29/04/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #397 - Nádia Farias


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de Belém (Pará). Nádia Farias tem 25 anos, é estudante de Psicologia, dona da página @filmesdebollywood.br (no Instagram) que fala principalmente acerca do cinema indiano, mas também mostra um pouco sobre o universo da Índia na tentativa de mostrar seus encantos e desfazer preconceitos.  

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Bom, eu nem tenho uma sala preferida de cinema, sempre procuro pelo horário mais confortável e a disponibilidade de salas com os filmes legendados.

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Foi em 2013 (faz tempo né?), quando assisti Somos tão Jovens, que retrata a história do Renato Russo desde a adolescência até a formação da Legião Urbana. as pessoas naquela sessão, inclusive eu, cantavam todas as músicas e quando surgiu a cena final que foi o primeiro show da Legião no circo voador (RJ),  as pessoas amaram e cantávamos como se estivéssemos em um show deles, foi lindo demais.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Não tenho um diretor preferido, ou pelo menos não consigo pensar em apenas um, mas posso falar sobre dois que gosto bastante.

O primeiro é o Ashutosh Gowariker, e o meu filme preferido é Lagaan (2001), que fala sobre uma aldeia que se levanta contra o exército britânico que governa aquela localidade.  Esse filme foi uma virada na forma de contar histórias no cinema indiano. E o outro diretor é o Rajkumar Hirani, que nas maiorias dos títulos de seus filmes, brinca com palavras ditas ofensivas para contar grandes histórias com profundas reflexões.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

O Auto da Compadecida.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Seria alguém que gosta de assistir filmes e aproveita cada um. Compartilha suas visões com os outros e se diverte com isso.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece  possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acredito que a programação do cinema segue o gosta da maioria, o que agrada naquele momento e assim, fazer lucros.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Eu espero que não, pois ir ao cinema é uma experiência única.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Indico Jojo Rabbit.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não mesmo. A proteção é mais importante.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Não tenho como opinar devidamente, já que não acompanho os filmes brasileiros atuais.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Wagner Moura.

 

12) Defina cinema com uma frase:

A segunda casa em várias casas.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Nunca presenciei nada inusitado.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Nunca tinha ouvido falar, então fui pesquisar para saber do que se tratava e me arrependi, não recomendo a pesquisa.

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acredito que não. O principal é gostar do trabalho que faz e se sentir bem com ele.  

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Até hoje nunca superei o fato de ter perdido duas horas da minha vida assistindo Antes só que mal casado com Ben Stiller.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Absorvendo o Tabu. É um documentário indiano que retrata os preconceitos sobre a menstruação e como isso afeta a vida das mulheres.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Já, quando assisti Somos tão jovens.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Não sei se é o melhor, porém é o único que gosto: Cidade dos Anjos.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

No momento não tenho acompanhado site algum. 

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #397 - Nádia Farias
, ,

Crítica do filme: 'O Homem que Vendeu sua Pele'


Quais os limites da arte? Existe? Quais os limites do ego humano? Existe? Indicado ao Oscar na categoria de Melhor filme estrangeiro pela Tunísia, ficando entre os cinco finalistas inclusive, O Homem que Vendeu sua Pele, escrito e dirigido pela cineasta tunisiana Kaouther Ben Hania, faz paralelos com a realidade, sobre a liberdade, criando brechas importantes para falar de um assunto muito importante: dos refugiados. É o segundo trabalho da diretora em um longa-metragem de ficção.


Na trama, conhecemos Sam (Yahya Mahayni), um homem apaixonado que após uma exposição de alegria ao lado do amor de sua vida (mas essa já com casamento pronto com outro homem) em um trem acaba tendo que entrar em rota de fuga de seu país (Síria) e acaba indo para o Líbano. Chegando lá consegue alguns bicos e acaba conhecendo Jeffrey Godefroi (Koen De Bouw) um artista Belga que ao lado de sua assistente Soraya (Monica Bellucci) que  propõe ao protagonista um contrato para ‘ceder’ as costas dele para se tornar uma obra de arte. Assim, precisando do dinheiro e querendo chegar na Europa (onde está o amor de sua vida) Sam resolve aceitar e acaba virando praticamente uma peça de museu o que gera conflitos e revolta de seus parentes e de toda a comunidade de ativistas de direitos humanos.


Há um grande tom de crítica bem evidente em todo o andamento da narrativa que foca nas escolhas do protagonista mas tende ao lado do amor com grandes arcos sobre a relação conturbada dele com a mulher de sua vida o que acaba deixando um pouco confusa as subtramas sobre direitos humanos.  O próprio personagem principal é bastante confuso não se desprende de tentar reconquistar seu amor e embarca em uma jornada quase inconsequente onde precisa medir na balança seu papel em um grande contexto social mundial que muitas vezes para ele passa batido, não interessando encontrar alguma solução para isso, entrando em modo conformista, acomodado.


Kaouther Ben Hania executa um bom trabalho na direção. Mesmo com o roteiro tendo altos e baixos, O Homem que Vendeu sua Pele levanta questionamentos importantes gerando ondas de reflexão e abrindo os olhos de todos que conseguem alcançar nas entrelinhas as mensagens que o filme carrega.




Continue lendo... Crítica do filme: 'O Homem que Vendeu sua Pele'

28/04/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #396 - Hanna Queiroz


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de São Paulo. Hannah Queiroz tem 22 anos, é produtora criativa e assistente de direção (1ª AD). Trabalha como freelancer desde que se formei em jornalismo, também escreve roteiros e edita vídeos para a internet como forma de viver. Tem muitos projetos, muitas ideias e muita determinação e persistência no audiovisual! Produziu o documentário A Dança Além da Estética, que foi seu TCC, é AD no @caspcoletivo e foi assist. de produção de publicidades do Santander e da Seara.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Petra Belas Artes e Cine Sala! Eu amo a programação do Belas Artes porque oferece filmes premiados e estrangeiros que eu amo! Mas o espaço do Cine Sala é o meu preferido, pena que lá a programação é mais enxuta

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

A primeira vez eu não consigo me lembrar, pois cresci em uma cidade pequena, sem cinema, então eu via quando ia para a cidade mais próxima com shopping. A primeira vez que fui no Cine Sala foi bem marcante pra mim, vi Jojo Habbit e o espaço e ambientação do local tornaram a experiência muito mais agradável e impactante.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Kubrick, O Iluminado, meu filme preferido da vida! Um clássico do suspense.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

A Vida Invisível, atuação, roteiro, fotografia e direção incríveis! Muito muito impactante e forte.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Gostar de diversidade e variedade na hora de assistir um bom filme! Captar a sensibilidade do diretor e entender as diferentes nuances da história.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

 

Não, cinemas de shopping acredito que não, vão pelo calendário/comercial. Agora cinema de rua sim!

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não!!

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Ponte Aérea, é um filme nacional que tem na Netflix e é muito fofinho e divertido, indico pra quem acha que cinema nacional não pode ser maravilhoso.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Olha, acredito que seguindo os protocolos de segurança, distanciamento e limite de sala reduzido, creio que seria favorável para que os cinemas de rua não fechem de vez com a crise. Agora os cinemas comerciais e de shopping, só com vacina! (pois eles têm grana e sempre lota mais por ser em shopping).

 

10) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Caio Blat hahahahaha eu amo os filmes nacionais com ele.

 

11) Defina cinema com uma frase:

Viajar o mundo sem sair da cadeira.

 

12) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Olha, agora não me lembro de nenhuma, sempre foram muito tranquilas minhas idas ao cinema.

 

13) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Tentativa frustrada hahahaha.

 

14) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acredito que baseado na minha percepção de cinéfilo, sim, porque consumir diferentes tipos de filme é fundamental para ter referências e se destacar do óbvio.

 

15) Qual o pior filme que você viu na vida?

Doutor Sono nem consegui terminar.

 

16) Qual seu documentário preferido?

O que eu fiz! https://www.youtube.com/watch?v=etonJUqTDeE&t=3s

 

17) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão? 

Já, algum iraniano da Mostra Internacional de Cinema que vi no Itaú Cultural, mas não me lembro qual.

 

18) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Vendo aqui, não assisti muitos filmes com ele, sorry.

 

19) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Persona: https://personaunesp.com.br/

 

20) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix.

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #396 - Hanna Queiroz

27/04/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #395 - George Miguel


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Sorocaba (São Paulo). George Miguel tem 27 anos, é formado em comércio exterior, porém trabalha com gestão de energia e meio ambiente. O cinema sempre foi sua paixão desde criança e durante a pandemia criou um instagram para compartilhar os filmes que assistia. Também criou um desafio pessoal de assistir pelo menos 100 filmes durante um ano. Durante essa aventura, seu amor pelo cinema só cresceu e hoje ele busca se especializar ainda mais nesse universo.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Cinépolis devido à grande variedade dos filmes exibidos, qualidade dos equipamentos, salas confortáveis. 

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Ah são tantos filmes mas um que me pegou foi A Forma da Água, foi uma grande experiência ter visto esse filme no cinema e também 1917, trouxe uma grandiosidade a mais ao filme que já é sensacional.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Meu diretor favorito é o espanhol Pedro Almodóvar, ele ganhou esse espaço por causa da sua excentricidade, cada filme é uma surpresa! O meu filme favorito dele é A Pele que Habito.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Bacurau, por quebrar todas as barreiras do cinema nacional trazendo um filme tão inovador, que envolve suspense, ficção científica e drama.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É ter o cinema como paixão, não só assistir um filme como forma de entretenimento mas entrar de cabeça dentro do universo cinematográfico.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece  possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não, a maioria dos cinemas seguem o que a massa gosta, o que é mais lucrativo. São poucos os cinemas que seguem uma temática exclusiva e não tão comercial. De fato, esses cinemas são apenas encontrados em grandes cidades.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Eu acredito que não pois o cinema além de ser uma arte, é também um grande mercado no qual circula muito dinheiro e é também uma grande parte da economia.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Greenbook.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Pra mim cinema em si é um lugar um tanto quanto perigoso para a transmissão do vírus por ser um lugar fechado, alguns com pouca ventilação. Acredito que só me sentirei seguro para ir ao cinema após ser vacinado.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema nacional tem inovado nos últimos anos e trazido filmes muito bom como Bacurau, A vida invisível... O estereótipo do cinema nacional é que só temos filmes de comédia, porém isso tem mudado. Ainda assim acredito que devemos valorizar mais o que é feito no Brasil pois ainda consumimos muito filmes que são feitos nos Estados Unidos.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Wagner Moura, ele é meu artista brasileiro favorito.

 

12) Defina cinema com uma frase:

O cinema é uma arte na qual todos os nossos sentidos são explorados.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Não me lembro de alguma história inusitada, somente das vezes que pessoas ficam bravas por outras estarem usando o celular ou falando haha.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Um clássico atemporal haha.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acredito que sim pois um bom diretor sabe captar de melhor o que outros utilizaram e assim pode desenvolver melhores técnicas.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Alguma coisa sobre a invasão das baratas, sempre passava na TV e não sei porque perdi meu tempo vendo aquilo.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Honeyland.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Não mas muitos filmes mereceram palmas.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Hummm, não me recordo de ter visto algum filme com ele (vergonha!).

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Omelete.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix.

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #395 - George Miguel

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #394 - Isaac Huna


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, natural da Argentina e radicado no Brasil desde 1987. Isaac Huna é desenhista, roteirista, editor de revistas, produtor de conteúdo de entretenimento para as plataformas, TV, cinema e online. Idealizador e organizador do Festival de Cinema de Jaraguá do Sul - SC. Criador do canal onlive independente: youtube.com/framelatino . Seu trabalho nacionalmente mais conhecido: criador do personagem infantil Turma da Xuxinha (xuxa 1996).

 

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Só vejo filmes online.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Cinema está naturalmente sumindo. Não lembro.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Tenho vários. Acho que quase ninguém pode ter um só́ favorito.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Não tenho favoritos.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Cinéfilo não só vê cinema hoje em dia.  Veja também TV, e outras mídias. O público é online hoje e daqui para frente.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

 

Depende do ponto de vista comercial. Só é programado o que da bilheteria.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Já estava acabando antes da pandemia. E o caminho. Só o público tradicional, que está morrendo naturalmente, gosta ainda de cinema...

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

O meu curta experimental, no técnico e momento pandêmico,  e nada parecido no mundo ainda: dirigido por 8 diretores e de 6 estados. Agora, vai virar um seriado, dada sua ótima repercussão. ENTES PARALELOS.

 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=sD52i0y7UoU&t=1534s

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Tudo tem que ser de forma gradativa e conforme a evolução dos fatos.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Está melhorando , mas ainda tem que evoluir muito..e isso vai depender da criatividade e planejamentos comerciais dos futuros realizadores.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Não tenho favorito.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Viaje a muitos mundos.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Nenhuma.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Oportunista, sem criatividade.

 

15) Muitos diretores de cinema  não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Talento é talento. Olha o Tarantino.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Tem muitos...

 

17) Qual seu documentário preferido?

Não tenho.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Já...

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

São alguns...não tenho preferência..

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Não tenho preferidos...

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #394 - Isaac Huna

Podcast Guia do Cinéfilo #8 - 26.04.2021

 


Olá a todos! Nesse podcast falaremos sobre os seguintes temas:


- Filmes que vi (Passageiro Acidental, Dois Estranhos, Professor Polvo)

- Sobre o Programa Guia do Cinéfilo da Semana 

- Sobre o Programa 8 e 1/2 em 20 da Semana

- Tribunal Cinéfilo

- Vencedores do Oscar


Semana que vem tem mais podcast! Toda 2a!



Continue lendo... Podcast Guia do Cinéfilo #8 - 26.04.2021

26/04/2021

Crítica do filme: 'Passageiro Acidental'


As linhas tênues entre a razão e a esperança. Disponível no catálogo da Netflix, Passageiro Acidental é um filme cheio de portas para serem abertas dentro de escolhas que partem de uma hipótese muito remota (uma surpresinha não vista por ninguém após a decolagem de uma nave que vai pra marte) mas acaba se transformando em um grande e quase filosófico jogo de argumentos onde podemos fazer paralelos com questões existenciais, filósofos e pensadores de todas as épocas. O filme é dirigido pelo brasileiro Joe Penna em seu segundo longa-metragem e conta com ótimo elenco.


Na trama, conhecemos um trio tripulante selecionados para uma expedição que vai para uma longa viagem até marte. Eles são: Zoe (Anna Kendrick), uma jovem médica formada em Yale, o biológo formado em harvard David (Daniel Dae Kim) e a comandante da nave Marina Bernett (Toni Collette). Na decolagem tudo ok, só que algum tempo depois, de maneira bem inusitada eles percebem que não estão sozinhos pois um homem chamado Michael (Shamier Anderson) é encontrado em um dos painéis da nave. Assim, tendo que entender os porquês precisarão tomar decisões muito complicadas pois a nave é para uma viagem longa e só tem como três pessoas sobreviveram todo o percurso.


Mesmo dentro de um grande dilema, o fator epicentro do filme, há tempo também para ótimas cenas de ação misturadas com um suspense tenso. É uma bela direção do diretor brasileiro. O roteiro é muito bem detalhista, por ser sobre pessoas diferentes que precisam entrar em consenso sobre o que fazer nessa situação imposta pelo destino, começamos a perceber um grande ensaio no duelo razões vs emoções, mesmo não sabendo muito sobre os personagens entendemos perfeitamente as origens e explicações dos seus pensamentos. É quase um jogo de rpg onde você precisa tomar decisões importantes a todo instante defendendo (ou não) um personagem de acordo com o que acredita que faria naquela situação.


Disponível na Netflix, Passageiro Acidental fora lançado sem muito marketing, definitivamente acaba preenchendo a categoria de ótimos filmes desse streaming. E não deixem de conferir o outro filme de Joe Penna, seu primeiro longa-metragem, chamado Ártico onde o artista principal é o fenomenal Mads Mikkelsen.

Continue lendo... Crítica do filme: 'Passageiro Acidental'

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #393 - Gabriel Brito


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Belém (Pará). Gabriel Brito tem 24 anos. Um pseudocinéfilo que está despertando seu amor pelo cinema durante a quarentena. Às vezes recomenda filmes e séries.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Geralmente as salas que tenho maior preferência são as salas que tem o melhor “enquadramento” (isso na minha cabeça hahaha), em relação a distância e altura à tela, onde fico melhor posicionado, e a agradeço mentalmente quando o filme que queria assistir bate com o número da sala que já curto.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Homem Aranha, da trilogia do Sam Raimi, lembro do o quanto tudo foi mágico, todas as sensações que o filme me trouxe, não só pelo fato de ser criança mas perceber naquele momento que só teria essas experiências naquele lugar, tanto que ainda fui umas 3x assistir com outros parentes e se tiver mais oportunidades, com certeza teria ido kkkkkkk.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Pergunta extremamente difícil mas vou optar pelo Denis Villeneuve, por conta que a partir do momento que tive contato com a “A Chegada” (inclusive meu filme preferido dele), tive o insight/curiosidade de procurar entender tudo que cerca um filme, a linguagem cinematográfica e etc, além que quando vi toda a sua cinematografia, tive que a vontade de criar o meu perfil no Instagram.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Acho que não tem como ser outro, Cidade de Deus é o meu favorito, é um grande marco brasileiro e internacional dentro do cinema, lembro de ler sobre o quanto sua violência assustou a “gringa” especializada, tem uma montagem impactante mesmo, como poucas vezes vi em outros filmes, passam uma verdade sobre uma realidade, até então, pouco conhecida. Um excelente filme, e quem ainda não viu, tá perdendo tempo.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Outra pergunta difícil kkkkk mas creio que seja aquele simpatize, curta, sinta, se envolva ou que simplesmente ame tudo o que cerque o cinema e suas facetas e possibilidades, mantendo sempre uma regularidade e expandindo sua visão e crítica sobre o que foi visto. Pode ser que não necessite se ater tanto pela quantidade de filmes vistos, mas sim pela qualidade, apesar que eu, particularmente, acho necessário conhecer o que não é de melhor qualidade (e isso você só consegue perceber assistindo/exercitando bastante) mas isso não é regra e nem se aplica sempre.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acredito que não, pra mim, as programações são feitas por quem entende de comércio, pois, pela quantidade de filmes dublados e em horários de maior fluxo de pessoas priorizam sempre a renda (não que estejam, que fique claro kkkkk e é o que acontece na minha cidade), e acabo às vezes optando por cinemas alternativos (fugindo dos shopping’s), que conseguem trazer melhores opções nas melhores condições.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Creio que não, talvez o fluxo diminua consideravelmente, talvez possa ficar perto de acabar mas bagagem e relevância que ele carrega consigo, consiga prevalecer. Espero eu.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Vou indicar um nacional, Bingo: O Rei Das Manhãs, excelente filme, com excelentes atuações e bom roteiro. Pouquíssimo comentado, gostaria que fosse mais valorizado.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Creio que não seja o momento mais adequado para reaberturas, por muitos fatores mas principalmente por conta que as empresas nem sempre podem por em prioridade a segurança do cliente (não generalizando mas infelizmente não é a realidade de grande parte do país), então, por mais que eu quisesse tudo de volta o quanto antes..

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Ele vem em uma certa crescente que surpreende e empolga, temos os exemplos mais famosos atualmente de filmes como Bacurau e os documentários Babenco e Emicida: AmarElo, que tiveram seu reconhecimento, e dão um novo ar as produções nacionais que já tem novas produções impulsionada pelos streaming’s, cinema alternativo e etc, tudo isso contribuindo para um aumento de demanda e a qualidade, consequentemente, aumenta. Acredito eu.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Wagner Moura e Selton Melo.

 

12) Defina cinema com uma frase:

É o domínio de das outras artes, sem fórmulas ou regras, que simplesmente é capaz de se conecta e transmitir ideias, pensamentos, visões capazes de transformar e sensibilizar o indivíduo de formas inimagináveis.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Não seria tanto uma história inusitada e sim engraçada kkkkk eu estava com meus irmãos assistindo “Extraordinário”, e já estava nas cenas finais do filme, e junto todo aquele momento de emoção, estávamos todos comovidos e ouvimos alguém chorar ao lado, discretamente olhamos pra ver quem era. Vimos um homem, todo meio “bruto”, meio que enxugando as lágrimas e quando ele percebeu que estávamos olhando, tentou disfarçar e soltou “Car@&$, filme triste mesmo” e soltando mais uns palavrões junto. Saímos do cinema rindo bastante kkkkk.

 

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Hahahahah “um marco atemporal”.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Utilizando um pouco da minha “definição” sobre o que é ser cinéfilo, acho que não tem como você medir capacidade de ninguém utilizando parâmetros, por exemplo, quantidade de filmes assistidos, ou se você se encaixa em definição de cinéfilo ou não, creio que se você tem uma visão, ou até uma certa aptidão e vontade, mesmo não havendo formação profissional, não há fronteiras que lhe impeça de fazer/atuar em um filme, haverá outros empecilhos, isso é inegável, mas com força de vontade, por exemplo, Paul Thomas Anderson e vários outros artistas, conseguiram seu lugar ao sol com muito esforço e dedicação.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Foram vários hein? Kkkkkk creio que mais me causou revolta, parei antes da metade do filme foi aquele “remake” do Baywatch com o Zach Efron, nossa, horrível mesmo.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Citizenfour (Direção de Laura Poitras).

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim sim, não é algo que eu tenha costume de fazer, na verdade é até raro mas se de alguma forma o filme me empolgue MUITO e sinta vontade, não ligo muito e bato palmas mesmo kkkkkkk.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Vi pouquíssimos filmes com ele, ficarei devendo uma resposta melhor mas dentro os que eu assisti, o melhor seria Motoqueiro Fantasma.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

IMDB, Rotten Tomatoes e Adoro Cinema.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Creio que devo assistir mais Netflix, HBO e Amazon.

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #393 - Gabriel Brito

25/04/2021

Palpites para o Oscar 2021


Demorou um pouquinho mais esse ano (inclusive foi quase no dia do meu aniversário), enfim chegou aquele dia que nós amantes da sétima arte adoramos, a cerimônia do Oscar! Em 2021, todo o formato de apresentação e entrega dos prêmios será bem diferente dos outros anos por conta da pandemia que vivemos.


Nesse ano, ótimos e alguns fracos filmes fazem parte das disputas em algumas categorias. A mais disputada categoria desse ano, sem dúvidas é a de Melhor Atriz, com cinco belíssimas atuações e sem nenhuma favorita. Na própria categoria Melhor Filme está bem indefinida a situação. Em outras categorias o prêmio já é quase certo.


Pelo blog, você encontra textos de quase todos esses filmes da lista.


Abaixo, seguem meus humildes palpites de quem eu acho que deveria ganhar e quem eu acho que ganhará a tão sonhada estatueta do Oscar nas principais categorias:

 

 

Melhor filme


"Meu pai"

"Judas e o messias negro"

"Mank"

"Minari"

"Nomadland"

"Bela Vingança"

"O Som do Silêncio"

"Os 7 de Chicago"

 

 

Quem eu acho que ganha: Nomadland

Quem eu acho que deveria ganhar: O Som do Silêncio

 

Como dito acima, essa é uma categoria bem disputada esse ano. Tem ótimos filmes nessa lista: Meu Pai tem uma maravilhosa atuação de Anthony Hopkins que leva o filme; Mank é o tipo de filme que a academia adora; Minari surge como uma grata e boa surpresa; Bela Vingança tem um trabalho de direção, roteiro e atuação excelentes; O Som do Silêncio é um dos indicados que mais emocionam o público com uma atuação pulsante de Riz Ahmed; Judas e o Messias Negro conta uma história real de maneira bastante honesta e conta com atuações excelentes de Daniel Kaluuya e Lakeith Stanfield; Os 7 de Chicago é um filme que até certo ponto divide opiniões mas não deixa de ser um impactante achado histórico com ótima atuação de Sacha Baron Cohen; Nomadland é um filme que a academia gosta e mostra toda a técnica fantástica de uma das melhores diretoras da atualidade e de uma das melhores atrizes do cinema norte-americano.

 

 

 

Melhor atriz


Viola Davis - "Avoz suprema do blues"

Andra Day - "Estados Unidos Vs Billie Holiday"

Vanessa Kirby - "Pieces of a woman"

Frances McDormand - "Nomadland"

Carey Mulligan - "Bela vingança"

 

 

Quem eu acho que ganha: Carey Mulligan

Quem eu acho que deveria ganhar:  Todas as cinco.

 

 

Como mencionado acima, a categoria indecifrável da noite. Todas as cinco artistas podem vencer esse prêmio e o melhor de tudo: será mega justo!

 


Melhor ator


Riz Ahmed - "O som do silêncio"

Chadwick Boseman - "A voz suprema do blues"

Anthony Hopkins - "Meu pai"

Gary Oldman - "Mank"

Steve Yeun - "Minari"

 

 

Quem eu acho que ganha: Chadwick Boseman

Quem eu acho que deveria ganhar:  Anthony Hopkins

 

Devem premiar Chadwick Boseman, por uma de suas melhores atuações na curta carreira. Mas nada é mais impactante nessa categoria do que a atuação de Anthony Hopkins, sem palavras para definir. 

 

 

Melhor direção


Thomas Vinterberg - "Druk - Mais uma rodada"

David Fincher - "Mank"

Lee Isaac Chung - "Minari"

Chloé Zhao - "Nomadland"

Emerald Fennell - "Bela vingança"

 

 

Quem eu acho que ganha: Chloé Zhao

Quem eu acho que deveria ganhar:  Chloé Zhao

 

 

Essa categoria para mim é a mais fácil. É impactante a direção de Chloé Zhao, além disso é lindo ver duas candidatas mulheres e competentes nessa categoria. Tem nem discussão: Zhao vence e merece! Menção honrosa para Vinterberg e seu excelente Druk (talvez o melhor filme nas listas desse Oscar, pena não ter sido indicado para Melhor Filme).

 

 

Melhor atriz coadjuvante


Maria Bakalova - "Borat: fita de cinema seguinte"

Glenn Close - "Era uma vez um sonho"

Olivia Colman - "Meu pai"

Amanda Seyfried - "Mank"

Youn Yuh-jung - "Minari"

 

 

Quem eu acho que ganha: Maria Bakalova ou Youn Yuh-jung

Quem eu acho que deveria ganhar:  Amanda Seyfried

 

 

A disputa está entre a atriz húngara Maria Bakalova, intérprete de uma personagem chave no segundo filme do personagem criador por Sacha Baron Cohen e a atriz norte-coreana Youn Yuh-jung pelo seu comovente papel em Minari. Mas tenho que comentar a atuação de Amanda Seyfried, a melhor de sua carreira, é o oásis em Mank, um filme bem mediano mas que cresce quando Seyfried aparece.

 


Melhor ator coadjuvante


Sacha Baron Cohen - "Os 7 de Chicago"

Daniel Kaluuya - "Judas e o messias negro"

Leslie Odom Jr. - "Uma noite em Miami"

Paul Raci - "O som do silêncio"

Lakeith Stanfield - "Judas e o messias negro"

 

 

Quem eu acho que ganha: Daniel Kaluuya

Quem eu acho que deveria ganhar:  Sacha Baron Cohen

 

 

Tem um fato meio esquisito nessa categoria. Os dois atores de Judas e o Messias Negro serem indicados a essa categoria mostra que alguém do processo seletivo das indicações não assistiu a esse filme, pois, considerar os dois atores (que diga-se de passagem estão ótimos) como coadjuvantes é inaceitável. Um deles precisa ser o protagonista em um filme que o tempo de tela é consumido pelos dois, ou não? Fora essa bizarrice, preciso dizer que são cinco atuações excelentes: tão bom ver Leslie Odom Jr. que conheci no musical Hamilton interpretando de maneira linda Sam Cooke; Me emocionei com a atuação de Paul Rici no ótimo O Som do Silêncio; Sacha Baron Cohen, não por Borat 2, mas por Os 7 de Chicago domina a cena de maneira impressionante.

 

 

Melhor filme internacional


"Druk - Mais uma rodada" (Dinamarca)

"Shaonian de ni" (Hong Kong)

"Collective" (Romênia)

"O homem que vendeu sua pele" (Tunísia)

"Quo vadis, Aida?" (Bósnia e Herzegovina)

 

Quem eu acho que ganha: Druk - Mais uma rodada

Quem eu acho que deveria ganhar:  Druk - Mais uma rodada

 

Uma das categorias que mais gosto em todos os Oscars. Se repararem ano após ano, os filmes daqui são em sua maioria excelentes obras que muitas vezes superam indicados por acaso da categoria principal. Dito isso, nesse ano, não tem pra ninguém: Druk - Mais uma rodada, um baita filme dirigido pelo criador do Dogma 95 Thomas Vinterberg, esse que inclusive concorre na categoria de Melhor diretor por esse filme.

 

 

Melhor roteiro adaptado


"Borat: fita de cinema seguinte"

"Meu pai"

"Nomadland"

"Uma noite em Miami"

"O Tigre Branco"

 

Quem eu acho que ganha: Nomadland

Quem eu acho que deveria ganhar:  Nomadland

 

Alguns portais indicam que Borat: fita de cinema seguinte é o favorito mas o trabalho feito em Nomadland é fabuloso. Tecnicamente é um filme excelente, completo. Acho que vence esse último.

 

 

Melhor roteiro original


"Judas e o Messias negro"

"Minari"

"Bela vingança"

"O som do silêncio"

"Os 7 de Chicago"

 

Quem eu acho que ganha: Bela vingança

Quem eu acho que deveria ganhar: Bela vingança

 

 

Nessa categoria será brindado esse ótimo filme que fala muito sobre a sociedade machista e hipócrita em que vivemos. Vence com louvor Bela vingança. Mas Os 7 de Chicago e o famoso Aaron Sorkin corre por fora e pode surpreender. Destaco também o ótimo O Som do Silêncio.

 

 

Melhor animação

 

"Dois irmãos: Uma jornada fantástica"

"A caminho da lua"

"Shaun, o Carneiro: O Filme - A fazenda contra-ataca"

"Soul"

"Wolfwalkers"

 

Quem eu acho que ganha: Soul

Quem eu acho que deveria ganhar: Soul

 

 

Uma daquelas categorias que nem tem disputa: É Soul! Fabuloso drama com técnicas de animação.

 

 

Melhor curta-metragem em live action

 

"Feeling through"

"The Letter Room"

"O Presente"

"Dois Estranhos"

"White Eye"

 

Quem eu acho que ganha: Dois Estranhos

Quem eu acho que deveria ganhar: Dois Estranhos

 

Categoria marcada por impactantes filmes, representativos, fantásticos. Mas o mais fantástico desses curtas é sem dúvidas: Dois Estranhos. Maravilhoso filme.

 


Melhor documentário


"Collective"

"Crip camp"

"The mole agent"

"Professor Polvo"

"Time"

 

 

Quem eu acho que ganha: Professor Polvo

Quem eu acho que deveria ganhar: Professor Polvo ou Collective

 

Outra categoria bastante disputada, com produções muito elogiadas e algumas delas bastante emocionantes. Seguindo essa trilha da emoção, Professor Polvo conta uma amizade inusitada e nos emociona de maneira surpreendente, deve e merece ganhar o prêmio. Mas assista a todos os outros filmes, essa categoria sempre nos apresentam filmes maravilhosos.

 

Continue lendo... Palpites para o Oscar 2021

Pausa para uma série - The One - 1a Temporada


E se o amor for uma definição do destino e genética? Usando e abusando entre o possível e o imaginativo, distância quase sempre sem possibilidade de medição por conta do avanço tecnológico que o mundo se acelera a cada dia, The One, série britânica disponível na Netflix, nos questiona sobre o amor e suas formas de encontrar uma alma gêmea nos apresentando também a ambição personificada por uma vilã bem definida, quase implacável, que faz de tudo para não quebrar qualquer princípio razoável do seu egoísmo, destaque para sua intérprete a atriz Hannah Ware. Repleto de polêmicas, esse seriado, pode ser que agrade muito a alguns e nada a outros.


Na trama, conhecemos os amigos Rebecca (Hannah Ware), James (Dimitri Leonidas) e Ben (Amir El-Masry), um trio de estudiosos com um futuro de sucesso nas suas áreas. Certo dia, Rebecca e James descobrem uma maneira de que a partir de um teste de DNA uma pessoa possa encontrar seu parceiro perfeito. Assim, montam uma enorme empresa chamada The One (que logo vira um sucesso) comandada nos tempos atuais por Rebecca e com James bem afastado dela. Aos poucos, entre flashbacks detalhados e informações entrelaçadas vamos conhecendo segredos que aconteceram no passado, no início da criação da empresa e também os motivos da morte de Ben, que é investigada pela detetive Kate (Zoë Tapper).


Dentro dos fatores positivos podemos afirmar, sem grandes spoilers, que as subtramas em relação a aceitação de entrar ou não nesse universo de combinações genéticas são bem interessantes. Enxergarmos assim o relacionamento de Hannah (Lois Chimimba) e Mark (Eric Kofi-Abrefa) que vira de cabeça para baixo quando a primeira resolve ir encontrar a combinação genética de Mark; a subtrama de Kate que envolvida nos mistérios de Rebecca também se submete a uma combinação e seu desenrolar é um dos principais elos construtivos para a criação de uma provável segunda temporada; a própria transformação da grande vilã da série e como a desconstrução da personagem fora feita na junção entre o que houve no passado, no presente e seus objetivos para o futuro. Mas há situações que ficam apenas na superfície, uma delas, a de James, um dos motores de partes da trama, personagem que nem de longe chega a seu total potencial de impacto pelo tamanho de informações que ele sabe.


The One provoca o espectador a todo instante. Mas vale um amor encontrado, construído, com começo, meio, com seus defeitos e lados positivos, conforme as leis da vida ou o comodismo, a preguiça de ser geneticamente encontrado por alguém para se amar perdidamente, sem início, nem meio, apenas a genética gritando? Será que os apostos realmente se atraem?

Continue lendo... Pausa para uma série - The One - 1a Temporada

Crítica do filme: 'O Barco'


Pelo mar quase nada chega, e quase nada vai. Com um visual deslumbrante, como se estivéssemos em um tour por um museu, O Barco, longa-metragem nacional que fora lançado no segundo semestre do ano passado (2020), encosta no folclore, desejo de partir e descobrir, nos contos regionais mas não deixa de ser uma fábula de brasilidade. Há um narrador dentro da trama, esse e as imagens, o movimento, a luz e a escuridão nos guiam rumo ao entendimento do peculiar, da densidade dos diálogos e seus interpretativos significados. Um trabalho técnico impecável de um dos grandes artistas do cinema brasileiro, Petrus Cariry.


Na trama, conhecemos uma vila de pescadores onde se fala pouco, se trabalha muito e sem muitas margens para saídas. Assim conhecemos uma mulher e seus 26 filhos, cada um desses tem como nome uma letra do alfabeto. A, o mais velho, deseja partir dali e descobrir um mundo diferente do que só enxergou até então. Assim, dentro desse desejo quase secreto de ir, a chegada de um barco e uma moça começam a refletir sobre si mais sobre seus futuros objetivos.


Em certos pontos/momentos parece que estamos dentro de uma viajar incompreensível, anda na linha bamba e tênue entre o cinema autoral e o cinema de somente auto compreensão de quem cria. O Barco, filme que já se encontra em algumas plataformas digitais, não é um filme fácil. Usa das arquiteturas da vida, da falsa ação da simetria, do infinito universo das histórias de pescador, para chegarmos a um entendimento pelas imagens e seu movimento, que nesse caso, muitas vezes valem mais de mil palavras confusas.


Com uma belíssima fotografia (marca registrada do diretor), podemos afirmar que é impressionante como Petrus sabe aonde colocar uma câmera para mostrar movimentos, o aspecto da narrativa proposta, afim de orientar o espectador para dentro de seus universos confusos e belos.

O Barco (Trailer Oficial) from Iluminura Filmes on Vimeo.

Continue lendo... Crítica do filme: 'O Barco'

24/04/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #392 - Alessandra Carneiro


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, do Rio de Janeiro. Alessandra Carneiro tem 42 anos, é carioca, jornalista com passagens pela Globo, Jornal O Dia, Jogos Rio 2016 e hoje é editora da Agenda Carioca e fala um pouco sobre cinema no perfil do Instagram @streamingetc. Também fez faculdade de cinema e ama viajar e cachorros. Adora ver filmes em qualquer lugar, de qualquer forma, mas acha que nada tem a mesma magia que uma sala de cinema.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Acho que a tendência dos cinéfilos é dizer o circuito Estação, né? Com uma variedade maior de filmes de arte e fora do circuito comercial hollywoodiano. E, sim, apesar de ser clichê, não tem como não citar o circuito Estação. Mas não só: porque eu também não dispenso um bom blockbuster. E aí vou citar meu cinema preferido: Roxy, do Grupo Severiano Ribeiro, em Copacabana, um dos poucos cinemas de rua que ainda resistem na cidade e pertinho da minha casa. Fora que é um local que me traz muita memória afetiva. Espero que volte a reabrir após o fim da pandemia.

 

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

O primeiro filme que vi: Fantasia, da Disney. Eu era muuuito nova, devia ter uns 4 anos, mas lembro como se fosse ontem eu me arrumando pra ir nessa mágica chamada cinema. E tudo me encantou: o tamanho da tela, a sala escura, o mickey gigante na minha frente, as músicas e tudo em som alto... isso para uma criança nos anos 80, com aquelas telinhas pequenas da TV e cheias de interferência e bombril na antena...imagina o choque!

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Ai, difícil citar um só...Amo alguns. Pulp Fiction do Tarantino; Carne Trêmula do Almodóvar, Manhattan e Annie Hall do Woody Allen (não me cancelem! rs Mas eu realmente acredito na inocência dele e confio nas investigações que o absolveram); Laranja Mecânica do Kubrick; O Mestre do Paul Thomas Anderson. Acho que vale citar também que amo filmes de terror e dois diretores mais contemporâneos têm me chamado muito atenção: Ari Aster (meu preferido dele é Midsommar) e Jordan Peele (amo Corra!).

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Se for pensar apenas criticamente, Cidade de Deus. Acho que tecnicamente o filme é perfeito! Aquela cena de abertura então... uma obra-prima! Mas fiquei fascinada por Bacurau quando vi. Então...os dois.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É ser, acima de tudo, apaixonado por cinema. Consumir cinema em todas as suas vertentes.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece  possuem programação feita por pessoas que entendem de cinema?

Sim e não. Nos chamados cinema de arte, sim. Nos "de shopping", não necessariamente. E acho que mesmo que entendam de cinema, não é a qualidade do filme que motiva o circuito, e sim, o potencial de bilheteria.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Espero que não. rs. Não, não acho que irão acabar. Mas acho que serão enxutas, sim, infelizmente. Cinema, cada vez mais é frequentado por quem ama a sétima arte como um todo, e não para quem só busca uma opção de entretenimento fora de casa.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Poderia citar vários filmes fora do circuito blockbuster, mas acho que a maioria dos cinéfilos já viram. Ou The Rocky Horror Picture Show, um dos meus filmes preferidos de todos os tempos, mas tem seu público cult e fiel também. Mas sabe um filme bem despretensioso que acho divertidíssimo e que pouca gente viu, apesar de um elenco com várias estrelas (Ben Affleck, Casey Aflleck, Kate Hudson, Christina Ricci)? "200 Cigarros". Outro que amo: "Amor à queima-roupa", com Christian Slater, Patricia Arquette e Gary Oldman. E Nu em Nova York, com o Eric Stoltz. Nenhum deles é um filme que vai mudar sua vida, mas são filmes que me divertem muito e nem sei como revê-los. Ah! Lembrei de mais um! E esse acho um filmaço mesmo: "Estranhos Prazeres", com Juliette Lewis e Ralph Fiennes.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Acho complexo... No atual momento, mesmo com a vacina? De jeito nenhum. Estamos no pior momento da pandemia. Mas acho que pode ser possível mesmo antes de atingir os tais 70% da população vacinada. Tudo depende dos números, da medição de risco. Temos que ouvir e acreditar nos especialistas nessa situação. Eu entendo que é difícil manter salas abertas após tantos meses fechados. Infelizmente, empresários de diferentes setores foram muito atingidos e não há um plano de ajuda. Então apesar de não concordar, eu entendi a reabertura das salas num momento em que a proliferação do vírus parecia mais controlada.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Acho que temos cada vez mais opções para diferentes gostos. Aproveito para citar um filme recente que acho que todo mundo deveria ver: Pacarrete.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Wagner Moura.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Vou roubar uma frase de Godard: "Cinema é a mais linda fraude do mundo"

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Era um Festival do Rio e a pré-estreia de Carne Trêmula, do Almodóvar. Cinema lotado, com pessoas sentadas no chão (na época, enchiam o cinema nesse nível). Eis que uma ratazana enorme começa a correr entre as pernas dos presentes e foi uma gritaria e todo mundo correndo. Foi no antigo Condor, em Copacabana. E outra que lembrei agora: o Roxy, um cinema do Rio com 3 salas. No cinema 1 estava passando Trainspotting, onde eu estava; e no cinema 2 alguma animação infantil que não lembro agora. Eis que entra na sala de Trainspotting um pai com uma criança de uns 7 anos. Claramente entrou no cinema errado. Ele ainda assistiu uns 15 minutos do filme antes de se tocar que estava no filme errado...

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Nunca vi. Mas dizem que é ruim, né? rs. Mas na época com o estouro da Carla Perez tinha seu público.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Precisar, não precisa. Mas acho que é preciso ter visto muitos filmes, ter referências, e ser apaixonado por aquilo para realmente fazer excelentes filmes.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Pior? Nossa...já vi tanta coisa ruim. Mas um filme que me incomodou demais e saí do cinema com dor de cabeça foi "A Última Paixão de Cristo".

 

17) Qual seu documentário preferido?

Dois brasileiros: Cabra Marcado para Morrer, do Eduardo Coutinho; e Notícias de uma guerra particular, de Katia Lund e João Moreira Salles.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Nossa...pra tantos...mas o último que lembro fazer isso foi "Infiltrado na Klan", do Spike Lee.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

"Coração Selvagem", do David Lynch

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

A sessão de críticas do NYT (sou fã da Manohla Dargis), IMDB e Rotten Tomatoes.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Telecine Play.

 

 

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #392 - Alessandra Carneiro