Depois dos chatíssimos Piratas
do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas (2011) e Nine (2009), o diretor indicado ao Oscar pelo espetacular Chicago, Rob Marshall volta as telonas
para apresentar seu mais novo musical Caminhos
da Floresta. Com a Pelé das atrizes no elenco (Meryl Streep), Marshall tenta
recriar no cinema um sucesso do teatro, uma história que é uma releitura de
várias histórias infantis, porém, o roteiro peca demais na hora de tentar
encontrar um clímax que nunca chega. Com longos números musicais, cansativos
125 minutos de projeção e uma história que deixa muito a desejar (pelo menos da
maneira como foi contada no cinema), Caminhos
da Floresta é o mais novo Titanic de Hollywood.
Na trama, acompanhamos a vida de um casal, interpretados por
Emily Blunt e James Corden, que sonham em ter filhos. Certo dia, descobrem que
possuem uma maldição executada por uma vizinha bruxa (Meryl Streep). Para
acabar com esse feitiço, precisam reunir uma série de estranhos elementos , e
assim a história desses humildes personagens começa a se entrelaçar com
personagens de contos de fadas como a Cinderela (Anna Kendrick), a Chapeuzinho
Vermelho, João e o Pé de Feijão e Rapunzel.
Esse novo musical de Marshall, tenta crescer e chamar a
atenção do espectador nos tons cômicos dos personagens que são acompanhados por
diálogos cantados cheios de elementos místicos. Nessa hora, o bom elenco segura
a história. Emily Blunt e Meryl Streep se destacam, a primeira sempre muito
segura em seus papéis e ainda possui o charme do sotaque britânico, já a
segunda...bem, o que falar de Maryl Streep? Se doa ao personagem ao extremo, é
a melhor atriz em atividade, mesmo que suas indicações a prêmios importantes do
cinema por sua atuação neste filme tenham sido deveras forçadas. Outras atrizes
se destacaram mais neste ano do que a nossa querida Meryl.
Caminhos da Floresta
não empolga em instante algum. Por mais que conte com boas, e algumas hilárias,
atuações em competentes números musicais, navega por mares já descobertos que
fazem parte do imaginário de muitos de nós. Para ser impactante e chamar a
atenção, precisaria de muita criatividade na modelagem dessa ideia.
Infelizmente, em seu resultado final, não
acrescenta nada além do que já vimos em tentativas de novas roupagens para
histórias conhecidas. Falta dinamismo coerente ao roteiro assinado por James
Lapine, parece que as peças estão fora do lugar o tempo todo.