diversos inimigos implacáveis e violentos. Certo dia, após a chegada de uma força bandida, traficantes de armas impiedosos que deixam um grande rastro de sangue por onde passam, o protagonista precisará um dos líderes do negócio corrupto, o ex-campeão de Caratê Rawley Wilkes (David Carradine) em diversos capítulos de uma batalha mortal repleta de destruição.


Bruto gentil, um guerreiro mais que lutador. Um herói ou anti-herói? Indo do leme ao pontal em diversas características que moldam esse personagem, o roteiro assinado por B.J. Nelson, baseado na história criada por H. Kaye Dyal, não deixa de mostrar o transformar da solidão para a necessidade do compartilhar, seja na questão do amor propriamente dito, na figura de Barbara (Lola Richardson), seja na amizade ou mesmo dividir seu foco e objetivo com o novo e inexperiente quase parceiro Kayo (Robert Beltran).


A ação é constante. Com métodos nada convencionais, abrindo brechas para interpretações sobre questões éticas e morais, explora de maneira superficial mas inteligente subtramas repletas de simbolismos principalmente quando pensamos no vilão interpretado magistralmente por Carradine.  


Para alguns um Beberrão, para outros uma lenda, J.J. McQuade é um dos mais intrigantes personagens da carreira do sempre lembrado quando tudo está muito difícil, Chuck Norris.

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03/12/2020

Crítica do filme: 'Feitiço da Lua' - *Revisão*


Será que é uma questão de tempo alguém abrir os olhos e desistir do sonho da felicidade? Escrito por John Patrick Shanley e dirigido pelo cineasta canadense Norman Jewison (No Calor da Noite) Feitiço da Lua, Moonstruck no original, nos mostra descontrolados impulsos de corações carentes por uma grande paixão. Os ‘poderes da lua’, uma conexão quase cósmica, faz os personagens refletirem e associarem momentos impactantes de suas vidas à presença dessa quase entidade que ilumina nossos céus todas as noites. Cher está maravilhosa no papel principal, de uma sonhadora descendente de italianos que acredita ser uma grande azarada no amor até encontrar a felicidade de uma maneira bem peculiar. Há simbolismos sobre emoções e um combate louvável ao machismo descarado. Nos bons tempos em que Nicolas Cage brindava os cinéfilos com atuações em filmes inesquecíveis.


Na trama, conhecemos Loretta (Cher), uma contadora, descendente de italianos, que mora com os pais em uma grande casa após o falecimento precoce do marido. Sem muitas felicidades na vida e vivendo um cotidiano agitado com seu trabalho, em uma noite de jantar acaba ficando noiva de Johnny Cammareri (Danny Aiello). Só que alguns dias passam e algo diferente acontece, Loretta acaba conhecendo Ronny (Nicolas Cage), irmão de Johnny (que não falava com irmão fazia cinco anos), um padeiro sem parte da mão esquerda, e se apaixonada perdidamente.


Há uma melancolia embutida nos personagens, há conflitos por toda parte, seja da sonhadora que encontra o amor no irmão do seu futuro noivo, do pai de família com dinheiro que montou seu negócio de encanamentos e trai a esposa descaradamente, entre outros. Em muitos momentos, casais passam pelo caminho dos personagens e conseguimos enxergar recortes de relacionamentos. As ações manipulativas da mesmice geram uma interessante batalha de contrapontos, a melancolia do cotidiano contra o radiante sentimento do amar. Feitiço da Lua consegue em 102 minutos nos fazer sonhar e também refletir.

 

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18/11/2020

Crítica do filme: 'Caminhos Violentos'


Violência gera violência. Explorando uma relação explosiva entre pai e filho, o cineasta nova iorquino James Foley nos apresenta um longa-metragem repleto de questões que envolvem principalmente questões familiares e a falta de uma maturidade em um início de uma fase adulta conturbada, sem muitas referências. Somos testemunhas de caminhos inconsequentes, violentos em uma primavera de 1978 no interior da Pensilvânia. Vale o destaque também para a trilha sonora, com direito a canção Live to Tell da Madonna. Destaques para as atuações de Christopher Walken e Sean Penn.


Na trama, conhecemos Brad Jr. (Sean Penn), um jovem que trabalha com um bico pouco rentável e vive com a mãe, a avó e o irmão em uma simples casa na Pensilvânia. Brad Jr. se apaixona por Terry (Mary Stuart Masterson) com quem deseja fugir da cidade e ter uma nova vida. Mas, ao mesmo tempo, Brad tem em sua vida novamente o seu pai, o bandido Brad Sr. (Christopher Walken) com que começa a ter uma reaproximação que culminará em um desfecho tenso, frio e sangrento.  


Baseado em fatos reais, At Close Range, no original, possui um roteiro bem desenvolvido, assinado por Nicholas Kazan. As verdades da vida são colocadas todas expostas, nem toda trama tem um final feliz, como muitas trajetórias inconsequentes e/ou perdidas do lado de cá da telona. O foco é total na relação complicada entre pai e filho, uma verdadeira luta entre a imaturidade e o pensar sem escrúpulos. Toda a trajetória é violenta, desde o abandono da ex-esposa e dos filhos até a maneira como lida com isso e os inconsequentes atos que se seguem. Um filme marcante, com cenas fortes que apresentam ao público uma história chocante, indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim.

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20/06/2018

Crítica do filme: 'Todo Dia' (Every Day)


O amor nasce e cresce a partir de quem somos. Baseado no livro homônimo, de David Levithan, Todo Dia é um projeto repleto de sutilezas que nos leva a lindas memórias quando paramos para pensar em como nossas relações do dia a dia se desenvolvem. Tinha tudo para ser mais uma história sobre amores água com açúcar mas consegue romper essa barreira de maneira inteligente, com personagens carismáticos e com uma mensagem que ficará na memória do espectador durante muito tempo. A direção, fica a cargo de Michael Sucsy que dirigiu o ótimo Grey Gardens e o longa metragem Para Sempre.

Na trama, conhecemos adolescente Rhiannon (Angourie Rice) que vive um relacionamento frio com Justin (Justice Smith), um atleta da escola onde estuda. Certo dia, seu namorado acorda como se fosse outra pessoa. E de fato é exatamente isso. A protagonista descobre que existe uma alma chamada ‘A’ que acorda todos os dias com um corpo diferente. Completamente fascinada e apaixonada por essa alma, Rhiannon precisará viver um romance com a mesma Alma mas em corpos diferentes.

Dividido em arcos bem definidos, um melhor que o outro, a trama tem um forte poder de prender a atenção do público. Nossos olhos seguem os passos da protagonista (Angourie Rice em uma bela atuação) e na sua luta constante em entender sobre o amor da maneira mais peculiar possível. O enredo é bem objetivo, a voz de ‘A’ em outros corpos formam uma sintonia impressionante. É preciso estar atento pois os argumentos levantados no filme são facilmente vistos no mundo real. O foco é no amor que acontece, não há muitos aprofundamentos da relação de Rhiannon com a família mas eles possuem um papel importante no contexto.  

Todo Dia desde seu início intenso, já provoca o espectador com uma proposta de unir a fantasia para a realidade, deixando argumentos interessantes para o espectador traçar seus paralelos. Original em muitos sentidos, o bom ritmo do filme se torna capaz através da figura carismática de sua protagonista e a maneira como ela embarca nessa história que beira ao absurdo mas que também beira ao conforto de todas as almas do mundo que já souberam o que é amar.  



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