Quem nunca sonhou em ir atrás do seu destino? Em mais uma
adaptação para o cinema de uma obra do escritor Nicholas Sparks, dessa vez, temos a busca do protagonista por um caminho,
um lugar. Dirigido pelo cineasta africano Scott
Hicks, “Um Homem de Sorte”, tem
intensos clichês que são inclusos na falta de “alma” ao sentimento verossímil
dos personagens.
Na trama, que começa ao melhor estilo “Falcão Negro em Perigo”, um fuzileiro naval (Zac Efron) chamado Logan, após alguns incidentes trágicos em batalhas,
viaja para casa depois de cumprir seu tempo de serviço no Iraque. Totalmente
abalado pelo ocorrido, resolve viajar (a pé, diga-se de passagem) até a cidade
onde vive uma mulher desconhecida (Taylor
Schilling) que ele acredita ser seu amuleto de sorte durante sua passagem
pela guerra. Assim, o protagonista acaba se envolvendo com a moça, o que deixa
o ex-marido dela bastante furioso. A revelação da obra do destino mexe com
todos, reproduzindo um novo capítulo nessa história.
O longa não foca no triângulo amoroso formado. A mulher
aterrorizada pelo ex-marido com um ‘network afiado’ e deveras violento que a
ameaça com a possibilidade de pedir a guarda do filho deles a todo instante. E
como quase todo filme tem que ter um vilão, o papel do mesmo é muito bem
definido nas sequências, o ex-marido irritadinho do novo amor do protagonista. Já
sabemos como começam e terminam as histórias de Sparks, não há muito mais
surpresas nas tramas sofridas, com alta carga emocional envolvida.
O papel principal, do fuzileiro naval de 25 anos, fica com o
jovem Zac Efron. Seu personagem tenta
responder a questão: “Porque tantos morreram e ele sobreviveu a guerra?”. Logan
é triste, com um olhar deprimido que após sair do exército vai de encontro ao
anjo que achou em meio ao inferno de uma guerra.
Tem uma peculiaridade, gosta
de andar (e faz isso o filme todo), assim, chega ao seu destino. Zac, às vezes,
parece robótico e apenas em alguns lampejos chega ao ápice com seu personagem.
É válida a tentativa do artista californiano ao pegar um papel muito profundo,
só assim poderá fugir do rótulo daquele famoso musical adolescente de que fez
parte.
É o tipo de trabalho que muitos vão gostar, por isso, para
você que curte histórias triviais de amor e eternos clichês do gênero, vá
conferir e tire suas próprias conclusões.