Estimado em cinco milhões e meio de Euros, a animação européia A Song of Sea (A Canção do Oceano) é um dos mais belos
espetáculos que o mundo da técnica de animação premiará os cinéfilos nesse ano.
A aventura, dirigida por Tomm Moore (do
espetacular Uma Viagem ao Mundo das
Fábulas (2009)), é empolgante do início ao fim, transformando os
espectadores em testemunhas de uma bela história recheada de metáforas que
fazem nossa imaginação flutuarem de alegria.
Na trama, conhecemos o jovem Ben, um menino meio tristonho
que mora com seu deprimido pai e sua irmã Saoirse, em uma região isolada, cercada
por águas para tudo que é lado. Ben sente muita falta de sua mãe que certo dia,
nãos atrás, foi embora e nunca mais voltou. Certo dia, após uma série de
acontecimentos se envolve em uma aventura com sua irmã para salvar o mundo dos
espíritos e outros seres mágicos.
O desenvolvimento dos personagens é brilhante. Há uma desconstrução
do protagonista ao longo da fita que mostra uma transparência absurdamente
fantástica do roteiro. Parece, certa vezes, que já conhecemos o personagem tão
bom o desenvolvimento deste durante toda a história. Os coadjuvantes estão
longe de serem coadjuvantes, são inseridos na história aos poucos, adicionando
demais ao tempero dessa aventura.
A Song of Sea (A Canção
do Oceano) é brilhantemente pensado para ser um produto para toda família.
Tanto adultos, como crianças, choram, riem, se empolgam e embarcam de cabeça
nessa grande aventura. É o tipo de filme que ficará nas mentes das pessoas pela
beleza da história, a maneira como a mesma é contada e pela brilhante direção
do ótimo Tomm Moore. Concorreu ao Oscar neste ano na categoria Melhor Animação
e era um dos melhores trabalhos da lista. Talvez por esse motivo, consiga
chegar aos cinemas brasileiros. Tomara!