30/04/2013

Crítica do filme: 'Um Bom Partido'


Como amadurecer sem deixar de viver? O cineasta italiano Gabriele Muccino (À Procura da Felicidade) volta ao seu gênero preferido, drama, para falar sobre a busca de redenção de um pai que abandonara a família por conta de imaturidade. Somos levados à conflitos emocionais e aventuras amorosas (um pouco forçadas, é verdade) que ajudam a contextualizar essa boa comédia romântica.

Na trama, entramos na vida do ex-jogador de futebol escocês George (Gerard Butler) que após uma contusão não encontra outro destino sem ser deixar os gramados. O atleta tem um filho que foi fruto do relacionamento com o amor de sua vida Stacie (Jessica Biel). Só que George sempre foi muito distante e agora com mais tempo resolve-se mudar para perto de sua família e tentar consertar erros do passado, ao mesmo tempo tenta um emprego como comentarista da Espn.

Logo no início do longa, somos levados aos clichês mais usados no mundo do cinema. O galã sedutor que se relaciona com todas as mulheres, as dificuldades rasas de reconquista familiar, personagens coadjuvantes excêntricos ao extremo. A nossa sorte é que o roteirista Robbie Fox do esquecido filme Uma Noiva e Tanto (1993) consegue, pelo drama e desenvolvimento de cada personagem somar boas sequências deixando a história com a cara de um conflito existencial americano.

Recheado de personagens coadjuvantes, a maioria se encaixa com a história. Exceto o milionário Carl, interpretado pelo conhecido risonho Dennis Quaid (O Que Esperar Quando Você Está Esperando). O ator texano exagera tanto no seu papel que se torna insuportável. Talvez por isso, seu personagem some do meio para frente. Uma luz que pairou sobre a mente do roteirista que provavelmente percebeu todos os exagerados trejeitos ciumentos do personagem.

Um Bom Partido se sustenta na linha tênue que separam os clichês das comédias românticas e o bom desenvolvimento do conflito emocional existente em cada personagem, por isso, deve agradar a muitos cinéfilos.