Bem galera, conforme faço todo ano, criei uma listinha com os ‘Top 10’ filmes que vi esse ano. Obviamente nem todos irão concordar, dirão que faltam filmes ou que alguns que estão nessa modesta lista não deveriam estar. Mas o que importa é sempre falar sobre o que mais amamos, a sétima arte! E o nosso ritual das listas é uma das partes mais legais, assim conhecemos filmes debatemos as escolhas e continuamos falando de cinema! J
Vamos à lista?
Toda Forma de Amor - Melancolia – Incêndios – Drive – Riscado - O Levante - Um Conto Chinês - A Pele que Habito - Take Shelter ( O Abrigo) - Árvore da Vida
Toda Forma de Amor
Um daqueles filmes que agradam pela sutileza de seus personagens, envoltos numa trama que mexe com a emoção a cada segundo. Sempre bom ver produções que te passam uma mensagem. O eterno aprendizado de um jovem casal, aprendendo a se amar a cada segundo é uma fórmula que dá certo em cena, além da ótima harmonia de todos que aparecem na telona.
Na historia, escrita e dirigida pelo sempre ótimo Mike Mills (‘Impulsividade’), um casal de jovens se conhece e logo surge uma paixão desse encontro. Aos poucos vamos vendo como um dos personagens chegou até ali, com os ensinamentos e o convívio do excêntrico pai gay (que saiu do armário aos 75 anos), e o namorado do mesmo. Todo essa interação, deixam lindas lições que o jovem aplica em sua vida.
Os atores interagem de maneira natural deixando a química rolar solta durante os 105 minutos de fita. Ewan McGregor faz o jovem protagonista Oliver que possui características de um homem deprimido mas que sempre tenta interagir positivamente com os que o cercam. O veterano Christopher Plummer faz Hal, o pai do protagonista, gay assumido, descobre uma doença fatal e recebe muita força de seu namorado Andy, interpretado por Goran Visnjic (ex-‘E.R’). Para completar o quadrado que dá ritmo à história, surge a carismática Anna, papel da sempre elogiada Mélanie Laurent, que se apaixona por Oliver e juntos vivem a crença e as desconfianças de um amor original, fruto de muito carinho e declarações de afeto.
Um ótimo programa para ver com alguém que você ama ao seu lado. Fez grande sucesso no Festival do RJ desse ano. Não é pra menos, com uma história boa dessas, qualquer cinéfilo abrirá um sorriso de orelha a orelha.
Melancolia
É certo que quando ele erra a gente se decepciona e perde um pouco a esperança de que ele voltará com uma outra obra-prima. Mas... quando ele acerta... não existe outra palavra para o criador do Dogma 95 do que G-E-N-I-A-L.
Em Melancolia, o abre-alas extraordinário nos leva a crer que o gênio está de volta. Aquela cena inicial é tão bem feita que você não sente uma única alma se mexer nas cadeiras dos sortudos críticos de cinema onde tive o privilégio de assistir a essa sessão.
A abordagem sempre muito sombria desse mago do cinema dinamarquês (e porque não dizer, mundial) nos mostra o caminho para uma viagem pelos cosmos e muitas vezes você, cinéfilo, se sentirá um pouco num dos trailers do novo filme do Terrence Malick, Árvore da Vida (juro que associei isso em alguns momentos da fita).
O elenco é bastante interessante. Kirsten Dunst amadureceu nas mãos desse diretor e vira uma peça importante para o quebra-cabeça sombrio de Lars Von Trier. Charlotte Gainsbourg, a outra irmã, nos leva ao extremo de nosso medo tornando a paranóia obsessiva em uma forma de analogia com contextos emocionais, isso tudo passado de maneira tão real que chega a comover em alguns momentos.Entre os coadjuvantes, ótimos nomes como John Hurt, Stellan Skarsgård, a outra Charlotte, a Rampling e Kiefer Sutherland. Esse último com seu personagem impaciente e mal-humorado (às vezes) contempla o expectador com algumas cenas cômicas durante o longa.
O desfragmento do casamento e de todas as entrelinhas familiares é o ponto inicial de uma festa e a eminente colisão de dois planetas, um deles Melancolia. Com direito a “She” (música famosa de outro filme) com instrumentos de sopro durante uma cena e uma poderosa essência de sons, o fator musical também agrega à qualidade do filme.
Se de gênio e louco, todo mundo tem um pouco, Von Trier vai além e agrega luz à genialidade e loucura.
Incêndios
Pega um roteiro bem elaborado + várias colheres de emoções + 30 minutos finais eletrizantes e surpreendentes == Incêndios (que pra mim, poderia ter facilmente levado o Oscar 2011 de melhor filme estrangeiro, por mais que eu ame a Suzanne Bier).
Essa produção canadense tem um começo muito lento e bastante confuso, com muitas partes perdidas que só se tornam trunfo se você prestar a atenção e ter fé de que o filme vai ficar muito bom e você vai precisar dessas primeiras informações para entendê-lo.
Na trama, uma matemática (detalhe eu gostei muito) e seu irmão gêmeo, recebem instruções da mãe, recém falecida, para procurar seu pai(que eles pensavam estar morto) e um outro irmão(que eles nem sabiam que existiam). Após uma breve hesitação, começa-se uma busca, em outro país, atrás desses entes.
O filme mostra os horrores da guerra e do meio pra frente você já não consegue mais tirar os olhos da tela com tantos acontecimentos bombásticos. O final é sensacional deixando todo o cinema em um burburinho sadio até o aparecimento dos primeiros créditos.
Drive
Dois jovens talentos do cinema + um roteiro construído de forma peculiar fugindo de muitos clichês que poderia encontrar pelo caminho + uma direção quase que impecável é, sem dúvidas, a grande fórmula de sucesso do tão esperado filme Drive, que fora baseado no livro homônimo de James Sallis.
Muita gente diz que ator bom não precisa nem falar muito durante a fita, tem que mostrar com ações e entendimento de sua personagem contando aquela história de maneira única e demonstrar que outra pessoa não se sairia tão bem quanto, no papel. Ryan Gosling é um artista diferenciado. A cada nova produção que faz parte, consegue dar um foco diferente a cada personagem. Um jovem gênio na arte de interpretar. Em Drive, Gosling tem cenas memoráveis, como no ato inicial, onde seu personagem fica mais de 9 minutos sem soltar uma palavra e mesmo assim é espetacular sua atuação!
Na trama, um jovem que é dublê, mecânico e à noite faz trabalhos como motorista de assaltos diversos, se aproxima de sua vizinha e começa a fazer parte de sua vida. Com a saída do marido da mesma da prisão, o personagem principal do drama tem que ajudar o rapaz (e ao mesmo tempo sua nova amiga) em um roubo que pode não sair como planejado, levando todas as conseqüências à um desfecho vingativo.
Carey Mulligan cada vez mais se consolida como uma das grandes jovens atrizes do mundo do cinema. Uma especialista em longas dramáticos (apesar que, eu tenho a certeza que ela se encaixa em qualquer tipo de produção), despontou no filme Educação para o estrelato. Nesse novo trabalho interpreta Irene uma jovem mãe que teve que criar o filho sozinha por conta da prisão do pai da criança. Sua personagem vai se construindo ao longo da trama e tem ótimas cenas ao lado do Driver.
Não perca essa boa produção comandada por Nicolas Winding Refn (que já havia dirigido o ótimo filme Bronson) que promete lotar as salas de cinema no mundo todo. Ótimo filme!
Riscado
Qual o tamanho do seu amor por sua profissão? No filme ‘RISCADO’, essa pergunta é declamada e respondida de maneira muito viva e emocionante. A trajetória de Bianca (interpretada de maneira intensa e expressiva pela excelente Karine Teles) pelos palcos da vida sem perder a esperança e sempre mostrando todo seu amor e paixão pelo ato de atuar é a base da trama de Gustavo Pizzi.
O vermelho predomina durante todo o longa e nos leva a um viagem de amor, sonhos, esforço e decepção. Acho muito legal o uso desse tom e suas almas, que caem muito bem na fita. Essa cor, para mim, reflete à paixão e o simples ato de sonhar. Conectou em mim dessa forma.
Quando a história bate na idéia do “sonhar” (a realização ou não desses), me senti conversando com minha mulher Renata sobre os textos de Jung. Esse “sonhar”, no longa, é tratado de maneira nua e crua.
Durante o filme vemos cenas que mostram um grande preconceito em relação à profissão cênica. Mostra também a dificuldade de se manter(financeiramente falando) na mesma. Ao mesmo tempo, é visível, uma certa esperança parece brotar em cada uma das cenas.
A protagonista (e também uma das mãos que assina o roteiro) Karine Teles tem uma atuação que espanta, te leva pra dentro de cena. Comove, sonha e sente dor junto com o espectador. Percorre todas as personagens (Marlyn Monroe, Betty Page, Carmem Miranda) em uma só. Adorei conhecer melhor essa talentosa atriz.
Muito me orgulha vir aqui e falar bem do nosso cinema. Queria que todas as vezes fosse assim.
Não risque esse filme da sua listinha de “Quero ver no cinema esse ano”. Recomendo.
O Levante
Eram pouco mais que 19:00 horas, no primeiro domingo do Festival do Rio de Cinema. Vestindo uma camisa roxa e com um discurso emocionado, o diretor Raphael Aguinaga comove a platéia antes do filme começar. Suas palavras interagem tão bem que torcíamos para que o longa tivesse ao menos metade dessa qualidade. Após a sessão, a certeza dessa co-produção Brasil-Argentina ser a grande surpresa do festival não restava dúvidas.
Um grupo de idosos, que vivem em um asilo, fica sabendo que a Igreja Católica clonou Jesus, ao mesmo tempo, que é substituída a enfermeira que cuida deles. Assim a história avança em cinco partes: Uma Notícia Espetacular, Um Acontecimento Desafortunado, A Terceira Casa de Marte, Operação Voo da Águia e O Apocalipse.
O filme é muito rico em detalhes e aos poucos vamos sendo apresentados aos simpáticos protagonistas. Dolores, uma das simpáticas personagens é sensacional, dominando as partes cômicas da trama. O dia-a-dia de um lar para terceira idade é mostrada de forma inteligente, original e muito engraçada. Os contornos na vida dos idosos são feitos com muitas conversas, que rendem ótimos diálogos durante a produção. A divisão em subtítulos ao decorrer da trama melhora a percepção do espectador para com a história.
Ambientado na argentina, O Levante é basicamente Hermano, porém com muitos toques brasileiros. O longa tem cenas emblemáticas, como: a do tango, muito bem conduzida pela câmera inquieta de Aguinaga.
Um sentido à vida é a busca constante, às vezes inconsciente, desses cidadãos abandonados e que se sustentam na amizade. A empolgação do público é a prova da incrível simpatia que o longa transpira da telona até poltrona mais próxima. Certamente agradará muitos cinéfilos. A mensagem que o primeiro longa metragem de Raphael Aguinaga deixa é a de que sempre brotará uma esperança dentro de nós.
Se emocione, divirta-se e surpreende-se! O Levante é garantia de qualidade! Até agora é a grande surpresa do festival!
Um Conto Chinês
Cuidado, vaca caindo do céu! Tal imagem surpreende a platéia já no início da nova fita de um dos grandes atores do cinema latino e mundial, o argentino Ricardo Darín.
Muito mal-humorado e recluso, o personagem a quem Darín dá vida foi combatente na Guerra das Malvinas, atualmente é dono de uma loja de ferragens e possui hobbys esquisitos, como: contar quantos pregos vem dentro de uma caixa e pegar uma cadeira de praia para reclinar-se ao acompanhar aviões pousando e decolando.
Um dia, ajuda um homem recém chegado da China (que não fala sequer uma palavra em espanhol) a encontrar o tio - seu único parente vivo. Os dois tentam se comunicar por sinais, fato que deixa o personagem de Darín muitas vezes furioso e, em alguns momentos, chamam o entregador de comida chinesa para auxiliá-los na tradução. Aos poucos vamos descobrindo um pouco sobre a vida desse argentino rabugento, que perdeu a mãe muito cedo e o pai com 19 anos, brilhantemente interpretado pelo grande astro hermano.
Em suma, Um Conto Chinês é uma história de duas pessoas, que às vezes parecem uma só, de diferentes culturas: um com um objetivo definido e o outro nem tanto. O longa é muito bem feito e passa uma mensagem positiva sobre os pilares da amizade. Muito interessante o final, pois acopla o início do filme e as excentricidades do personagem principal, surpreendendo o público.
Ricardo Darín e Ignacio Huang formam uma grande dupla nas telonas. Em atuações brilhantes, cada um a sua maneira, conseguem uma fórmula mágica de carismaticamente atrair o público.
Não percam mais essa grande obra do cinema latino. Lembrando que o filme é sucesso de público e crítica na Argentina, onde já teve mais de 1 milhão de espectadores.
Com certeza, um dos melhores longas do ano! Diversão garantida!
A Pele que Habito
Após o excelente Abraços Partidos (2009), o cineasta espanhol Pedro Almodóvar volta com brilhantismo, para delírio dos cinéfilos de plantão, com o longa A Pele que Habito. Tudo é cirurgicamente bem feito, um trabalho quase impecável do famoso diretor.
Na trama, um médico cirurgião adota, única e exclusivamente, a vingança como forma de vida após a morte de sua filha. Seu objetivo, é vingar-se do estuprador da mesma. A maneira que as peças se encaixam, até a sua conclusão, transformam o filme numa obra assustadoramente brilhante.
O roteiro é dinâmico, com aquele famoso vai-e-vem na linha temporal (clássico em alguns filmes do diretor espanhol) o quê ajuda o espectador a não desgrudar os olhos da telona. O detalhamento das cenas é algo esplêndido. As partes de interação entre os personagens, via câmera de circuito interno, praticamente nos transportam pra dentro da história. Há, também, presença marcante de muitas cores, como todo filme do gênio que dirige a trama. A beleza do corpo, muitas vezes é passada com a câmera, às vezes lenta, mostrando a sutileza contrapondo qualquer outro sentido.
Almodóvar nos presenteia com esse notável trabalho e demonstra mais do que tudo, o objeto de obsessão da sua vida, o cinema. Sua produção, inspirada no livro Tarântula (do autor francês Thierry Jonquet), é uma prova de admiração à sétima arte.
O drama, com pitadas de suspense, é recheado de boas atuações.
Antonio Banderas tem um desempenho admirável, chega a impressionar em alguns momentos. Seu personagem é um dos mais difíceis da produção. Impressionante como o marido da atriz Melanie Griffith sempre chega ao seu máximo, quando é dirigido por Almodóvar.
Marisa Paredes, a eterna musa de Pedro Almodóvar, faz o papel da intrigante Marilia e tem ótimos diálogos com o personagem de Banderas, Robert Ledgard, seu chefe. A veterana atriz espanhola deve marcar presença na première do longa (que abre o Festival de Cinema do Rio de Janeiro 2011) no Cine Odéon, na noite da próxima quinta-feira(06 de outubro).
Blanca Suárez aparece pouco, dando vida à filha do personagem principal, mas tem um papel impactante na história. Era preciso uma dotada artista para essa função, pois muito da tensão do filme gira em torno do acontecido em suas cenas. Blanca foi a escolha certa, ótima como Norma. Jan Cornet interpreta Vicente, a princípio é um coadjuvante qualquer, até que as reviravoltas da narrativa desmentem essa afirmação.
Completando o quinteto que dá sentido a história, a beleza e o talento de Elena Anaya (atriz espanhola que atuou em produções como Fale com Ela e Alatriste). O foco estava todo nela, no começo o espectador busca entender sua personagem, Vera, mas aos poucos vamos descobrindo enigmas inimagináveis sobre a mesma. Um desempenho louvável desse formidável talento da terra das touradas.
A música “Preciso Amar”, que é cantada magistralmente no longa, é belíssima. Fazendo com que cinéfilos e adoradores da mesma, torçam para o lançamento breve do cd da trilha sonora da produção.
Sem mais, corram para o cinema!
Take Shelter ( O Abrigo)
Uma das grandes surpresas do Festival de Cannes nesse ano, Take Shelter, é intrigante e deixa o espectador comprometido com os acontecimentos. Não sabemos se o que se sucede com o protagonista são fatos relevantes ou não, deixando sempre uma dúvida em torno das questões. Cada linha do roteiro, feito por Jeff Nichols (que também dirige o longa), é brilhantemente trabalhada e a execução é muito bem feita pelo elenco.
Na trama, um homem trabalhador vive com sua mulher e sua filhinha(que é surda) num pacata cidade americana. Em um certo momento passa a ser guiado por alucinações e fica a mercê da eminência de uma grande tempestade, gerando sérias conseqüências para ele e sua própria família.
Entre pesadelos e pensamentos assustadores a figura do pai, interpretado pelo ótimo Michael Shannon, consegue deixar o clima de suspense no ar. A busca de Curtis, seu personagem, para saber o que realmente está acontecendo com ele é o que, de fato, consegue atrair a atenção do público. Há uma certa negação por parte do mesmo em relação aos seus atos e a construção do abrigo, fora os atos inconseqüentes, vão levando-o para um limite físico e mental. O desespero e vontade de falar tudo que estava sentindo, fica claro, na cena do jantar na comunidade, que é a melhor cena do filme com uma baita atuação de Shannon.
Jessica Chastain (que vimos recentemente em ‘A Árvore da Vida’ como a mãe do Sean Pen)n, constrói Sam, sua personagem, de forma muito competente. As estranhas atitudes de seu marido na trama vão transformando sua personagem.
Aos poucos vamos nos perguntando: O que estamos vendo é um breve distúrbio psicótico? O que acontece com aquele bom homem pai de família?
O desfecho é emblemático e transforma essa fita numa das melhores produções do ano! Não deixem de conferir!
Árvore da Vida
“Me diz porque o céu é azul. Me explica a grande fúria do mundo”. Essa passagem clássica do grande sucesso do nosso rock se encaixa como uma luva no novo filme do brilhante Terrence Malick.
Explorando bastante a relação pai–filho, o longa conta a história de uma família, com princípios herdados principalmente do pai, onde todos têm que superar uma grande perda. A data de lançamento aqui no Brasil será no dia certo - fim de semana do dia dos Pais.
Desde a primeira cena, o semblante dos personagens transpõe à tela. A platéia fica imóvel durante boa parte do filme e, sem o menor esforço, se conecta com esse drama fantástico.
Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain estão muito bem, principalmente o primeiro, que desde o sensacional Clube da Luta está merecendo a estatueta mais cobiçada do mundo do cinema.
Muitas cenas são metafóricas, o que é bastante bonito de se ver, e integram o conceito do longa. Os paralelos feitos com outras diversas formas de vida, a maneira inovadora na qual muitas vezes os atores são deixados em segundo plano e o modo como a tristeza é traduzida - gerada pela quebra da lei natural da vida: o pai morrer antes de seu filho -, fazem dessa uma produção ÚNICA.
A trilha sonora, assinada pelo sempre competente Alexandre Desplat, acopla-se de maneira correta a cada uma das passagens do filme, sendo um dos pontos altos da trama.
A minha expectativa era muito alta para esse longa e o mesmo conseguiu superá-la. Palmas, de pé, para o grande diretor e roteirista desse filme.
O “ato final” (últimos 15 minutos de fita) é uma das coisas mais lindas que já vi no mundo do cinema.
Recomendo muito e digo: é o melhor filme do ano, até agora.
Grande abraço, até a lista de 2012! J