14/12/2011

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Redenção - Crítica de filme com Raphael Camacho

Após um começo pouco atraente (que aos poucos vai melhorando), o novo trabalho do diretor Marc Forster responde (ou tenta responder) a seguinte pergunta: A fé pode modificar um caminho? Com direito a reviravoltas, furacões e muitos pecados, ‘Redenção’ engloba o poder da fé na construção de uma vida melhor a um povo que precisa, através das mãos de um homem. A maneira como se chega a essa ‘melhoria’ é o grande ponto de análise do filme estrelado pelo ator escocês Gerard Butler.

Na trama que é baseada em fatos reais, Sam, um ex-detento (casado com uma ex-dançarina) tenta descobrir sua fé indo para o norte de Uganda ajudar os milhares de necessitados dessa terra, lá acaba vendo de perto os horrores que a guerra civil provoca no país africano. No início vemos a manutenção da falta de lucidez do personagem principal, por isso, a transformação do mesmo pela fé é feita de forma gradativa esticando em demasia o tempo de fita.

Em meio a muitos aleluias, o pastor motoqueiro vai atrás de financiamento para sua obras. Vende moto, carro, pede dinheiro para ricos empresários da região onde sua família mora mas pouca gente está afim de embarcar nos sonhos de construção de Sam (no final do longa, já no cair dos créditos vemos depoimentos do verdadeiro Sam Childers, vale a pena conferir essa parte). O profeta guerreiro é intenso e Gerard Butler tem seus méritos na boa construção do seu protagonista. A missão de Sam acaba consumindo a vida dele e chegamos a seguinte conclusão: ele lutou por todos menos pela família dele.

Além de Butler, nomes conhecidos do grande público aparecem no núcleo familiar do longa. Michael Shannon é Donnie, amigo de Sam, que é ajudado por esse último a achar um pouco de fé na sua vida cheia de problemas. Michelle Monaghan faz a mulher do protagonista, ex-dançarina, descobriu sua fé e largou o emprego que tinha e tenta a todo custo converter o marido.

Não é um ótimo filme e nem de longe um dos melhores do ano. Mas vale a pena conferir a saga do Sr. Childers na telona. Recomendo!